Marina Cavalcante Vieira, Cristina Barretto de Menezes Lopes
{"title":"IMAGENS MULTISSITUADAS, PERFORMANCE E O DIGITAL","authors":"Marina Cavalcante Vieira, Cristina Barretto de Menezes Lopes","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p09-25","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p09-25","url":null,"abstract":"Não existe cientista social que não se depare com imagens em suas pesquisas contemporâneas, sejam fotográficas, audiovisuais, memes que circulam em redes sociais ou imagens institucionais em páginas oficiais dos grupos estudados: as imagens circulam. O artigo a seguir surge como um convite para observarmos a importância dos campos das imagens, da performance e do digital como possibilidades exploratórias de pesquisas multissituadas em antropologia. O tema surge como um encontro entre pesquisadoras que se colocam a pensar imagens e performances a partir de origens e formações distintas. O objetivo do nosso trabalho é apresentar o conceito de etnografia multissituada, de George Marcus, diante da análise da performance de Richard Schechner e da emergência da antropologia digital, como forma de compreender a proliferação, circulação e multissituacionalidade das imagens contemporâneas. O texto apresenta a articulação desses diversos campos em uma discussão teórico-metodológica sobre as condições e possibilidades criativas de fazer pesquisa em antropologia, arte e teatro. As relações entre arte e antropologia se manifestam no contexto do experimentalismo em pesquisa e nos processos de construção de linguagens, promovendo conhecimentos interdisciplinares que desafiam as formas convencionais de conduzir pesquisa. O artigo apresenta um panorama e uma discussão sobre as mudanças paradigmáticas que norteiam as formas de fazer pesquisa nas ciências sociais hoje, como forma de contextualizar as aproximações contemporâneas entre arte e antropologia, em seguida apresentando as articulações entre imagens, performances e antropologia digital como etnografias multissituadas. ","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"13 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139803695","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ABRINDO A CAIXA-PRETA DO DESASTRE DA BRASKEM","authors":"C. Prates, Juliane Verissimo, C. Lopes, R. Lima","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p167-199","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p167-199","url":null,"abstract":"Esse texto coletivo surgiu a partir da interação entre Roberto Lima e Camila Prates (pesquisa as controvérsias tecnocientíficas em contextos de conflitos e desastres ambientais) na mesa de encerramento da 6ª Semana de Antropologia da UFS ocorrida no dia 24 de novembro e dos aportes de Juliane Lima (pesquisa o conflito ambiental da Braskem) e Carlos Lopes (pesquisador da etnofotografia no contexto do desastre), no chat do evento. A partir disso surgiu a ideia de fazer uma entrevista ao trio de pesquisadores sobre o desastre da Braskem em Maceió. Rapidamente foi organizado coletivamente os pontos de interesse meus e dos colegas e a conversa foi realizada no dia 6 de dezembro de 2024. Essa versão que está sendo publicada é o resultado da transcrição da conversa com a revisão por cada um dos autores de suas falas individuais. Convém lembrar que o desastre da Braskem se dá em decorrência da extração de Sal-gema no subsolo alagoano (iniciado na década de 1970). O desastre foi direcionado pela extração industrial e sem as devidas fiscalizações, com o Serviço Geológico do Brasil atestando a Braskem como responsável pelo afundamento (subsidência) do solo de cinco bairros.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"40 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139865871","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"TERRITÓRIOS DA FESTA","authors":"L. Esteves","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p145-166","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p145-166","url":null,"abstract":"Neste artigo, reflito sobre as repercussões no patrimônio imaterial decorrentes das transformações em curso na área central do Recife, originadas pelo megaprojeto urbanístico, imobiliário e turístico intitulado \"Novo Recife\". Em particular, analiso o impacto desse plano de desenvolvimento e ocupação na dinâmica do carnaval nesta região da cidade. Abordo a área central do Recife considerando-a a partir da noção de \"território\", cujas características vão além da sua materialidade, abrangendo aspectos simbólicos, discursivos e políticos. As mudanças planejadas para essa área tendem alterar significativamente a paisagem urbana e a dinâmica festiva, introduzindo novos usos e formas de ocupação do espaço. As discussões apresentadas fazem parte de um estudo mais amplo sobre os impactos do Projeto Novo Recife. Para isso, utilizei estratégias metodológicas como observação direta, conversas informais e análise documental. Pretende-se que este trabalho contribua para uma compreensão mais abrangente sobre os desdobramentos dos projetos de desenvolvimento urbano no campo do patrimônio imaterial, com ênfase na experiência do carnaval no Recife.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"1 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139804010","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"GÊNERO E CONSTRUÇÃO DA NARRATIVA COLETIVA","authors":"A. Marinho","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p26-48","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p26-48","url":null,"abstract":"Ao retornarem às lembranças do período de lutas pelo território indígena Xokó, as mulheres destacam na narrativa coletiva novos personagens, modos de existência, performances e memória. Como em um processo de retomada da retomada, narrativas outras tomam corpo nessa oralitura. Ancorada no trabalho da memória da luta pela terra, entrelaçando pesquisa etnográfica e documental - tendo como suporte interlocutor a produção audiovisual - este estudo deságua na intersecção entre gênero e construção da memória coletiva, além de compreender formas de resistência e protagonismo das mulheres, desde dentro das narrativas Xokó. A partir do trabalho da memória feminina foi possível identificar áreas de atuação encabeçadas por elas: econômica, educativa, mágico-religiosa e cultural. Áreas essas que dialogam e se interseccionam. Sendo assim, vamos compreender que ao narrarem as próprias memórias, as mulheres retomam o lugar de protagonismo na história e subvertem as pressões das políticas de invisibilização, não apenas quanto ao gênero, mas também quanto ao coletivo indígena como um todo.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"220 5-6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139862392","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL NO BRASIL","authors":"Alexandre Vicente","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p121-144","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p121-144","url":null,"abstract":"A experimentação animal é controversa. Caracterizada, sob o ponto de vista das ciências biomédicas, como um importante elo entre as pretensões científicas e os resultados, é também criticada como uma prática abominável pelos grupos ligados ao direito animal, em um debate que envolve interesses diversos. É clara a necessidade de estabelecer limites para sua realização. Este trabalho procurou comparar as duas principais tentativas brasileiras recentes de impor tais limites: o Código de Proteção aos Animais do Estado de São Paulo e a Lei Nº 11.794/2008, de abrangência nacional. A análise e comparação de políticas científicas e suas críticas é uma importante ferramenta de investigação das interações entre ciência, política e sociedade, e pode ajudar a apontar caminhos e soluções a serem consideradas. Concluiu-se que a experiência de São Paulo poderia ter servido como um importante exemplo para a formulação da lei nacional, mas parece ter sido ignorada.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"26 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139805058","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Aparecida Santana de Jesus, Rui Miguel Moutinho Sá
{"title":"JUREMA E TRANSIÊNCIA ONTOLÓGICA","authors":"Aparecida Santana de Jesus, Rui Miguel Moutinho Sá","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p49-75","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p49-75","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objeto de análise a interação da planta jurema com o humano em novas paisagens ritualísticas e espirituais. Existe um legado histórico e cultural conexo dos estudos sobre a jurema no Brasil, ainda fortemente relacionados com o seu uso no âmbito das religiões de matriz africana e indígena. No entanto, essa conexão parece estar a proporcionar novos vínculos através de fluxos emergentes e interações que vão além dessas estruturas e limites tradicionais. Pretende-se assim, contribuir para uma melhor compreensão daquilo que são transiências ontológicas a partir do estudo de caso da jurema que parece transcender não só a sua própria categoria de planta, mas também a posição que ocupa no espaço através da sua expansão cultural para Portugal. Partindo da lente científica da Antropologia tem sido possível, através do método etnográfico, submergir nessa intrincada relação planta-humano, analisando a transição dos cenários por onde a jurema está trilhando. Para isso, a partir da realização de trabalho de campo no Brasil (2019 a 2021) e em Portugal (iniciada de forma exploratória em 2022) foi-se perscrutando essa relação que permitiu estabelecer diálogo direto com alguns interlocutores. Neste sentido, as primeiras impressões em torno dos rituais de jurema praticados em Portugal, estes “outros” sujeitos parecem procurar um desenvolvimento mediúnico; melhoria de condições vida e bem-estar em todos os campos (físico, mental, financeiro, espiritual); superação de dificuldades, projetando na entidade jurema: um apoio, um auxílio, ensino e força para prosseguirem a sua vida terrena.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"3 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139865493","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ABRINDO A CAIXA-PRETA DO DESASTRE DA BRASKEM","authors":"C. Prates, Juliane Verissimo, C. Lopes, R. Lima","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p167-199","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p167-199","url":null,"abstract":"Esse texto coletivo surgiu a partir da interação entre Roberto Lima e Camila Prates (pesquisa as controvérsias tecnocientíficas em contextos de conflitos e desastres ambientais) na mesa de encerramento da 6ª Semana de Antropologia da UFS ocorrida no dia 24 de novembro e dos aportes de Juliane Lima (pesquisa o conflito ambiental da Braskem) e Carlos Lopes (pesquisador da etnofotografia no contexto do desastre), no chat do evento. A partir disso surgiu a ideia de fazer uma entrevista ao trio de pesquisadores sobre o desastre da Braskem em Maceió. Rapidamente foi organizado coletivamente os pontos de interesse meus e dos colegas e a conversa foi realizada no dia 6 de dezembro de 2024. Essa versão que está sendo publicada é o resultado da transcrição da conversa com a revisão por cada um dos autores de suas falas individuais. Convém lembrar que o desastre da Braskem se dá em decorrência da extração de Sal-gema no subsolo alagoano (iniciado na década de 1970). O desastre foi direcionado pela extração industrial e sem as devidas fiscalizações, com o Serviço Geológico do Brasil atestando a Braskem como responsável pelo afundamento (subsidência) do solo de cinco bairros.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"21 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139805926","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Aparecida Santana de Jesus, Rui Miguel Moutinho Sá
{"title":"JUREMA E TRANSIÊNCIA ONTOLÓGICA","authors":"Aparecida Santana de Jesus, Rui Miguel Moutinho Sá","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p49-75","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p49-75","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objeto de análise a interação da planta jurema com o humano em novas paisagens ritualísticas e espirituais. Existe um legado histórico e cultural conexo dos estudos sobre a jurema no Brasil, ainda fortemente relacionados com o seu uso no âmbito das religiões de matriz africana e indígena. No entanto, essa conexão parece estar a proporcionar novos vínculos através de fluxos emergentes e interações que vão além dessas estruturas e limites tradicionais. Pretende-se assim, contribuir para uma melhor compreensão daquilo que são transiências ontológicas a partir do estudo de caso da jurema que parece transcender não só a sua própria categoria de planta, mas também a posição que ocupa no espaço através da sua expansão cultural para Portugal. Partindo da lente científica da Antropologia tem sido possível, através do método etnográfico, submergir nessa intrincada relação planta-humano, analisando a transição dos cenários por onde a jurema está trilhando. Para isso, a partir da realização de trabalho de campo no Brasil (2019 a 2021) e em Portugal (iniciada de forma exploratória em 2022) foi-se perscrutando essa relação que permitiu estabelecer diálogo direto com alguns interlocutores. Neste sentido, as primeiras impressões em torno dos rituais de jurema praticados em Portugal, estes “outros” sujeitos parecem procurar um desenvolvimento mediúnico; melhoria de condições vida e bem-estar em todos os campos (físico, mental, financeiro, espiritual); superação de dificuldades, projetando na entidade jurema: um apoio, um auxílio, ensino e força para prosseguirem a sua vida terrena.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"10 14","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139805575","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"TERRITÓRIOS DA FESTA","authors":"L. Esteves","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p145-166","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p145-166","url":null,"abstract":"Neste artigo, reflito sobre as repercussões no patrimônio imaterial decorrentes das transformações em curso na área central do Recife, originadas pelo megaprojeto urbanístico, imobiliário e turístico intitulado \"Novo Recife\". Em particular, analiso o impacto desse plano de desenvolvimento e ocupação na dinâmica do carnaval nesta região da cidade. Abordo a área central do Recife considerando-a a partir da noção de \"território\", cujas características vão além da sua materialidade, abrangendo aspectos simbólicos, discursivos e políticos. As mudanças planejadas para essa área tendem alterar significativamente a paisagem urbana e a dinâmica festiva, introduzindo novos usos e formas de ocupação do espaço. As discussões apresentadas fazem parte de um estudo mais amplo sobre os impactos do Projeto Novo Recife. Para isso, utilizei estratégias metodológicas como observação direta, conversas informais e análise documental. Pretende-se que este trabalho contribua para uma compreensão mais abrangente sobre os desdobramentos dos projetos de desenvolvimento urbano no campo do patrimônio imaterial, com ênfase na experiência do carnaval no Recife.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"40 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139863792","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"PAPEL DO LINGUAJAR NA EVOLUÇÃO HUMANA","authors":"Vincenzo Raimondi","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p94-120","DOIUrl":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p94-120","url":null,"abstract":"A noção de linguajar oferece uma nova compreensão da relação íntima entre socialidade e linguagem. Neste artigo, abordo a emergência evolutiva da linguagem, assumindo a teoria autopoiética da deriva natural. Mostro que essa abordagem sistêmica da evolução oferece o background epistemológico ideal para avaliar o papel do linguajar no processo de hominização. A ideia central é que o modo de vida baseado no linguajar agiu como um atrator para o processo evolutivo. Essa reivindicação depende de três suposições interrelacionadas: 1) hábitos comportamentais e relacionais podem canalizar o curso de mudanças genéticas e estruturais; 2) a coordenação recursiva e formas específicas de socialidade definem as condições sistêmicas para a coexistência-pelo-linguajar a ser conservada ao longo de gerações; 3) a conservação dessas condições sistêmicas dão origem a um processo de feedback positivo em espiral que envolve o corpo, a cognição, e a cultura.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"57 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139864316","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}