{"title":"A expressão de si (e de nós): uma condição humana","authors":"Isabella Morelli Esteves","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.81757","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.81757","url":null,"abstract":"Este artigo investiga a expressão autoral sob uma perspectiva tanto da criação literária quanto da análise de escritos de outros autores que também traçaram jornadas semelhantes – criando ficção e refletindo sobre essa criação. O argumento deste texto é que mesmo uma obra de ficção pode revelar uma verdade sobre seu criador e que, ao escrever a nossa “verdade” (isto é, escrever com sinceridade, ainda que sem nos basear em fatos) enquanto artistas, abrimos portas para a conexão. Como sugerem a filósofa Hannah Arendt e a contista Jane Yolen, expressar a si mesmo é parte da condição humana, e as histórias que contamos refletem essa condição. Em nossa condição compartilhada de humanidade, podemos reconhecer uns aos outros na contação de histórias e revelar até mesmo os fatos que ainda não sabíamos serem verdades.","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"24 24","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140980503","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Uma captura dos silêncios em \"O regresso de Júlia Mann a Paraty\"","authors":"K. Silva","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.81509","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.81509","url":null,"abstract":"Este artigo pretende fazer uma leitura do livro O regresso de Júlia Mann a Paraty (2021), de Teolinda Gersão, levando em conta as ideias de som e silêncio e compreendendo-o como a captura de três silêncios: momentos de pensamento, escrita e morte. Além disso, busca analisar as relações entre as personagens e a música, entendendo, assim, de que forma o som e o silêncio são relevantes para a composição da obra.","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"26 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140979755","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A arte de narrar no mundo moderno: uma leitura do conto “Natal na barca”, de Lygia Fagundes Telles","authors":"Bárbara Maria Nunes Pereira Carneiro, Állex Leilla Alessandra Leila Borges Gomes Fernandes","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.81348","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.81348","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma leitura do conto “Natal na barca”, de Lygia Fagundes Telles (2009), à luz do ensaio “O narrador”, de Walter Benjamin (1994). Visamos estabelecer uma relação metafórica entre as duas personagens interlocutoras presentes no conto em análise e a questão do desaparecimento da arte de narrar levantada por Benjamin, que coloca em contraste dois tipos de narrador, o tradicional e o moderno. Aproveitando o ensejo do texto teórico, traremos à baila o conto “A alexandrita”, de Leskov (2012), autor russo, apresentado por Benjamin, como exemplo de narrador legítimo, para endossar nossa leitura.","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"41 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140981461","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Uma narrativa de esquina: \"Os sonhos não envelhecem\", de Márcio Borges","authors":"R. Julião","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.81455","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.81455","url":null,"abstract":"Em 1996, Márcio Borges publicou Os sonhos não envelhecem: Histórias do Clube da Esquina, que conta a história do movimento musical surgido em Minas Gerais nos anos 1960 e desenvolvido ao longo da década seguinte. O livro pertence a um gênero textual híbrido, no limite entre a autobiografia, as memórias, o romance de formação e o romance geracional. O prefácio, de Caetano Veloso, reflete sobre a inserção do Clube da Esquina na história da canção popular do Brasil. O objetivo deste artigo é, analisar o livro de Borges, em suas dimensões formais e contextuais, a narrativa que propõe sobre a cultura brasileira do período, a relação que se estabelece entre obra memorialística e obra cancional e, por fim, a relação entre seu relato e o prefácio do artista-pensador do tropicalismo musical.","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"20 18","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140980539","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A tortura do olhar no inferno de Sartre: a função do outro na peça \"Huis Clos\"","authors":"Flávio Rocha de Deus","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.81976","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.81976","url":null,"abstract":"Na peça Huis Clos (Entre quatro paredes), acompanhamos três personagens: Garcin, Inès e Estelle, que são trancados juntos em uma sala após suas mortes. À espera de enxofre, fogo e tortura física no além-vida, surpreendem-se ao notar que o suposto inferno é, na verdade, a simples convivência constante com o outro. Neste cenário, por meio de uma análise das características desse inferno criado por Sartre, buscamos entender questões caras para a filosofia do autor, em especial o papel do olhar enquanto instrumento de reconhecimento e as dimensões conflituosas da existência do outro.","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"108 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140977851","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Esquema de Antonio Candido","authors":"Filipe de Freitas Gonçalves","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.81690","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.81690","url":null,"abstract":"Usando como fio condutor uma comparação entre o capítulo de Formação da Literatura Brasileira (1958) sobre Memórias de um Sargento de Milícias (1852) e o ensaio Dialética da Malandragem (1993), este artigo propõe um esboço do desenvolvimento das concepções teóricas que norteiam o trabalho de Antonio Candido (1918-2017), assim como suas implicações históricas e políticas. Expandindo a discussão, procuramos em seu estudo sobre o caipira e em sua tese sobre Sílvio Romero os fundamentos de sua concepção inicial e, no recuo teórico, fruto do fechamento da janela de modernização em que elaborou a primeira parte de sua obra, a explicação para a concepção de redução estrutural que elaborou em sua maturidade.","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"12 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140981895","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"As monstras: mulheres que falam e as que se calam. Uma breve análise sobre a subalternização de personagens femininas na literatura ocidental","authors":"Morgana Silva Larotonda Caetano","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.79938","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.79938","url":null,"abstract":"Este artigo dispõe-se a tecer uma breve análise comparativa entre as posições de fala, combativas ou omissas, assumidas por personagens femininas em obras nas quais elas são protagonistas. A partir de uma análise contrastiva entre as protagonistas das narrativas literárias aqui abordadas, apoiando-se nas teorias dos sujeitos e alteridades, o presente texto visa investigar sobre as semelhanças entre personagens femininas, que desde a antiguidade, vêm assumindo figurações subalternizadas na literatura ocidental. Tais figurações originam uma bipartição dos estereótipos femininos, que permeiam a literatura ocidental de diversas sociedades e períodos históricos, ora representando, nessas obras, a mulher que fala, ora representando a mulher que se cala.\u0000 ","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"83 17","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140978638","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A representação artística de corpos vulneráveis durante a Ditadura Militar em “Celas - 21”, de Lara de Lemos, e “Situação T/T1”, de Artur Barrio","authors":"G. Santos","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.79643","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.79643","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva analisar se e como o poema “Celas - 21”, de Lara de Lemos, e a arte-performance “Situação T/T1”, de Artur Barrio, compartilham o intuito de representar a corporeidade de sujeitos subalternizados e subversivos oprimidos pela ditadura militar brasileira (1964-1985) e, desse modo, promover o engajamento político a partir de processos de experimentação artística. A metodologia utilizada é o levantamento bibliográfico de, dentre outros textos, Bezerra (2004), Gagnebin (2006), Chagas (2017), Custódio (2021) e Alves et al. (2022). Conclui-se que as duas produções dialogam entre si por representarem corpos vulneráveis, seja por miserabilidade ou por resistência política, interligarem a memória individual do artista a uma luta política e por rejeitarem uma produção artística apartada de responsabilidades éticas.","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"21 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140981589","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Kehinde fala de um lugar distante: a errância, a crioulização e o letramento da protagonista de \"Um defeito de cor\"","authors":"Vanessa Didolich Cristani","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.81479","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.81479","url":null,"abstract":"Kehinde nasceu em África e assistiu aos assassinatos da mãe e do irmão. Sequestrada por um navio negreiro desembarca no Brasil sozinha, pois a irmã e a avó morrem durante a travessia. Travessia que se tornou comumente à protagonista do romance histórico Um defeito de cor, da escritora Ana Maria Gonçalves, pois seu circuito itinerante remete às viagens que a narradora necessita fazer, na maioria das vezes em busca do filho perdido, vendido como escravizado pelo pai. A errância, conceito cunhado por Édouard Glissant (2017), são os deslocamentos da personagem, que ajudaram a construir sua identidade, um construto híbrido, característica da qual Glissant (2017) chama de crioulização e que forma a protagonista gonçalviana à medida em que seu letramento rompe com a tradição moderna/colonial e a torna exemplo positivado, levado ao bem comum. ","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"25 26","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140981079","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"As múltiplas vozes do deslocamento","authors":"Bárbara Chaves Cardoso","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.80688","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.80688","url":null,"abstract":"Nesta resenha, pretende-se uma apreciação crítica da obra Os pretos de Pousaflores (2023), de Aida Gomes, inicialmente publicada em 2011 em Portugal, e recém publicada no Brasil. O texto procura versar sobre características interessantes e chamativas do romance tratado, entre elas a sua escrita polifônica que evoca diversas vozes, e nesse sentido, diversos pontos de vista de uma experiência de deslocamento entre países; o realce da narrativa em tratar os temas do racismo e do não-pertencimento de imigrantes africanos em Portugal; e além disso, o tratamento destinado às mulheres negras em um ambiente majoritariamente branco e de mentalidade colonial.","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"84 19","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140978495","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}