Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.80319
Everton Mitherhofer Bernardes
{"title":"Entre os primeiros comparativistas e os jovens gramáticos: paradigmas ou programas de pesquisa?","authors":"Everton Mitherhofer Bernardes","doi":"10.5380/rel.v104i1.80319","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.80319","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar a passagem dos modelos de ciência da linguagem propostos pelos primeiros comparativistas, em especial Franz Bopp (1791-1867) e August Schleicher (1821-1868), para o proposto pelos jovens gramáticos (ou neogramáticos) a partir da década de 1870. A partir do modelo de programas de pesquisas científicas proposto por Lakatos (1970), serão analisados tanto os aspectos sociais quanto os valores cognitivos e as bases filosóficas dos dois grupos mencionados. O intuito é apresentar as vantagens que a filosofia da ciência lakatosiana pode apresentar com relação à terminologia kuhniana de paradigma e revolução científica, defendida por autores como Koerner (1989), no estudo da linguística realizada entre as décadas de 1860 e 1880.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43401290","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.84133
Gissele Chapanski
{"title":"O inventário poliglota como instrumento epistemológico da formação metodológico-conceitual da linguística comparativa do século XIX","authors":"Gissele Chapanski","doi":"10.5380/rel.v104i1.84133","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.84133","url":null,"abstract":"Inventariar itens é prática recorrente na história do conhecimento. Ao viabilizar raciocínios indutivos, ilustrar processos dedutivos, salvaguardar ou disponibilizar saberes, as listas constituem instrumento metodológico e filosófico do pensar. Tanto é, que a coleta ordenada de exemplos, espécimes, dados de toda ordem consiste em procedimento comum a ponto de soar naturalizado. Longe, porém, de ser mero instrumental neutro, o inventário revela chaves epistêmicas capazes de traduzir as concepções operacionalizadas por determinado autor, disciplina ou escola de pensamento (AMSTERDAMSKA, 1987). Embora como objeto ou resultado a lista se repita, suas natureza e funções não permanecem uniformes. O enciclopedismo de Plínio não é o de Diderot. No caso específico dos estudos linguísticos, é possível flagrar inventários constituindo tabelas de analogias nos antigos gramáticos, exemplificando classes de palavras, motivando ou ilustrando teses diversas. Individualizadas, essas listagens se amparam sobre noções lógicas fundamentais, como as de categoria e paradigma, mas as articulam de modo particular. No cenário que antecedeu a linguística comparativa de Bopp, compilações como o Dicionário Universal de Pallas (1786), o Catálogo de Hervás (1800) e o Mithridates de Adelung (1806-17) atuaram como repositórios de diversidade linguística. Essas obras manifestam, ainda que concebidas sob distintas finalidades e critérios, uma guinada epistemológica na direção do dado que refletirá diretamente na linguística posterior (MORPURGODAVIES, 1998). Abordando mais pontualmente o exemplo de Adelung, o presente trabalho fará uma breve análise do papel desses inventários, entre estudo tipológico e fonte para uma genealogia das línguas, e sua transição da polimatia à especialização nos estudos linguísticos do século XIX. ","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46808805","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.80604
José Borges Neto
{"title":"James Harris e o Hermes","authors":"José Borges Neto","doi":"10.5380/rel.v104i1.80604","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.80604","url":null,"abstract":"Neste texto, faz-se uma rápida apresentação do autor (James Harris), de sua obra principal (Hermes, a philosophical inquiry concerning universal grammar), de alguns aspectos da recepção que teve de seus contemporâneos e, finalmente, de algumas características centrais do Hermes, que o singularizam no contexto do pensamento gramatical setecentista.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41341862","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.84134
Roberta Pires de Oliveira
{"title":"Uma história dos nominais nus: o português brasileiro e as línguas indígenas brasileiras","authors":"Roberta Pires de Oliveira","doi":"10.5380/rel.v104i1.84134","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.84134","url":null,"abstract":"Seguindo metodologicamente Partee (2005) e Ilari (2018), o artigo conta uma história dos nominais nus de dentro da Semântica Formal das Línguas Naturais. Esse programa de pesquisa em semântica das línguas naturais inicia na década de 70 no contexto do programa gerativo e em conversa estreita com a filosofia da linguagem ordinária (Partee 2005, 2014, Kratzer 2020, 2021). A história dos nominais nus Dogs bark começa com Carlson (1977). De lá para cá houve uma explosão de conhecimento sobre os sistemas nominais através das línguas, impulsionado em grande parte pelos Parâmetros Semânticos: o parâmetro do nome (Chierchia 1998), o parâmetro do número (Chierchia 2010, 2015) e o parâmetro dos numerais (Chierchia 2021). As pesquisas sobre os nominais nus no PB, em especial sobre o Singular Nu como em Cachorro late (Ferreira no prelo), foco deste artigo, e mais ainda sobre as línguas indígenas brasileiras são fundamentais nessa história (Lima 2014; Lima e Rothstein 2020) que desemboca em questões sobre cognição e gramática, na década de 20 no século 21 (Rothstein 2021, Chierchia 2021). O artigo mostra a importância da pesquisa nacional para a semântica contemporânea. ","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49231227","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.80236
A. Beccari
{"title":"JOSÉ VAN DEN BESSELAAR (1916-1991) E SEU PROPYLAEUM LATINUM","authors":"A. Beccari","doi":"10.5380/rel.v104i1.80236","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.80236","url":null,"abstract":"O principal objetivo deste artigo é apresentar um breve delineamento da biografia do latinista, historiador e lusitanista holandês José van den Besselaar (Josephus Jacobus van den Besselaar (1916-1991)) e alguns aspectos de sua contribuição como autor do Propylaeum Latinum: sintaxe latina superior (1960), em que o gramático holandês empreende análises baseadas em uma vertente germânica da gramática tradicional e utiliza noções e procedimentos oriundos da linguística histórico-comparativa. Ademais, neste artigo, objetiva-se efetuar uma primeira discussão das ideias e procedimentos contidos no Propylaeum Latinum tendo em conta sua relevância para uma historiografia do ensino dos conteúdos avançados de sintaxe latina para falantes do português do Brasil. O trabalho de Besselaar é aqui comparado com o de outros gramáticos que lhe foram contemporâneos ou são por ele citados, principalmente Rubio (1966), Ernout e Thomas (1953), Tovar (1946) e Palmer (1954), com o intuito de identificar em que medida haveria continuidades e/ou possíveis inovações na abordagem de Besselaar em contraste com esses gramáticos. Na análise historiográfica, têm-se em mente as seguintes noções da Historiografia Linguística ou da História e Filosofia da Ciência: a relatividade das teorias científicas (KUHN, 2009 [1963]), a pesquisa científica como atividade não autônoma e retoricamente controlada (MURRAY, 1989), as continuidades e descontinuidades previstas nos modelos e princípios de Koerner (1989), os programas de investigação propostos por Swiggers (2004). ","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44760247","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.84141
Francivaldo Lourenço
{"title":"O encontro com a gramática do sânscrito: fatores predisponentes e emergentes","authors":"Francivaldo Lourenço","doi":"10.5380/rel.v104i1.84141","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.84141","url":null,"abstract":"Camara Jr. (1986, p. 34) afirma que, em matéria de linguagem, o que os gregos e os romanos disseram passou por um crivo crítico em face do que sugeria a leitura do sânscrito. Malberg (1974, p. 25) afirma que foi somente pela comparação do sânscrito que a teoria sobre o parentesco e a unidade de origem das línguas indo-europeias recebeu bases sólidas e foi, enfim, considerada definitivamente estabelecida. Pouca atenção foi dada aos documentos deste processo histórico, ou seja, às primeiras gramáticas europeias do sânscrito, bem como às redes de pesquisadores a elas associadas, o que justifica nossa incursão nesses textos na consideração do horizonte de retrospecção da Linguística do século XIX. Apoiamo-nos no externalismo de Sylvain Auroux, entendido como uma filosofia que defende o caráter originalmente artificial e externo da inteligência humana, sobretudo em sua proposta de que o conhecimento é um processo ao mesmo tempo material, social e coletivo, nunca limitado, encerrado, preservado ou produzido por competências individuais que dizem respeito apenas a momentos e fragmentos (AUROUX, 1998). Para conhecer, o indivíduo precisa ter acesso à maquinaria da inteligência; em ciências da linguagem temos, assim, as gramáticas e dicionários. Entendemos igualmente que a História das Ciências é parte da epistemologia, sua parte descritiva, por oposição a sua parte normativa (AUROUX, 1986). Adotamos a perspectiva da História das Ideias Linguísticas (COLOMBAT, FOURNIER, PUECH, 2017; LEITE, 2019) para analisar a representação da linguística hindu em alguns dos primeiros tratamentos do sânscrito por estudiosos europeus. ","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43463972","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.84128
Gissele Chapanski, Guimarães Márcio Renato
{"title":"Apresentação do dossiê I WFHL","authors":"Gissele Chapanski, Guimarães Márcio Renato","doi":"10.5380/rel.v104i1.84128","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.84128","url":null,"abstract":"O Workshop em Filosofia e Historiografia da Linguística foi proposto como terreno comum para interlocução no interior de diferentes filiações teóricas dentro do que Altman (ver texto na presente antologia) chama de \"metadisciplinas\" dos estudos da linguagem, sem limite com relação a um período histórico da(s) disciplina(s) de estudo da linguagem.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42692867","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.84140
E. D. S. Leal
{"title":"Historiografia da noção de Complexidade Linguística em Três Momentos da História da Linguística","authors":"E. D. S. Leal","doi":"10.5380/rel.v104i1.84140","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.84140","url":null,"abstract":"A complexidade linguística foi um truísmo nos estudos sobre a linguagem durante décadas; no entanto, mais recentemente, a hipótese da equicomplexidade entre as línguas vem sendo contestada (McWhorter 2001, Dahl 2004, Culicover 2012, dentre outros). A partir de ferramentas teóricas da linguística, cada vez mais refinadas, acreditamos estar, hoje em dia, de posse de um conhecimento mais acertado para afirmarmos que há diferenças, ainda que mínimas, de complexidade entre as línguas. Neste trabalho, fazemos um breve percurso histórico do assunto, baseado na Historiografia da Linguística (Koerner 2014) e na Filosofia da Linguística (Borges Neto 2004) para tentar mostrar que as discussões em torno da complexidade linguística se mostraram diversas e, às vezes, contraditórias. Nosso recorte temporal privilegia três períodos em que o assunto foi objeto de estudo ao longo da história da linguística. ","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42331956","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.80499
Cristina Altman
{"title":"LINGUÍSTICA, FILOSOFIA, E SUAS HISTORIOGRAFIAS","authors":"Cristina Altman","doi":"10.5380/rel.v104i1.80499","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.80499","url":null,"abstract":"Desde sua institucionalização nos anos 1970, um dos primeiros desafios que a disciplina Historiografia Linguística (HL) teve que enfrentar foi distinguir-se dos outros modelos de história da linguística então em circulação. O primeiro ponto a resolver era a definição de um método próprio, explícito e tão rigoroso quanto aqueles utilizados pela(s) ciência(s) que tomou por objeto. Com este propósito, era inevitável que a jovem HL se perguntasse quais outras metadisciplinas, mais amadurecidas na reflexão dos seus métodos e epistemologia poderiam servir de guia para o historiógrafo no encalço da sua especificidade. De fato, sem esperar que um framework pronto caísse em nossos colos, muitos de nós, então aspirantes à prática historiográfica, trouxemos para nossas historiografias (e ainda o fazemos) parte do instrumental proposto pela História e pela Filosofia da Ciência, entre outras. O presente texto, tendo como pano de fundo os tipos de historiografias da Linguística e da Filosofia, discutidos por Koerner (1974), Simone (1975), e Rorty (1998 [1984]), defende o ponto de vista de que a HL deva se integrar ao campo que lhe serve de objeto, i.e., à teoria linguística, e não constituir um domínio à parte. Para isso, é desejável que, na reflexão sobre a evolução do conhecimento linguístico, continue a fazer parte do diálogo com as metadisciplinas científicas que compartilham de parte do seu interesse, notadamente, a História da Ciência e a Filosofia da Linguística.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71019824","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Revista LetrasPub Date : 2021-12-23DOI: 10.5380/rel.v104i1.84132
O. Coelho, Karina Gonçalves de Oliveira, Felipe Prais
{"title":"Notas sobre a história recente da Fonética no Brasil","authors":"O. Coelho, Karina Gonçalves de Oliveira, Felipe Prais","doi":"10.5380/rel.v104i1.84132","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.84132","url":null,"abstract":"Acompanhamos parte da história recente da Fonética no Brasil, ressaltando a percepção que foneticistas têm tido a respeito do papel das técnicas e tecnologias para o desenvolvimento de conhecimentos na área e a respeito da relação do campo de estudos com outros, em especial o de estudos fonológicos. O exame de revisões históricas, depoimentos pessoais e informações reunidas em bancos de dados historiográficos nos levou a interpretar que a Fonética tem um espaço “tradicional” nos cursos de Letras, em teses e dissertações, assim como nas associações científicas brasileiras. Pesquisadores da área veem as técnicas e tecnologias como fundamentais para a pesquisa e o ensino, buscam reatar laços entre a Fonética e a Fonologia, além de lidar com novas interfaces. A partir das noções de purificação e mediação formuladas em Latour (2013[1991]), revemos compromissos científicos atuais e anteriores dessa especialidade no Brasil, e propomos que seu crescente interesse inter- e transdisciplinar corresponde a uma estratégia para lidar com objetos ofuscados por modelos mais purificadores da Linguística da primeira metade do século XX. ","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49272679","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}