{"title":"Leituras do jornalismo impresso no \"Ano da Morte de Ricardo Reis\" de José Saramago","authors":"José Cândido Oliveira Martins","doi":"10.14195/2183-5462_39_9","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_9","url":null,"abstract":"A obra do escritor José Saramago alimenta-se fecundamente do jornalismo, sobretudo da imprensa escrita. Disso é exemplo eloquente o romance O Ano da Morte de Ricardo Reis, em que o protagonista lê quotidiana e obsessivamente a imprensa. Recriando o contexto histórico do Portugal de 1936, a composição romanesca saramaguiana demonstra como até uma imprensa manipulada e possível, por acção controladora da censura e da consequente falta de liberdade, é um espelho ou repositório informativo de uma época, sobretudo no ano crucial da propaganda do regime do Estado Novo, ao celebrar o X aniversário da Revolução de 1926.","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"346 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77781170","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Reivindicações dos profissionais da informação","authors":"João Miranda","doi":"10.14195/2183-5462_39_1","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_1","url":null,"abstract":"Os traços particulares do processo de profissionalização dos jornalistas colocam-nos perante desafios específicos, mas também perante modos singulares de confrontação desses problemas. Nas últimas quatro décadas, os jornalistas portugueses têm-se debatido com dilemas circunstanciais e sistémicos, que atravessam diferentes domínios da atividade. A partir da análise do conteúdo das resoluções finais, moções e relatórios-síntese dos quatro Congressos dos Jornalistas Portugueses (1982, 1986, 1998 e 2017), este estudo procura mapear as principais temáticas das reivindicações dos profissionais portugueses. Os resultados indiciam uma heterogeneidade nos assuntos que constituem as bandeiras de luta destes profissionais, envolvendo, nomeadamente, questões laborais, organização e controlo da profissão, ou a regulação da qualidade da informação.","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87402677","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Infografia digital","authors":"Assunção Gonçalves Duarte","doi":"10.14195/2183-5462_39_7","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_7","url":null,"abstract":"Os ataques terroristas do dia 11 de setembro de 2001 nos EUA são apontados por jornalistas e infografistas como o evento propulsor para a emergência da infografia digital enquanto género jornalístico do início do século XXI. Este artigo reflete sobre as circunstâncias dessa emergência e procura identificar o seu impacto no género, no jornalismo e nas audiências, recém chegados ao mundo digital. É analisado um curto período da história recente do jornalismo digital (2001–2002), que se revelou transversal aos diferentes países do mundo ocidental, inclusive Portugal. Esta reflexão emana do projeto de investigação (PTDC/COM-JOR/28144/2017), desenvolvido no ICNOVA, com o objetivo de traçar a história da Infografia Digital em Portugal nas duas primeiras décadas deste século. Para tal foi feito o mapeamento de trabalhos infográficos digitais identificados como inovadores em dois certames que premeiam o género (os Obciber e os Malofiej), foi feita uma análise a trabalhos não incluídos no certame, mas produzidos pelos jornais considerados à época como os mais inovadores no meio digital, e foram ainda realizadas várias entrevistas a infografistas e editores online nacionais que testemunharam o percurso evolutivo deste género. Este artigo em particular, analisa seis trabalhos de infografia digital produzidos entre 2001 e 2002 sobre os atentados do 11 de setembro, por dois dos jornais mais premiados nos Malofiej nos anos iniciais da infografia digital: o elmundo.es e o nytimes.com. Para a realidade nacional, foi escolhido um trabalho sobre o tema, publicado pelo jornal português que mais cedo introduziu o género na sua versão online: o publico.pt.Os resultados indicam que as circunstâncias do nascimento da infografia digital jornalística, sob a pressão do primeiro evento traumático de repercussão global da Era Internet, deixaram marcas profundas na história das primeiras experiências de produção de conteúdo visual original para a web. Essas circunstâncias determinaram as sinergias que mais tarde abriram caminho para as formas multimédia, cross-media e transmedia do jornalismo digital e são um testemunho claro de um processo de mediatização da história que colocou pela primeira vez a internet lado a lado com os atores principais habituais (TV, rádio e jornais). Foi o impacto, emocional e político, à escala global do evento do 11 de setembro de 2001 que garantiu que jornalistas e audiências reconhecessem a internet como meio de comunicação social informativo de pleno direito e coube à infografia em versão digital - dinâmica e interativa - ser um agente privilegiado desse reconhecimento, o que lhe garantiu, ainda que temporariamente, o título de formato bandeira para um jornalismo em busca do seu papel principal no novo meio.","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"96 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75981947","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Artur Portela (Filho) e as marcas de uma irreverência única no Jornal Novo e na Opção","authors":"Carla Rodrigues Cardoso, Pedro Marques Gomes","doi":"10.14195/2183-5462_39_2","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_2","url":null,"abstract":"A história da imprensa portuguesa pós-25 de Abril de 1974 é indissociável da história dos jornalistas e, particularmente, dos que assumiram cargos de direção e marcaram a personalidade das publicações. Artur Portela Filho é um caso exemplar quando se observa o que há de si nos dois títulos que comandou desde a génese: Jornal Novo (1975) e Opção (1976-78), o primeiro jornal e a primeira newsmagazine fundados após o derrube do Estado Novo, ambos de capital privado. Irreverente e temerário, Artur Portela (1937-2020) identificava-se como “socialista independente” e usou a sátira e a qualidade da escrita para criar dois projetos que se tornaram marcos irrepetíveis no jornalismo português pela forma como noticiaram e criticaram de forma empenhada processos, figuras políticas e militares. Este artigo mapeia a influência de Artur Portela na matriz do Jornal Novo e da Opção e identifica os elementos transversais que emanam da figura do diretor.","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"44 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87182778","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Almanaque (1959-1961)","authors":"José Guilherme Victorino","doi":"10.14195/2183-5462_39_4","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_4","url":null,"abstract":"Publicação de características ímpares em Portugal, surgida num período conturbado do salazarismo, a efémera revista Almanaque, apesar de tolerada pelo aparelho censório, não deixou de correr riscos em resultado de determinados conteúdos, jornalistas e outras personalidades que nela colaboraram. Com um pendor oposicionista, tendencialmente escamoteado, mas regular, por vezes bem evidenciado, Almanaque recorreu essencialmente ao humor, como arma de crítica social e política. Para lá dos estudos académicos já existentes, abordando essencialmente a sua componente gráfica, outras dominantes editoriais que caracterizaram esta revista estão ainda por aprofundar, vide na sua correlação com outros media da época, um dos objetivos para os quais este artigo pretende contribuir.","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"11 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78399679","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Mundo do jornalismo e história do tempo presente","authors":"M. Barbosa","doi":"10.14195/2183-5462_39_5","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_5","url":null,"abstract":"O artigo faz uma síntese das transformações do jornalismo brasileiro, nos anos 1980, priorizando as mudanças que afetaram diretamente as práticas profissionais dos jornalistas. O objetivo é caracterizar essas transformações, correlacionando o contexto histórico com o das mutações do fazer jornalístico, exercitando opções metodológicas para a construção de uma história do jornalismo do tempo presente. Discute-se também a questão do anacronismo, central para quem realiza interpretações históricas, e analisa-se o projeto de modernização do jornal Folha de S.Paulo, implantado na década e exportado como modelo para jornais de todas as regiões do país.","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"68 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77145641","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Isabella De Sousa Gonçalves, Carla Ramalho Procópio
{"title":"Jornalismo e memórias em 360°. O caso do The Daily 360","authors":"Isabella De Sousa Gonçalves, Carla Ramalho Procópio","doi":"10.14195/2183-5462_39_10","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_10","url":null,"abstract":"O artigo analisa o especial de quatro reportagens em vídeo denominado The Daily 360: Genocide Legacy, veiculado em abril de 2017 pelo New York Times. Nas reportagens em vídeo curtas, o sentido é produzido a partir da imersão em 360 graus do espectador, que acessa os lugares do acontecimento e escuta os testemunhos. A análise foi amparada no método qualitativo da análise de conteúdo, tendo sido elaboradas categorias e subcategorias a partir do conteúdo. As reportagens em 360 graus permitem a democratização de lugares de memória e a aproximação com o acontecimento histórico. Além disso, ilustra a configuração de formatos distintos de transmissão da memória a partir da reestruturação de novas linguagens jornalísticas.","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"635 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73883369","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Uma história feita a manu militari?","authors":"Eduardo Meditsch","doi":"10.14195/2183-5462_39_6","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_6","url":null,"abstract":"Este artigo parte da constatação da falta de reflexão sobre a história da área acadêmica para discutir o contexto em que se desenvolve o campo da Comunicação na América Latina. Registra a instrumentalização política da mídia na Guerra Fria a partir da Sociedade Interamericana de Imprensa, ao mesmo tempo em que é forjada a Mass Communications Research nos Estados Unidos como instrumento de guerra psicológica. Aponta inconsistências na história dominante a respeito dos forefathers da disciplina. Observa a articulação do Ciespal com os golpes militares dos anos 1960 no continente. A partir dessas constatações, propõe que apenas uma história social do conhecimento pode oferecer estrutura conceitual e lastro histórico a quem queira compreender o percurso de institucionalização do campo. \u0000 \u0000 \u0000 ","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78788240","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Diálogos Possíveis com Clarice Lispector","authors":"P. Rocha, Muriel Emídio Pessoa do Amaral","doi":"10.14195/2183-5462_39_11","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_11","url":null,"abstract":"Esta reflexão objetiva reconhecer o trabalho jornalístico de Clarice Lispector na imprensa brasileira, ao longo de quase 40 anos, descontínuos, e sinalar sua contribuição para a conformação do campo e para a historiografia do jornalismo nacional. A atuação de Clarice Lispector é conhecida nacional e internacionalmente, contudo pouco explorada no Jornalismo, sobretudo pelos livros de História da imprensa ou mesmo pelos cursos de graduação. A partir de uma revisão bibliográfica e pesquisa biográfica percorreu-se a trajetória profissional de Clarice e mapeou o seu legado na imprensa intersectando com marcações de um período histórico do jornalismo. As referências copilam obras autorais e estudos em literatura e comunicação. Entre os resultados encontra-se a necessidade de pesquisas com viés feminista para reconhecer uma história do jornalismo inclusiva, com a participação das mulheres.","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"32 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75699839","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
F. Lopes, Clara Almeida Santos, Ana Teresa Peixinho, O. Magalhães, Rita Araújo
{"title":"Covid-19: uma pandemia que reconfigura o jornalismo?","authors":"F. Lopes, Clara Almeida Santos, Ana Teresa Peixinho, O. Magalhães, Rita Araújo","doi":"10.14195/2183-5462_39_3","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_39_3","url":null,"abstract":"\u0000O vírus SARS-CoV-2 foi detetado pela primeira vez em Portugal a 2 de março de 2020. De 18 de março a 2 de maio, o país viveu em confinamento, sob estado de emergência, sempre reportado pelos media noticiosos, que assumiram claramente uma orientação dos cidadãos, procurando constituir-se como uma frente de combate à pandemia. A velocidade do vírus intensifica-se, a noticiabilidade diminui, mas o jornalismo vai sempre dando destaque à Covid-19. A cobertura noticiosa da pandemia provocada pelo SARS-CoV 2 foi ocasião para alguns sinais de mudança no jornalismo? Esta é a pergunta que conduzirá um inquérito feito à classe jornalística e uma análise à imprensa diária, que envolveu o estudo de 2933 textos noticiosos e 6350 fontes de informação. Os resultados dessa investigação salientam mudanças que levam a pensar numa alteração substancial dos processos de seleção das fontes de informação, o que pode contribuir para um reajustamento do espaço público jornalístico. \u0000","PeriodicalId":36979,"journal":{"name":"Media and Jornalismo","volume":"8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90397794","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}