Discurso y SociedadPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200498
Mauro Dela Bandera
{"title":"Clastres contra Rousseau: a filosofia à luz da etnologia","authors":"Mauro Dela Bandera","doi":"10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200498","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200498","url":null,"abstract":"Leitor atento de Rousseau, embora raramente o citasse em seus textos, Clastres emprega o mesmo vocabulário que ganhou fama sob a pluma do cidadão de Genebra, tomando por vezes distância de suas reflexões: 1) alusão à vontade geral; 2) a encenação do gesto fundador da sociedade civil de cercar um terreno e o discurso possessivo que inaugura a propriedade privada e a acompanha (“isto é meu”); 3) e, por fim e mais importante, a crítica direcionada às duas frentes que compõem a narrativa de Rousseau sobre a origem do Estado: de um lado, a associação entre desejo de prestígio e vontade de poder; de outro, o fundamento econômico do poder político. Se é certo afirmar que a Arqueologia da violência é contra Hobbes ou uma inversão do argumento de Hobbes – pois aí Clastres politiza a guerra –, por sua vez, a Sociedade contra o Estado é em certa medida contra Rousseau ou, ainda, uma inversão do argumento de Rousseau, visto que se coloca contra a narrativa hipotética da história ocidental: não mais da economia e do prestígio para a política, mas da política para a economia, pois aí Clastres politiza a economia.","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"46 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86933706","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Discurso y SociedadPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200494
José Crisóstomo de Souza
{"title":"Filosofia e humanidades, normatividade crítica e virada linguística, de um ponto de vista materialista prático-poético","authors":"José Crisóstomo de Souza","doi":"10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200494","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200494","url":null,"abstract":"O texto trata de filosofia e humanidades críticas pelo lado de sua virada linguística das últimas décadas, em especial do seu encontro no terreno das ‘teorias críticas’ em sentido bem amplo. A propósito da normatividade com que elas se têm envolvido, discute-as em sua relação com Marx e com o pragmatismo, que são hoje, possivelmente, junto com a virada linguística, suas influências mais determinantes. E discute-as ainda em relação ao próprio ponto de vista prático-material, não-linguocêntrico, do autor, incluindo aí acenos a seus antecedentes brasileiros de pensamento. Tudo isso tendo em consideração as consequências de alcance prático-político, quiçá problemáticas, daquele desenvolvimento ‘linguistificante’, que hoje se estende mundo afora para muito além da academia. Por fim, tem também em vista um empenho de descolonização e uma disposição fazedora para a filosofia e as humanidades no Brasil.","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79188612","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Discurso y SociedadPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200492
Ivan Domingues
{"title":"Filosofia, humanidades clássicas e ciências humanas e sociais: atualidade de uma agenda no Brasil de hoje","authors":"Ivan Domingues","doi":"10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200492","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200492","url":null,"abstract":"O artigo trata da relação entre Humanidades, Ciências Humanas e Sociais e Filosofia, considerada à luz dos projetos pedagógico e epistêmico das humanidades clássicas, tendo por fio condutor a Renascença italiana e os Studia Humanitatis, com a Filosofia como disciplina-piloto. Ao fazer o trânsito para a modernidade, com o surgimento das ciências humanas e sociais e o descentramento da filosofia, haverá o colapso dos projetos pedagógico e epistêmico dos Studia dos renascentistas, num ambiente de pesada cultura disciplinar, tendo por resultado a ultrafragmentação do conhecimento, levada a cabo sem qualquer perspectiva de unificação. O resultado é o mal-estar epistemológico, que vai junto com a ideia de perda de relevância da filosofia, ao se ver afastada dos processos pedagógico e epistêmico das ciências, e, paralelamente, das próprias disciplinas científicas, impedidas, em razão da ultrafragmentação, de nos dar uma visão unificada da humanidade e da realidade humana circundante. Tal situação levará ao questionamento acerca da oportunidade de relançamento do projeto pedagógico-epistêmico das Humanidades Clássicas, visando vencer o mal-estar epistemológico e a síndrome da irrelevância da filosofia e das ciências empíricas do homem. Contudo, como mostraremos, tal relançamento não poderá consistir numa volta aos Studia ou em sua retomada pura e simples, mas deverá dar-se em novas bases científicas e filosóficas, levado a cabo em bases interdisciplinares, e não mais holísticas, com a filosofia como disciplina-piloto, como na Renascença. Neste cenário, o Brasil será considerado e uma proposta condizente com o nosso contexto acadêmico e a realidade nacional nos dias de hoje será feita.","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"47 8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87054591","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Discurso y SociedadPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200487
Michel Delon, Maria das Graças Gazel de Souza
{"title":"De Diderot a Freud: o tear como metáfora e modelo","authors":"Michel Delon, Maria das Graças Gazel de Souza","doi":"10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200487","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200487","url":null,"abstract":"Diderot escreve, na Enciclopédia, um longo verbete, “Tear de meias”, no qual compara o tear a um raciocínio cuja conclusão seria o têxtil. Ele retoma esta comparação na Refutação de Helvétius: ali, é o próprio Leibniz que se torna uma máquina de reflexão, similar ao “tear de meias”. A opção materialista do homem máquina retoma uma tradição que assimila o texto ao tecido. Encontramos a mesma imagem no Fausto de Goethe, que é citado por Freud em A interpretação dos sonhos, e na novela de Henry James O motivo no tapete. A invenção é sempre cruzamento, tecelagem e mestiçagem, numa interação entre criação técnica e representação da atividade intelectual. O sistema de programação dos teares foi posteriormente adaptado às primeiras máquinas analíticas, ancestrais de nossos computadores atuais. A Enciclopédia teorizou esta interação, reabilitando os teares e concebendo o pensamento como um trabalho.","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"47 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78218031","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Discurso y SociedadPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200495
Vinícius França Freitas
{"title":"Consciência e reflexão no Ensaio de Locke","authors":"Vinícius França Freitas","doi":"10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200495","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200495","url":null,"abstract":"O artigo discute as noções de ‘consciência’ e ‘reflexão’ no Ensaio sobre o entendimento humano de John Locke. Apresentam-se dois critérios para se distinguir entre ambas as atividades mentais. Primeiramente, a consciência é uma atividade passiva, involuntária e não depende de atenção para ser exercida, diferentemente da reflexão, que, ao menos em um de seus graus – pois Locke concebe a existência de dois graus de reflexão –, é uma atividade ativa, voluntária e atenciosa da mente. Em segundo lugar, a consciência se distingue da reflexão na medida em que ela é uma atividade mental geradora de juízos / crenças, diferentemente da reflexão, cujas atividades apenas produzem ideias. Enquanto a consciência permite ao ser humano conhecer – julgar sobre e acreditar em suas atividades e estados mentais –, a reflexão é apenas uma capacidade mental de ter ideias e, enquanto tal, não é passível de ser verdadeira ou falsa.","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"46 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82828948","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Discurso y SociedadPub Date : 2021-06-30DOI: 10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188271
C. Moura
{"title":"O nascimento do conceito husserliano de fenômeno","authors":"C. Moura","doi":"10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188271","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188271","url":null,"abstract":"Husserl situa “por volta de 1898” a introdução da noção de \"fenômeno\" em sua filosofia. Se uma das tarefas da história da filosofia é circunscrever os problemas que deram origem à criação de um novo conceito em alguma doutrina, o objetivo deste artigo é investigar quais dificuldades suscitaram a invenção da ideia de ‘fenômeno’ na filosofia husserliana.","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73490761","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Discurso y SociedadPub Date : 2021-06-30DOI: 10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188205
J. Giannotti
{"title":"Merleau-Ponty, une phénoménologie au champagne","authors":"J. Giannotti","doi":"10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188205","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188205","url":null,"abstract":"Neste texto, retraço o percurso do pensamento de Merleau-Ponty, sobretudo aquele organizado em torno da questão da linguagem, a fim de acompanhar a presença de opções teóricas que desembocam na impossibilidade de sua fenomenologia deparar-se efetivamente com o problema da crise da razão que, a meu ver se delineia com Heidegger e Wittgenstein e atravessa o século.","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"14 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74187408","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Discurso y SociedadPub Date : 2021-06-30DOI: 10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188275
M. Chaui
{"title":"Merleau-Ponty, de “A guerra aconteceu” à “Nota sobre Maquiavel”","authors":"M. Chaui","doi":"10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188275","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188275","url":null,"abstract":"Nesta apresentação, pretendo comentar dois ensaios escritos por Merleau-Ponty logo após o término da Segunda Guerra, “A guerra aconteceu” e “Nota sobre Maquiavel”, cujo interesse principal para mim está na insistência sobre a urgência da fundação de uma nova filosofia que pudesse assumir a presença maciça do mundo histórico e político, o peso da relação entre o exterior e o interior e a relação entre necessidade e contingência.","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"32 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89404980","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Discurso y SociedadPub Date : 2021-06-30DOI: 10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188283
Salma Tannus Muchail
{"title":"As vicissitudes das ciências humanas, de Merleau-Ponty a Foucault","authors":"Salma Tannus Muchail","doi":"10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188283","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188283","url":null,"abstract":"\u0000Estudiosos de Maurice Merleau-Ponty e de Michel Foucault estabelecem pontos de aproximação entre ambos, sem negação de suas diferenças. O presente ensaio indica alguns aspectos selecionados nos dois autores na direção de reforçar estes pontos. \u0000","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"44 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82452560","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Discurso y SociedadPub Date : 2021-06-30DOI: 10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188273
L. H. Santos
{"title":"Sobre Merleau-Ponty, Husserl, Wittgenstein: fenomenologia e dogmatismo","authors":"L. H. Santos","doi":"10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188273","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2318-8863.DISCURSO.2021.188273","url":null,"abstract":"\u0000Husserl e o jovem Wittgenstein ofereceram respostas análogas à questão crítica da harmonia entre pensamento, linguagem e realidade. Ambos recorreram ao postulado de um sujeito transcendental não mundano, a que a totalidade do mundo estaria essencialmente correlacionada. Merleau-Ponty e o segundo Wittgenstein criticaram esse postulado e propuseram respostas alternativas àquela questão em bases análogas. Ambos denunciaram seus pressupostos essencialistas e ambos invocaram noções de operações transcendentais mundanas e práticas. No entanto, a resposta fenomenológica de Merleau-Ponty ainda não é completamente isenta de vestígios dogmáticos. \u0000","PeriodicalId":37350,"journal":{"name":"Discurso y Sociedad","volume":"182 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76771730","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}