{"title":"Feito déjà vu","authors":"Tayná Almeida","doi":"10.20396/proa.v13i00.18392","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.18392","url":null,"abstract":"Feito Déjà Vu nasceu da experiência de pesquisa na cena contemporânea de Maceió, Alagoas. Movida pelo reconhecimento de assimetrias de gênero no campo da fotografia — categoria na qual estou inserida enquanto fotógrafa —, investiguei como as autorrepresentações de mulheres produzem fraturas na fotografia masculinista dominante. Caracterizada por operar em detrimento das mulheres fotógrafas e das mulheres fotografadas, a fotografia dominante além de promover a invisibilização feminina em campo de atuação artística e profissional, historicamente retrata o gênero sob o viés da objetificação sexual, estereótipo interseccionado às relações racistas e classistas. Na contramão desse pensamento, o ensaio emergiu do gesto artístico de aprender na prática com fotógrafas, parceiras de pesquisa, a como recriar imaginários e visualidades, ou seja, a como me autorrepresentar a partir de uma conscientização da prática fotográfica. Mais especialmente, através de uma experiência com afeto e educação em campo, o ensaio é um retrato do sentimento nostálgico que é ver, sob perspectiva da vida adulta, a infância de minha prima Alicia, tão semelhante a mim. Uma tentativa de me retratar em meus próprios termos, de retratar minha memória afetiva: a pesca, o pé na terra, o rastro no céu, o sítio, a carta de amor... Como num sonho, entrelaçando nossas vidas e os acervos imagéticos de nossas infâncias — sendo o dela fruto de meus registros —, evoco a experiência de ver a criança crescendo nela, ao passo em que morre em mim. Nesse sentido, como uma antropóloga-fotógrafa encarnada, esboço uma produção na qual as fronteiras entre racionalidade científica e emoção, sujeito e objeto, arte e ciência são postas em questão.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139316733","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“A rua é o lugar disso tudo”","authors":"Beatriz Silva Bogarim, G. Passamani","doi":"10.20396/proa.v13i00.16718","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v13i00.16718","url":null,"abstract":"Este artigo faz parte de uma pesquisa maior que busca perceber modos de ocupação das ruas na cidade de Campo Grande - MS a partir de narrativas e experiências de artistas do lambe-lambe, grafite e teatro. Nesse sentido, por meio de uma pesquisa qualitativa com viés etnográfico, foram realizadas entrevistas online, em formato semiestruturado, e inserção no campo através das redes sociais dos interlocutores. A arte e as diferentes formas de ocupação nas ruas foram analisadas a partir das relações e das identificações desses sujeitos na e com a rua. Lançando mão da rua como diagnóstico fundamental da qualidade de vida urbana e característica de uma cidade. Em debate, as experimentações da arte nas diferentes modalidades que coexistem nas ruas de Campo Grande.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"2015 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127789763","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Proa rumo a novos horizontes","authors":"Inácio Saldanha, Jinx Vilhas, Júlia Vargas","doi":"10.20396/proa.v12i00.17893","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v12i00.17893","url":null,"abstract":"A Proa: Revista de Antropologia e Arte foi criada em 2008 por estudantes do Departamento de Antropologia da Unicamp, a partir do GESTAA (Grupo de Estudos de Antropologia e Arte), iniciativa discente do mesmo ano (TRALDI et al., 2019). Seu primeiro número foi publicado em 2009 e, desde então, muita coisa tem mudado de forma constante e surpreendente. Mesmo com o fim do grupo original e o desligamento dos fundadores da revista, a Proa teve continuidade nas gerações seguintes de estudantes do departamento, com uma rotatividade característica dos periódicos discentes.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121832231","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Cuidar em cuias, um ofício feminino","authors":"L. Carvalho","doi":"10.20396/proa.v12i00.17587","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v12i00.17587","url":null,"abstract":"Colher. Cortar. Raspar. Alisar. Tingir. Esperar. Bordar. Para ver e usar. Assim são as cuias, úteis e belas (PAZ, 1991), feitas para “infinitas, materiais e simbólicas coisas”, como frisou Mário de Andrade (1939, p. 2).","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129741406","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
R. Pereira, Isonete do Socorro Perna Pereira, E. Toutonge
{"title":"Crianças em um espaço rural-ribeirinho","authors":"R. Pereira, Isonete do Socorro Perna Pereira, E. Toutonge","doi":"10.20396/proa.v12i00.16717","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v12i00.16717","url":null,"abstract":"O contexto rural-ribeirinho amazônico apresenta-se como um espaço de sociobiodiversidade e socioculturalidade em que homens e mulheres constroem suas culturas, modos de vidas e relações sociais, são, portanto, possuidores e transmissores de uma vasta experiência na utilização e conservação presente no/entre espaço/tempo da natureza, sobretudo, nos espaços dos rios e florestas, local onde essas populações vivem. Podemos dizer que constroem atrelada a cultura local, uma espécie de pedagogia relacional natureza, humanos e demais seres, esta embasada no ver, sentir, fazer.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117122465","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Dos muros ao papel","authors":"S. Figueroa","doi":"10.20396/proa.v9i1.16541","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v9i1.16541","url":null,"abstract":"A análise ora apresentada trata de uma experiência de tradução ou transmutação intersemiótica de três pixos encontrados no bairro de Meireles, Fortaleza. É nessa passagem da forma que tem-se por objetivo rever conceitos de arte e obra de arte por meio de um diálogo entre autores da antropologia da arte, artistas e comunicadores. Trata-se de uma experiência que provoca repensar a apreensão estética que construímos dos objetos e as repercussões que isso pode significar na dinâmica social de uma cidade.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123849524","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Na rua, o sentido da festa","authors":"Frederico Luiz Moreira","doi":"10.20396/proa.v9i1.17332","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v9i1.17332","url":null,"abstract":"A prática de enfeitar as ruas para receber o sagrado manifesto remonta ao uso de oferendas ao divino e na representação do drama social. Os antigos tapetes eram ornamentações de cunho popular, realizadas como meio expressivo de crenças religiosas na Europa. Em períodos medievais tal prática contextualizava relações diretas entre a dádiva e a retribuição, estabelecendo influências no uso de calendários agrícolas para a manutenção e prática dessas tradições. Esse objeto (tapete) evidencia especificidades próprias da sociedade que o construiu. Prepara o caminho ao sagrado, contudo, numa via constituída por um meio efêmero, fugaz. Ele retrata de maneira primorosa o entendimento da comunidade sobre o rito, e por sua vez, sobre a festa. A partir de experiências antropológicas em campo foram observadas as feituras dos tapetes de serragens, que ornamentam a via da procissão na festa de Corpus Christi, em Sabará/MG.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115080362","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A configuração de um ícone de nacionalidade","authors":"Francisco Antonio Nunes Neto","doi":"10.20396/proa.v9i1.17278","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v9i1.17278","url":null,"abstract":"O texto analisa como as Baianas se converteram em um poderoso ícone de nacionalidade brasileira. Para tanto, acionamos como principais referências as pistas encontradas em algumas pesquisas e alguns estudos, assim como as observadas em outros tipos de representações tais como os textos jornalísticos e as letras de músicas do cancioneiro popular nacionais. Neste sentido, este artigo apresenta em que contexto, em que medida e em quais sentidos as Baianas – mulheres negras egressas de Salvador e cidades do Recôncavo do estado da Bahia – desembarcam no Rio de Janeiro em meados do século XIX, então capital nacional, aí emergindo no imaginário coletivo como porta-vozes de uma ancestralidade que representa uma perspectiva de nacionalidade que anuncia, enuncia, integra e identifica socioculturalmente uma parcela significativa da população deste país. Presença marcante e inconfundível em algumas festas como o carnaval do Rio de Janeiro ou naquelas lidas como públicas e populares da Bahia como a de Santa Bárbara, a do Senhor do Bonfim e a de Yemanjá, as Baianas vetorizam e congregam tradição e modernidade em distintas temporalidades.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"46 4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120902653","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O carnaval é hoje porque o amanhã é nunca","authors":"A. Lemos, Alice Dote","doi":"10.20396/proa.v9i1.17283","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v9i1.17283","url":null,"abstract":"Este artigo constitui-se numa reflexão a partir das redes de criação do espetáculo Devorando heróis: a tragédia segundo os pícaros, do coletivo de teatro de rua Os Pícaros Incorrigíveis (Fortaleza/CE). Partindo da perspectiva do pensar/fazer do artista-pesquisador e apoiando-nos em recursos metodológicos da antropologia da performance, procuramos entender de que modo o carnaval é utilizado como dispositivo para a construção dramatúrgica e de que modo o ritual carnavalesco acontece nesse espetáculo de rua. Por fim, compreendemos que as escolhas estéticas do espetáculo apontam para uma poética de criação artística e de existência atravessadas pelo carnaval. O agenciamento entre os elementos festa, teatro, arte e vida encontra-se no carnaval picaresco do Devorando heróis e atravessa a ética do coletivo, que também pauta seu modo de existência na festa.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121497628","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Muertos que se crean a sí mismos","authors":"Ángela Nanni Álvarez, Maura Vázquez Vargas","doi":"10.20396/proa.v9i1.17330","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/proa.v9i1.17330","url":null,"abstract":"Este ensayo visual presenta un acercamiento a las manifestaciones artísticas del ritual dedicado a los ancestros difuntos en una comunidad mazateca de la Sierra Negra de Puebla, México. En un esfuerzo por reivindicar las expresiones artísticas de las festividades indígenas, el registro fotográfico nos permite acercarnos a ellas y compartir su esplendor. En este caso particular, la creatividad individual y colectiva se condensa en la figura de los chonijmó, los muertos que bailan. Mediante la música, la danza y el disfraz, los mazatecos honran su memoria y ponen en marcha su ingenio ritual y performativo.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116458012","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}