Luciana Fortuna Nunes, Ágatha Naiara Ninow, Juan Pablo Carnevale Sosa
{"title":"MONITORAMENTO SUBAQUÁTICO DA BIODIVERSIDADE MARINHA","authors":"Luciana Fortuna Nunes, Ágatha Naiara Ninow, Juan Pablo Carnevale Sosa","doi":"10.51189/rema/2273","DOIUrl":"https://doi.org/10.51189/rema/2273","url":null,"abstract":"Introdução: A fotoidentificação subaquática de tartarugas marinhas é uma metodologia de coleta de informações sem necessidade da captura manual dos animais, pois é possível identificar cada indivíduos através das fotos das marcas naturais da cabeça. Objetivos: Coletar informações para verificar a existência de filopatria em sítios de alimentação. Material e Métodos: No período de julho/2020 a junho/2021, foram realizados 77 monitoramentos subaquáticos, através de mergulho livre e fotografia subaquática, em 07 locais de Bombinhas/SC. Durante a pesca da tainha (01/maio a 30/julho), se restringem atividades aquáticas e isto resulta no acompanhamento da atividade de pesca através dos monitoramentos não subaquáticos. Resultados: Durante um ano de monitoramento foram avistadas três espécies de tartarugas marinhas na região, Chelonia mydas, Caretta caretta e Eretmochelys imbricata. Nas áreas de monitoramento subaquático foram catalogados 11 novos indivíduos e identificado o reavistamento de 38 (C. mydas: 37 e E. imbricata: 1), considerando diferentes épocas do ano e saídas de campo. Os monitoramentos não subaquáticos foram quantificados pelo número de acompanhamento da pesca. Foram monitoradas 05 praias do município, totalizando 23 monitoramentos não subaquáticos. Durante esta atividade, foram registrados 29 novos indivíduos e 03 recapturas de tartarugas marinhas. Os óbitos registrados foram através da ciência cidadã, foram encontradas e fotografadas 14 tartarugas marinhas mortas em 07 praias diferentes do município. Durante os mergulhos, também foram observados itens de atividades antrópicas no fundo do mar. Conclusão: O monitoramento de tartarugas marinhas através de fotografia subaquática é eficiente, pois gerou dados de captura e recaptura sem necessidade de submeter os indivíduos a atividades estressantes, como a captura física. A contribuição da ciência cidadã à pesquisa se mostrou promissora, visto que parte dos resultados alcançados de reavistamentos se deu devido a esta participação. Foi observado que na Pesca da Tainha de Canoa De Um Pau Só há interação com tartarugas marinhas e nenhum registro de óbito causado por esta arte de pesca foi registrado. A permanência de alguns indivíduos de tartarugas marinhas em Bombinhas foi verificada, tanto pelos monitoramentos subaquáticos, quanto pelos não-subaquáticos, mas o tempo de permanência e número de reavistamentos variaram entre os indivíduos com filopatria.","PeriodicalId":243153,"journal":{"name":"Anais do I Congresso On-line Brasileiro de Biologia Marinha e Oceanografia","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117057887","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"TOXOPLASMOSE EM CETÁCEOS","authors":"Kamila Duarte Marques, Milena Marta Bauer","doi":"10.51189/rema/2264","DOIUrl":"https://doi.org/10.51189/rema/2264","url":null,"abstract":"Introdução: A degradação de habitats aumenta o contato entre animais e seres humanos e uma das diversas consequências é a incrementação de patologias nas populações de animais selvagens. A Toxoplasmose é uma das principais, sendo uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii que tem como hospedeiros finais felídeos e intermediários, mamíferos e aves. Apesar de acometer muitos cetáceos, os estudos ainda são escassos, principalmente no Brasil. Objetivos: Analisar as consequências da Toxoplasmose em cetáceos e nos ambientes associados. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica com materiais retirados do Google Scholar e PubMed em setembro de 2021. Os termos “Toxoplasmose em Mamíferos Marinhos”, “Toxoplasmose em Cetáceos” e “Toxoplasmose e Poluição” foram filtrados para a seleção dos trabalhos desta revisão. As literaturas selecionadas são em inglês e português, publicadas entre os anos de 2009 e 2020. Resultados: O T. gondii ocasiona encalhe e óbito em vários cetáceos, causando lesões como: hepatite necrosante, linfadenite e necrose linfóide, pneumonia intersticial, encefalite não supurativa e meningoencefalite. A via de infecção permanece desconhecida devido à baixa ingestão de água desses animais, porém uma hipótese aceita é que ela está associada a ambientes marinhos poluídos nas proximidades da costa, com escoamento de fezes de felídeos ou solo contaminado com oocistos que comprometem a água do mar, seja por drenagens fluviais, efluentes contaminados ou dos lastros de navios; sugere-se também que cetáceos podem se contaminar através da ingestão de hospedeiros paratênicos (animais ectotérmicos), os quais obtém o oocisto esporulado pela água contaminada. Conclusão: A toxoplasmose é uma patologia causada pelo protozoário T. gondii e sua presença em cetáceos gera lesões que causam o encalhe e a morte desses animais. A contaminação ocorre por fezes de felídeos ou oocistos no ambiente e por ingestão de hospedeiros paratênicos. Sendo assim, a infecção pode ser uma ferramenta para a avaliação da contaminação de ecossistemas marinhos. Por ser uma doença presente tanto em cetáceos de vida livre quanto em cativeiro, é de suma importância entendê-la e promover mais estudos, a fim de implementar uma profilaxia, analisando os impactos que podem causar no ambiente e nos cetáceos que são acometidos.","PeriodicalId":243153,"journal":{"name":"Anais do I Congresso On-line Brasileiro de Biologia Marinha e Oceanografia","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127745430","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Letícia Oliveira, Incalo Junio Jesus Santos, Kátia Barbosa Tassiro
{"title":"A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DO ECOSSISTEMA MANGUEZAL NO NORDESTE BRASILEIRO PARA A CONSERVAÇÃO DA ESPÉCIE TRICHECHUS MANATUS","authors":"Letícia Oliveira, Incalo Junio Jesus Santos, Kátia Barbosa Tassiro","doi":"10.51189/rema/2272","DOIUrl":"https://doi.org/10.51189/rema/2272","url":null,"abstract":"Introdução: O Brasil é um país com ampla faixa litorânea e por isso dispõe de uma das maiores áreas de manguezais do mundo. Os manguezais são ecossistemas localizados nas regiões de estuários, faixas de transição entre o ambiente marinho e o terrestre. São habitados por espécies vegetais típicas de ambientes alagados, resistentes à alta salinidade da água e do solo. Esse ecossistema funciona como um \"berçário\" para várias espécies, como camarões, peixes, e ainda para mamíferos aquáticos como o Trichechus manatus (peixe-boi marinho). Os peixes-boi pertencem à ordem Sirenia, são os únicos mamíferos aquáticos herbívoros do mundo. O peixe-boi marinho é considerado a espécie de mamífero marinho mais ameaçada de extinção no país; atualmente os encalhes representam a maior ameaça à espécie no Brasil, além da intensa degradação do hábitat; o assoreamento dos estuários e a grande concentração de barcos, que impede o acesso dos espécimes a locais importantes para alimentação, reprodução e suprimento de água doce. Objetivos: Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar e estabelecer a importância da preservação da área de manguezal no nordeste brasileiro para a conservação da espécie Trichechus manatus, pois dos ambientes que constituem o ecossistema costeiro, sabe-se que os estuários apresentam melhores condições para abrigar o peixe-boi marinho. Materiais e Métodos: A pesquisa baseou-se numa revisão bibliográfica, por meio de artigos científicos relacionados à importância da área de manguezal para a conservação da espécie, informações retiradas de livros e revistas científicas. Resultados: O peixe-boi marinho depende diretamente da área de manguezal, já que utiliza esse ecossistema principalmente como berçário; uma vez que esse hábitat seja destruído se intensifica o encalhe de filhotes, problema que atualmente se tornou a principal ameaça à espécie, portanto pode-se afirmar que há uma intensa relação entre a espécie e o manguezal. Diante disso, uma vez que esse ecossistema seja melhor preservado, observa-se igualmente melhores resultados em relação à conservação da espécie, que terá maiores chances de sair da lista de espécies ameaçadas de extinção ou pelo menos da categoria “vulnerável”. Conclusão: Portanto, é extremamente importante proteger e preservar esse ecossistema para que ocorra também a conservação da espécie Trichechus manatus.","PeriodicalId":243153,"journal":{"name":"Anais do I Congresso On-line Brasileiro de Biologia Marinha e Oceanografia","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114273833","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"FREQUÊNCIA DE INTERAÇÃO ANTRÓPICA EM AVES MARINHAS ENCALHADAS NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS - LITORAL DE SANTA CATARINA","authors":"Maíra Castro Garbeloto, Naiara Tank Pereira","doi":"10.51189/rema/2274","DOIUrl":"https://doi.org/10.51189/rema/2274","url":null,"abstract":"Introdução: As ações humanas no ambiente marinho e costeiro vêm aumentando cada vez mais, e com isso vários tipos de impactos negativos são gerados, alguns deles são: o descarte irregular de resíduos sólidos; o aumento do tráfico de embarcações e a colheita indiscriminada de recursos marinhos. Juntos esses impactos diminuem a saúde da vida marinha, impactando tanto as nossas vidas quanto a dos animais ou plantas que vivem nesses ecossistemas. Objetivo: Analisar a frequência dos encalhes de aves marinhas relacionados com a causa antropogênica. Metodologia: A área usada no trabalho foi o município de Florianópolis, localizado no Estado de Santa Catarina. Os dados foram retirados do SIMBA – Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática, uma plataforma pública, utilizada para conectar os dados colhidos durante os monitoramentos de praias, o PMP que é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-sal da Bacia de Santos, conduzido pelo IBAMA, onde são realizados monitoramentos diários das praias, pela equipe técnica, tendo como um dos propósitos recolher carcaças de répteis, aves e mamíferos marinhos, assim como animais vivos e debilitados. Foram recolhidos os dados de 01/01/2020 à 01/01/2021. Resultados: Durante o ano, um total de 354 aves marinhas foram encontradas encalhadas, mortas ou vivas (que vieram a óbito posteriormente), levando em consideração somente animais que passaram pela necropsia. Dessas, 55,08% foram avaliadas com indicio de interações antrópicas. A ingestão de resíduos sólidos em tetrápodes marinhos é bastante comum, sendo 6,77% as aves que continham lixo no Trato Gastrointestinal. Apenas um indivíduo (0,28%) foi colocado como impacto com atividade de exploração e produção de petróleo e gás. Classificados como agressão, caça e vandalismo tivemos um total de 9,88% dos animais impactados. A maior parte das interações antrópicas foi referente a pesca, com um total de 42,93% dos indivíduos impactados. Conclusão: Nota-se com esse estudo, que muitas aves marinhas estão morrendo devido a ações antropogênicas e principalmente a pesca, que é responsável pela maioria dos óbitos.","PeriodicalId":243153,"journal":{"name":"Anais do I Congresso On-line Brasileiro de Biologia Marinha e Oceanografia","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122607660","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}