{"title":"Dimensões diferenciadas do engajamento camponês no extrativismo do babaçu","authors":"R. Porro","doi":"10.36920/esa-v30-2_04","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30-2_04","url":null,"abstract":"Estatísticas oficiais recentes indicam drástica redução na produção de amêndoas de babaçu e no envolvimento na atividade pelas denominadas quebradeiras de coco, responsáveis por fornecer um dos principais produtos da sociobiodiversidade brasileira para uma indústria em pronunciada crise. Dimensionar corretamente a população afetada por esta crise é fundamental para avaliar impactos econômicos e sociais. Visando subsidiar políticas que fortaleçam a economia regional e meios de vida locais, e a atuação dos movimentos sociais, o artigo discorre sobre dimensões diferenciadas do engajamento no extrativismo do babaçu, discute hipóteses complementares para compreender a redução na atividade e delineia metodologia para estimar a sua participação. Simulação que integra dados dos censos agropecuários e demográfico indica que cerca de 62 mil pessoas em 50 mil domicílios praticam a atividade em 356 municípios. Desse total, cerca de 40 mil extrativistas em 32 mil domicílios comercializam amêndoas, resultado obtido pela projeção ajustada dos índices de dedicação na atividade levantados em campo no território de maior produção de amêndoas, o Médio Mearim, Maranhão.","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42695118","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Aqui todo mundo é parente: memória, família e distinção em comunidades camponesas no Norte de Minas Gerais","authors":"Roberta Novaes","doi":"10.36920/esa-v30-2_03","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30-2_03","url":null,"abstract":"Este texto tem como objetivo refletir sobre as marcações distintivas entre famílias em comunidades camponesas no semiárido do Norte de Minas Gerais. Para tanto, são analisadas as histórias de fundação das comunidades contadas pelos descendentes dos fundadores e das fundadoras e por outros moradores. Essas histórias de fundação acionam as memórias das genealogias das famílias. A partir das histórias de fundação das comunidades e da rememoração da descendência, distingue-se diferentes povos, gentes, nação, embora, em uma primeira aproximação, se diga que todo mundo é parente ou que é tudo uma família só. O coração da pesquisa empírica foi um punhado de pequenas comunidades camponesas situadas no Vale do Peruaçu, no Norte de Minas Gerais, em especial no município de Januária. O material empírico foi produzido entre os anos 2013 e 2015. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa parcialmente apresentada neste texto consistiu em uma etnografia. Indica-se que as memórias narradas apresentam demarcações entre as gentes do lugar e nos contam sobre a heterogeneidade das condições de reprodução social dessas famílias. No ato de contar são feitas atualizações de um conjunto de elementos que invocam proximidade e distanciamento.elocation-id: e2230203Recebido: 18.abr.2022 • Aceito: 31.ago.2022 • Publicado: 6.set.2022Artigo original / Revisão por pares cega / Acesso aberto","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44558279","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Da reprodução social da unidade familiar camponesa: um estudo de caso no vale do Tocantins","authors":"Dernival Venâncio Ramos Júnior, Harley Silva","doi":"10.36920/esa-v30-2_02","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30-2_02","url":null,"abstract":"Este artigo discute os resultados de pesquisa empírica sobre uma unidade familiar camponesa localizada no norte do estado do Tocantins. O trabalho situa essa unidade familiar no contexto das regiões de expansão da produção de soja em monocultura, além de enfatizar de que maneira a reprodução social do grupo decorre de sua capacidade de mobilizar os recursos naturais renováveis disponíveis na área, bem como dos resultados do trabalho do grupo familiar. O grupo familiar constrói relações econômicas diversas, ligadas às trocas de mercado, assim como a outras formas de integração econômica fundadas em relações de domesticidade e reciprocidade (POLANYI, 2012). O texto destaca a capacidade que o grupo tem de fazer uso de técnicas de produção e reprodução simultaneamente singelas e sofisticadas, como o cultivo de quintais produtivos com notável biodiversidade, as quais, em conjunto, asseguram a sua permanência mesmo diante das condições de dificuldade.elocation-id: e2230202Recebido: 7.dez.2021 • Aceito: 19.jul.2022 • Publicado: 4.ago.2022Artigo original / Revisão por pares cega / Acesso aberto","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47767318","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Terra, Estado e movimentos: declínio da reforma agrária a partir de uma etnografia na Amazônia Oriental","authors":"Igor Rolemberg","doi":"10.36920/esa-v30-2_01","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30-2_01","url":null,"abstract":"A partir de uma cena que materializa a relação de cooperação e conflito que movimentos e ‘Estado’ mantiveram durante décadas para a implementação da reforma agrária, o artigo investiga como esta entrou em declínio no sul e sudeste paraense. Para isso, retoma as classificações locais dos períodos da luta pela terra feitas pelos atores da mobilização, descrevendo especialmente o que alguns chamam de fragilização. O desmonte das políticas e das agências estatais responsáveis pela questão agrária, intensificado desde 2016, provocou um rompimento nessa relação. Com isso, as demandas dos movimentos se tornaram menos audíveis. A etnografia aponta, no entanto, que o declínio da reforma agrária passa não só pela impermeabilidade do ‘Estado’, mas, dada a queda contínua do número de ocupações, pelas dificuldades dos próprios movimentos em comporem coletivos que vocalizem reivindicações. Isso exige levar em consideração os impedimentos colocados pelo cotidiano atual de incerteza e sofrimento em muitas ocupações.\u0000elocation-id: e2230201Recebido: 17.02.2022 • Aceito: 20.06.2022 • Publicado: 07.07.2022Artigo original / Revisão por pares cega / Acesso aberto","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41384487","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Seringueiros do Alto Acre ‘no tempo das políticas públicas’: comunitarismo e disputas eleitorais na atualização da condição camponesa numa região de fronteira agropecuária","authors":"João Maciel de Araújo","doi":"10.36920/esa-v30-1_st06","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30-1_st06","url":null,"abstract":"Baseado numa abordagem relacional, o presente trabalho discute aspectos prático-simbólicos da ação dos seringueiros de comunidades de reservas extrativistas do Alto Acre, nos campos burocrático e político. A partir de pesquisa documental, observações e entrevistas com moradores de comunidades da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes e de Projetos de Assentamento Agroextrativistas (PAE) situados numa região de fronteira da expansão agropecuária sobre a Amazônia, o trabalho evidencia as tensões entre, de um lado, os princípios e perspectivas de agentes situados em instituições do Estado e do mercado, e, de outro, as perspectivas dos seringueiros, que incorporam seletivamente aos seus habitus novos elementos para a manutenção de sua condição camponesa. Ao percorrer o processo de criação do instrumento jurídico que regulamentou a exploração madeireira em territórios de Resex e as disputas políticas pelo poder local das quais os seringueiros participaram ativamente, por meio de seu envolvimento com o Partido dos Trabalhadores (PT) nas últimas três décadas, o trabalho conclui que tais processos foram determinantes para a ampliação de capital simbólico a esses camponeses, que inseririam um comunitarismo singular no debate público, permitindo a atualização de sua condição camponesa e, consequentemente, sua permanência no cenário agrário do Alto Acre.elocation-id: e2230114Recebido: 10.10.2021 • Aceito: 06.04.2022 • Publicado: 24.05.2022Artigo original / Revisão por pares cega / Acesso aberto","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45550131","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A multiplicidade das águas no fazer das pessoas: corpo, gênero e materialidades em um quilombo pernambucano","authors":"Marcela Rabello de Castro Centelhas","doi":"10.36920/esa-v30-1_st02","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30-1_st02","url":null,"abstract":"Este artigo parte da etnografia realizada no convívio com famílias quilombolas no agreste de Pernambuco. À medida que minha inserção no cotidiano da comunidade foi se adensando, minha posição em termos de gênero e geração tornou possível direcionarmos o olhar para as formas locais de uso, classificação e simbolização das águas. Perceber a multiplicidade das águas em termos de características sensoriais, qualidades, efeitos e relações com corpos e coletividades permitiu refletir criticamente a respeito dos discursos acadêmicos e estatais sobre a região semiárida, que tomam a água como um recurso natural escasso. Ao dar centralidade à dinâmica cotidiana das águas, privilegio as casas como eixos centrais a partir dos quais o manejo dessa substância evidenciava conexões entre corpos e materialidades. Essas conexões revelaram-se valorosas para pensar os usos das águas na relação com trabalhos e atribuições generificadas, conflitos, expectativas e julgamentos morais, situações de prestígio e humilhação, formas de cuidado e apresentação pública dos corpos.elocation-id: e2230110Recebido: 15.11.2021 • Aceito: 04.04.2022 • Publicado: 20.05.2022Artigo original / Revisão por pares cega / Acesso aberto","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49501420","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Keyty De Andrade Silva, Eduardo Magalhães Ribeiro, Gildarly Costa da Cruz
{"title":"Água, terra e memória no “gerais” do rio São Francisco: Cabeceirinha, município de Januária, Minas Gerais","authors":"Keyty De Andrade Silva, Eduardo Magalhães Ribeiro, Gildarly Costa da Cruz","doi":"10.36920/esa-v30-1_st03","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30-1_st03","url":null,"abstract":"Ao longo de décadas, famílias de agricultores se deslocaram pelos “gerais” do Alto-Médio São Francisco, no Norte do estado de Minas Gerais. Com acesso livre às terras e às águas, “geralistas” adaptaram técnicas de manejo que asseguraram produção abundante até finais do século XX, quando a tomada de terras comuns promovida pela “modernização agrícola” foi seguida pela implantação de unidades de conservação. Essas mudanças tiveram papel fundamental na história vivenciada pela população rural e suas narrativas mesclam a avaliação das transformações do acesso aos recursos e ao território com a criação de formas de resistência e adaptação a novos modos de viver, fazer e produzir. A memória sustenta a avaliação e o enfrentamento. Este artigo analisa as relações entre população, terra e água, investigando a comunidade de Cabeceirinha, banhada pelo Pandeiros, um dos últimos rios vivos do território. Usando técnicas da etnografia e de pesquisa social, debate a partir das histórias e memórias de que maneiras as restrições fundiárias, legais e ambientais modificaram costumes e, contraditoriamente, fundamentam a recriação cotidiana das condições de vida.elocation-id: e2230111Recebido: 15.11.2021 • Aceito: 07.04.2022 • Publicado: 20.05.2022Artigo original / Revisão por pares cega / Acesso aberto","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48203179","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"As interfaces entre migração e desenvolvimento: um estudo do caso de Lucas do Rio Verde/MT","authors":"Cristiano Desconsi","doi":"10.36920/esa-v30n1-r1","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30n1-r1","url":null,"abstract":"Resenha do livro A trama do drama: da fronteira amazônica, dos migrantes e da configuração socioeconômica de Lucas do Rio Verde, de Betty Nogueira Rocha.elocation-id: e2230108Recebido: 18.04.2022 • Aceito: 06.05.2022 • Publicado: 16.05.2022Resenha / Acesso aberto","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49667007","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mégui Fernanda Del Ré, Vanessa Flores dos Santos, Eleandra Raquel Da Silva Koch
{"title":"Comunidades quilombolas no Rio Grande do Sul, pandemia e necropolíticas","authors":"Mégui Fernanda Del Ré, Vanessa Flores dos Santos, Eleandra Raquel Da Silva Koch","doi":"10.36920/esa-v30n1-7","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30n1-7","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo mapear os principais conflitos envolvidos no acesso aos direitos de proteção social da população quilombola durante a crise sanitária causada pela propagação do contágio pela Covid-19, no estado do Rio Grande do Sul – RS, a partir do acompanhamento de três comunidades. Para tanto, recorremos à pesquisa bibliográfica e a diretrizes governamentais, relativas a leis e programas sociais voltados a esta população e desenvolvidos no período. Apresentamos trechos de entrevistas, realizadas em sistema de videoconferência ou de troca de mensagens por aplicativo, com lideranças de territórios localizados em duas regiões do estado. Além destas declarações, congregamos informações, coletadas nas plataformas de pesquisa, sobre dados epidemiológicos para a população quilombola no Brasil e no RS e sobre a mobilização coletiva dos movimentos negros e quilombolas pela vacinação. Concluímos, a partir do observado, que as dimensões sociais mais afetadas pela crise sanitária são as da segurança alimentar, de atendimentos em saúde, postos de trabalho e demandas jurídicas e administrativas das comunidades. Estas dimensões foram consideradas a partir de sua conexão com o histórico de desmonte de políticas públicas e de sistemáticas violações de direitos quilombolas, refletidos com base em estudos sobre saúde da população negra e dos conceitos de necropolítica e estado de exceção.","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49118503","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Quando as regras da morada geraram revolta: uma reinterpretação da emergência das Ligas Camponesas (1955-1964)","authors":"Eduardo Guandalini Genaro, Ramonildes Alves Gomes","doi":"10.36920/esa-v30n1-6","DOIUrl":"https://doi.org/10.36920/esa-v30n1-6","url":null,"abstract":"Este artigo problematiza a mudança na relação entre moradores e grandes proprietários, observando que os valores da morada são ressignificados pelos moradores no processo de mobilização das Ligas Camponesas na Paraíba nas décadas de 1950 e 1960, de maneira a constituir traços de continuidade e descontinuidade entre os símbolos, o repertório do movimento e a moralidade desses agentes. O artigo analisa este processo a partir da relação entre moralidade e revolta, com destaque para a questão de como os foreiros, que eram os agentes que mais partilhavam as regras morais da morada, foram os que mais se mobilizaram nas Ligas. A pesquisa se utilizou da análise hermenêutica sobre as narrativas dos participantes do movimento, obtidas a partir de relatos orais registrados por outros pesquisadores.elocation-id: e2230106Recebido: 13.10.2021 • Aceito: 03.03.2022 • Publicado: 30.03.2022Artigo original / Revisão por pares cega / Acesso aberto","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41545284","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}