Cadernos NietzschePub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/2316-82422023v4402af
Alexandre Fillon
{"title":"Da paixão do conhecimento ao eterno retorno","authors":"Alexandre Fillon","doi":"10.1590/2316-82422023v4402af","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422023v4402af","url":null,"abstract":"Resumo: O primeiro fragmento em que Nietzsche menciona o seu pensamento do eterno retorno é conhecido por sua grande obscuridade. Propomo-nos neste artigo a contribuir com a gênese filosófica desse pensamento, localizando-o no contexto da filosofia experimental a partir de Aurora e identificando os liames entre esse fragmento e os textos que o precedem a partir de 1880. O pensamento do eterno retorno parece então se apoiar sobre uma outra representação da realidade, resultante do que Nietzsche chama “a paixão do conhecimento”, noção que ele reivindica constantemente e que inaugura a filosofia da afirmação.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135609350","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/2316-82422023v4402oa
Ondine Arnould
{"title":"Carmen, figura nietzschiana do amor trágico","authors":"Ondine Arnould","doi":"10.1590/2316-82422023v4402oa","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422023v4402oa","url":null,"abstract":"Resumo: Este artigo investiga a perspectiva nietzschiana sobre a personagem Carmen na ópera de Bizet e sobre a relação amorosa trágica da qual ela participa. Propomos que a atração suscitada por Carmen é sinceramente vivida por Nietzsche. Nesse sentido, Carmen não se limita de forma alguma a uma figura antiwagneriana, mas ela constitui inteiramente uma figura nietzschiana. Além da investigação dos diversos pontos de vista do filósofo alemão sobre as relações amorosas homem-mulher, estudamos as considerações estéticas que essas perspectivas abrangem. A admiração estética de Nietzsche pela obra de Bizet não deve ser entendida como algo a ser aplicado aos costumes.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"122 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135609897","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/2316-82422023v4402cf
Christophe Fradelizi
{"title":"A figura de Palestrina na estética musical de Nietzsche","authors":"Christophe Fradelizi","doi":"10.1590/2316-82422023v4402cf","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422023v4402cf","url":null,"abstract":"Resumo Na estética musical de Nietzsche, o nome de Wagner domina largamente, gradualmente competindo com Bizet. Palestrina é certamente muito mais discreto mas não menos significativo, de Humano, demasiado humano a O caso Wagner. Este artigo mostra o papel desempenhado pelo compositor da Renascença, cuja obra é repleta de religiosidade, na estética musical de Nietzsche. Inicialmente antitético à cultura da ópera, que Nietzsche critica em O Nascimento da Tragédia, também incorpora a perfeição artística, notadamente da tradição coral medieval. Por fim, Palestrina representa para Nietzsche uma alternativa à estética schopenhaueriana e ao wagnerismo triunfante da década de 1880.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"73 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135609715","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/2316-82422023v4402fg
Fabrice Grebert
{"title":"Nietzsche e o teatro","authors":"Fabrice Grebert","doi":"10.1590/2316-82422023v4402fg","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422023v4402fg","url":null,"abstract":"Resumo: São numerosos os trabalhos que abordam a relação entre Nietzsche e a tragédia, assim como entre Nietzsche e a arte. Por outro lado, o vínculo de Nietzsche com o teatro foi muito menos explorado. No entanto, é surpreendente comparar a valorização do teatro em O nascimento da tragédia com a crítica contundente ao teatro no Caso Wagner. Questionamo-nos sobre essa mudança de posição de Nietzsche e o sentido que devemos atribuir a essa crítica, que se tornou veemente contra o teatro.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135609717","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/2316-82422023v4402as
Antonino Sorci
{"title":"Contra Aristóteles - Por uma narratologia nietzschiana","authors":"Antonino Sorci","doi":"10.1590/2316-82422023v4402as","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422023v4402as","url":null,"abstract":"Resumo: Ao longo dos anos, as pesquisas no domínio dos estudos narratológicos convergiram para uma visão unitária da narratividade, que se funda em uma interpretação consensual da Poética de Aristóteles. O objetivo do nosso artigo é descrever as principais características de um modelo alternativo da narratividade, que sugerimos chamar de “narratologia nietzschiana”. Dedicamos uma atenção especial ao papel da noção de melancolia desempenhado no interior do modelo da experiência estética do Nascimento da Tragédia. Desejamos mostrar que, nessa obra, Nietzsche denuncia a artificialidade da catarse aristotélica, opondo a ela a naturalidade da “melancolia dionisíaca”, que se encontra no âmago da visão do drama ático.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135610525","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/2316-82422023v4402nq
Nicolas Quérini
{"title":"“Cada qual é o mais distante de si mesmo”","authors":"Nicolas Quérini","doi":"10.1590/2316-82422023v4402nq","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422023v4402nq","url":null,"abstract":"Resumo: Gostaríamos de questionar a recuperação e inversão da fórmula de Terêncio \"eu sou o mais próximo de mim\", nos termos de Nietzsche: \"Jeder ist sich selbst der Fernste (cada qual é o mais distante de si mesmo), que encontramos no primeiro parágrafo do Prefácio à Genealogia da Moral. Propomos aqui um comentário a este parágrafo que é acompanhado por uma interpretação desta fórmula, com base no contexto em que aparece. Gostaríamos, assim, de questionar o modo como Nietzsche articula essa fórmula com a dificuldade do autoconhecimento, sobre a qual insiste o início da Genealogia. Nietzsche nos diz imediatamente que esse ideal délfico nunca foi alcançado porque a empresa na realidade nunca foi realmente tentada. Será então que o início da Genealogia realmente busca impedir todo autoconhecimento (porque tudo seria possível conhecer, menos a si mesmo), ou não há outra forma mais interessante de ouvir essa fórmula de que estamos mais distantes de nós mesmos? Gostaríamos de mostrar duas coisas a esse respeito: em primeiro lugar, que o autoconhecimento não é proibido aqui por Nietzsche, mas que ele nos convida a pensá-lo de maneira diferente e, em segundo lugar, que a fórmula segundo a qual \"cada qual é o mais distante de si mesmo” também pode ser entendida como uma injunção para manter o eu sempre à distância. As duas dimensões estão então ligadas, pois sustentamos que o autoconhecimento no sentido clássico pode e deve ser positivamente substituído em Nietzsche por uma interpretação de si e que essa interpretação nunca deve ser pensada precisamente como um empreendimento voltado para a apreensão de si .de uma vez por todas, o que equivaleria a reificá-lo, tirando-o do devir.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135609891","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/2316-82422023v4402cb
Clément Bertot
{"title":"Nietzsche e a moralidade do corpo","authors":"Clément Bertot","doi":"10.1590/2316-82422023v4402cb","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422023v4402cb","url":null,"abstract":"Resumo: Este artigo mostra que o imoralismo não resume a posição nietzschiana. Nietzsche fez uso das categorias éticas - notadamente as categorias de “dever”, de “justiça” ou de “compaixão” - em sua ótica de propor uma nova filosofia do corpo. Por essa tentativa de fazer uma moralidade proteiforme recair no coração mesmo das trocas orgânicas, Nietzsche reforma a moral sobre bases fisiológicas. Esse gesto visa reconstruir as leis de ação.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135610693","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/2316-82422023v4402ds
David Simonin
{"title":"Os preconceitos do “último homem” - Sobre a nova determinação da humanidade em Aurora","authors":"David Simonin","doi":"10.1590/2316-82422023v4402ds","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422023v4402ds","url":null,"abstract":"Resumo: O objetivo deste artigo é procurar o protótipo do último homem em Aurora (1881) e apresentar, à luz da crítica da moral, como ela é realizada nessa obra. Em particular, no terceiro livro dessa obra se encontra uma apresentação precisa do último homem. Entre os traços da humanidade moderna e de seus preconceitos, é sobretudo a aporia de um certo tipo de homem que Nietzsche sublinha, antes de ele, anos depois, viesse a exortar a chegada do além-do-homem.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135609152","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-09-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4303wafjr
W. A. Frezzatti Jr.
{"title":"Algumas reflexões sobre o filisteu da formação (Bildungsphilister) e o espírito livre em nossos estabelecimentos de ensino","authors":"W. A. Frezzatti Jr.","doi":"10.1590/2316-82422022v4303wafjr","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4303wafjr","url":null,"abstract":"Resumo: O objetivo deste texto é, tendo como pano de fundo a distinção entre as noções nietzschianas de filisteu da formação (Bildungsphilister) e de espírito livre (Freigeist), investigar de qual dessas duas personagens nós, professores das instituições de ensino superior brasileiras, estamos mais próximos. O filisteu é o antípoda do genuíno homem de cultura, do artista (Künstler). Por outro lado, o espírito livre é a exceção, é aquele que está desvinculado dos valores e dos hábitos vigentes, ele não se prende às coisas, caminha livremente. Trata-se, neste artigo, de fazer algumas reflexões, pois trazemos mais perguntas que respostas.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48734631","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-09-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4303masr-afc
M. A. Ribeiro, Alexandre Filordi de Carvalho
{"title":"Nietzsche contra a domesticação das instituições de ensino","authors":"M. A. Ribeiro, Alexandre Filordi de Carvalho","doi":"10.1590/2316-82422022v4303masr-afc","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4303masr-afc","url":null,"abstract":"Resumo: A filosofia nietzschiana se desdobra, a todo tempo, em denunciar que as escolas e universidades da Alemanha moderna serviam, majoritariamente, para domesticar as forças humanas em prol dos valores administrados pelo Estado. Considerando tal horizonte, este artigo investiga o fundo analítico da crítica nietzschiana à educação (Ersiehung) de seu tempo para mostrar a tensão necessária que a formação humana (Bildung) emerge no arcabouço de sua filosofia como cultivo de novos valores. Para tanto, será preciso mostrar que outro nível de disciplina, ao mesmo tempo causa e efeito de uma experiência formativa singular e própria, há de ser deflagrada como potência criativa de e para outros valores existenciais.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45720704","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}