Revista TransVersosPub Date : 2021-08-23DOI: 10.12957/transversos.2021.58763
P. Cruz
{"title":"UM ESTUDO DA CAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DA POPULAÇÃO DE LUANDA NO PÓS-GUERRAS – A CONSTRUÇÃO NARRATIVA EM OXALÁ CRESÇAM PITANGAS E É DREDA SER ANGOLANO (2006/2008).","authors":"P. Cruz","doi":"10.12957/transversos.2021.58763","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58763","url":null,"abstract":"Este artigo é parte integrante de minha tese de doutorado, intitulada Vulnerabilidade, resiliência e identidades: construções narrativas no cinema angolano. No presente trabalho analisamos a capacidade de resiliência desenvolvida pela população de Angola, mais especificamente, de Luanda, no período do pós-guerras. Utilizamos para tanto o estudo comparado de duas produções do cinema angolano contemporâneo, Oxalá cresçam pitangas (ONDJAKI, LIBERDADE, 2006) e É dreda ser angolano (FAZUMA, 2008). Nessas duas construções narrativas podemos apontar seis eixos principais de produção e facilitação de resiliência, sejam eles o esporte, as rádios e a pirataria, as artes (música, poesia e cinema), as igrejas e escolas, a clandestinidade e a informalidade, e os sentimentos e afetos.","PeriodicalId":227240,"journal":{"name":"Revista TransVersos","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114989516","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista TransVersosPub Date : 2021-08-23DOI: 10.12957/transversos.2021.50726
R. Santos
{"title":"ÁFRICA OCIDENTAL EM MANUSCRITOS BRASÍLICOS DO SÉCULO XVIII.","authors":"R. Santos","doi":"10.12957/transversos.2021.50726","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/transversos.2021.50726","url":null,"abstract":"Historiadores brasileiros normalmente encontram alguma dificuldade em realizar pesquisas sobre a história da África e dos africanos sob uma perspectiva africana. Isso se deve, por um lado, às próprias especificidades dos métodos e técnicas para a exploração das fontes africanas; e, por outro, à escassez de fontes disponíveis para pesquisa no Brasil e em língua portuguesa. Para contornar esse problema, apresentamos nesse artigo uma proposta metodológica e empírica. Ancorado no campo de pesquisa denominado História Atlântica, apontamos como impressos e manuscritos produzidos por agentes nascidos no Brasil ou lusitanos enraizados na América podem ser capazes de apresentar uma perspectiva diferente sobre a África e os africanos que viviam na região Centro-Ocidental do continente. Para tanto, dedicamos uma atenção especial às potencialidades para tal finalidade da documentação da série Bahia-Avulsos, disponível no fundo Arquivo Histórico Ultramarino.","PeriodicalId":227240,"journal":{"name":"Revista TransVersos","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116173319","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista TransVersosPub Date : 2021-08-23DOI: 10.12957/transversos.2021.58423
Felipe Barradas Correia Castro Bastos
{"title":"Dominação e Denominação: o Etnônimo Pejorativo \"Mawia\" e os Macondes de Moçambique no Tanganyika Colonial","authors":"Felipe Barradas Correia Castro Bastos","doi":"10.12957/transversos.2021.58423","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58423","url":null,"abstract":"O artigo aborda o surgimento e a aplicação, a partir da segunda metade do século XIX, de um termo pejorativo utilizado para designar comunidades macondes localizadas ou provenientes de Moçambique no Tanganyika, atual Tanzânia continental. O escopo temporal abrange o emprego do termo por diferentes observadores europeus para indicar como o termo “mawia”, cuja origem antecede o período colonial, foi alçado à categoria de etnônimo e utilizado pelas autoridades alemãs e britânicas do Tanganyika. Para tanto, dá-se enfoque sobre um conjunto heterogêneo de fontes coloniais para rastrear o emprego dessa denominação com o objetivo de evidenciar os impactos negativos do colonialismo na naturalização de identidades socioculturais, e indicar a resistência de macondes de Moçambique radicados na colônia vizinha à denominação “mawia”.","PeriodicalId":227240,"journal":{"name":"Revista TransVersos","volume":"12 11","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"113968358","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista TransVersosPub Date : 2021-08-23DOI: 10.12957/transversos.2021.52976
Julia Goulart Silva
{"title":"Ruy Duarte de Carvalho: o dizer poético de Angola","authors":"Julia Goulart Silva","doi":"10.12957/transversos.2021.52976","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/transversos.2021.52976","url":null,"abstract":"O presente artigo busca analisar a escrita de Ruy Duarte de Carvalho, cuja construção textual cria um dizer poético de Angola. A leitura dos ensaios Vou lá visitar pastores, Actas da Maianga, o dizer das guerras, em Angola...e A câmara, a escrita e a coisa dita... e de um dos poemas do livro Hábito da terra permite compreender a existência de uma estética literária e de uma argumentação que sustentam uma imagem particular do país, marcada pela voz das tradições angolanas. Gesto de escrita – que por meio da Antropologia e da mitopoesia - critica a visão fantasiosa do país por parte de um pensamento ocidental, comunicando e distinguindo outras formas de organização da razão humana. ","PeriodicalId":227240,"journal":{"name":"Revista TransVersos","volume":"111 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115141988","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista TransVersosPub Date : 2021-08-23DOI: 10.12957/transversos.2021.56624
F. Silva, S. Pantoja
{"title":"Sustentabilidade para quem? Um olhar da crítica pós-colonial para impressões ambientais e telúricas em Angola","authors":"F. Silva, S. Pantoja","doi":"10.12957/transversos.2021.56624","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/transversos.2021.56624","url":null,"abstract":"Este artigo procura demonstrar como as nuances de interpretação sobre meio ambiente das sociedades que compõem o sistema-mundo hoje, em particular no contexto angolano, foram formadas ao longo de uma história global de colonização e dominação do Norte sobre o Sul, não apenas econômica e cultural, mas também ambiental. A partir de um olhar da crítica pós-colonial e da ecologia política, abordo a dança de influências e percepções entre a agenda internacional e a regional sobre as noções de meio ambiente e terra, analisando o peso da hegemonia das epistemologias ocidentais e capitalistas na construção e na ideia específica desses conceitos, entendendo como estes são absorvidos e emanados em Angola e seu Sul. As vozes que permeiam e dão o tom ao artigo são as de dez entrevistadas e entrevistados angolanos que trazem suas impressões ambientais e telúricas sobre as dinâmicas locais.","PeriodicalId":227240,"journal":{"name":"Revista TransVersos","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129808588","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista TransVersosPub Date : 2021-08-23DOI: 10.12957/transversos.2021.60295
I. Viana, V. Costa, Flávio Gomes
{"title":"NARRATIVAS, ESCRITAS E ARQUIVOS: REARTICULANDO EXPERIÊNCIAS E FONTES SOBRE MULHERES AFRICANAS NO BRASIL OITOCENTISTA: NOTAS DE PESQUISAS","authors":"I. Viana, V. Costa, Flávio Gomes","doi":"10.12957/transversos.2021.60295","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/transversos.2021.60295","url":null,"abstract":"O presente texto trata das reflexões iniciais das investigações em andamento de um projeto mais amplo acerca do protagonismo de mulheres negras em seus projetos e expectativas familiares no período da escravidão. Por meio do levantamento em fontes textuais de natureza eclesiástica e aquela civil e crime ─ devassas e processos de habeas corpus ─ abordamos narrativas de (sobre) africanas e as primeiras gerações daquelas nascidas no Brasil. Partimos de fontes (suas naturezas e abordagens diversas) que no limite sugerem pensar que foram escritas ─ ditadas ─ por pessoas da África especialmente seus testamentos e também devassas eclesiásticas e libelos civis. Mesmo não sendo necessariamente documentos escritos ou ditados por mulheres e homens escravizados expressam suas escolhas, vontades, desejos e percepções de vida.","PeriodicalId":227240,"journal":{"name":"Revista TransVersos","volume":"99 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131278171","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista TransVersosPub Date : 2021-08-23DOI: 10.12957/transversos.2021.58454
Salomão António Massingue, José José Fornos
{"title":"Estética animista: memória e (re)existência na narrativa de Ungulani Ba Ka Khosa","authors":"Salomão António Massingue, José José Fornos","doi":"10.12957/transversos.2021.58454","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58454","url":null,"abstract":"O artigo analisa as manifestações da estética animista na sua intercessão com a memória oral como prática de (re)existência na narrativa de Ungulani Ba Ka Khosa. A década 50 do século XX é um importante marco na produção literária em países africanos de língua portuguesa. Escritores assumem o protagonismo na reinvenção das suas sociedades, historicamente subjugadas pelo sistema colonial, num processo pautado pelo questionamento dos cânones literários ocidentais, e pela (re) busca de um passado cultural ancestral e sua incorporação na literatura. Contudo, ainda se reduzia essa produção a categorias desfasadas do conteúdo narrado. A estética animista irrompe como um paradigma de análise mais consentâneo com os universos simbólico e cultural representados nessa produção, concretamente na narrativa. É nessa corrente em que se insere este estudo para a fundamentação do qual se baseou, fundamentalmente, em Garuba, 2003, 2012. ","PeriodicalId":227240,"journal":{"name":"Revista TransVersos","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132257790","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista TransVersosPub Date : 2021-08-23DOI: 10.12957/transversos.2021.47139
Isabele Lima Barreto
{"title":"A CIDADE DO LOBITO NA MEMÓRIA DE MIGRANTES DA DESCOLONIZAÇÃO DE ANGOLA RESIDENTES NO RIO DE JANEIRO THE CITY OF LOBITO IN THE MEMORY OF MIGRANTS OF DECOLONIZATION FROM ANGOLA WHO LIVE IN RIO DE JANEIRO","authors":"Isabele Lima Barreto","doi":"10.12957/transversos.2021.47139","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/transversos.2021.47139","url":null,"abstract":"A cidade do Lobito foi fundada em 1905. Segundo o último Censo populacional do período colonial em Angola, feito em 1970, naquela altura era a terceira maior cidade angolana. Era um centro econômico muito relevante, sede de um importante porto e do Caminho de Ferro de Benguela. Este artigo aborda as memórias de antigos habitantes que residem hoje no Rio de Janeiro e que deixaram Angola em 1975, ano da independência política e do início da guerra civil. Através de suas lembranças foi possível acessar a visão que tinham da atmosfera da cidade, um exemplo da visão da vida em Angola como um paraíso, assim como suas visões a respeito do racismo e da discriminação estruturantes daquela sociedade. Tal questão se referia às relações entre brancos e negros e também entre colonos, de primeira geração e luso-angolanos. The city of Lobito was founded in 1905. According to the last Population census, made in 1970, at that time it was the third biggest Angolan city. It was a very relevant economic center, headquarters of an important port and of the Benguela Railway. This paper approach the memories of former inhabitants that today live in Rio de Janeiro and who left Angola in 1975, year of the political independence and the beginning of the civil war. Through their memories it was possible to access their vision of the city’s atmosphere, an example of the vision concerning the life in Angola as a paradise, as well as their visions concerning the structural racism and discrimination of that society. Such matter refers to the relation between whites and blacks and also between first generation settlers and luso-angolans.","PeriodicalId":227240,"journal":{"name":"Revista TransVersos","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116577864","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista TransVersosPub Date : 2021-08-23DOI: 10.12957/transversos.2021.58392
Luciana Falcão Lessa
{"title":"O MOVIMENTO NEGRO CAMINHA, O FEMINISMO NEGRO CAMINHA E O MOVIMENTO DE MULHERES NEGRAS CAMINHA","authors":"Luciana Falcão Lessa","doi":"10.12957/transversos.2021.58392","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/transversos.2021.58392","url":null,"abstract":" O Movimento de Mulheres Negras em Salvador emerge com características interseccionais. Isso quer dizer que essas mulheres se organizam em torno dos principais eixos de opressão: gênero, raça, classe e região, destarte não organizaram um movimento único, mas sim grupos de mulheres em torno de demandas relacionadas a comunidades/bairros. Entretanto, não atuam de forma isolada, esses Grupos e Coletivos dialogam e, ao mesmo tempo, garantem a discussão sobre a condição da mulher negra em todo o território baiano. O movimento de mulheres negras reconhece a importância do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Feminismo Negro, mas afirma a sua especificidade ao se configurar como um movimento de base, pautando a opressão sexista e o empoderamento das mulheres negras, associando teoria e luta coletiva.","PeriodicalId":227240,"journal":{"name":"Revista TransVersos","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125566688","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}