Satumata Malam Sambu Sanha, Felipe dos Santos Matias
{"title":"Um estudo de gênero em Niketche: uma história de poligamia, de Paulina Chiziane","authors":"Satumata Malam Sambu Sanha, Felipe dos Santos Matias","doi":"10.5902/1679849x70533","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70533","url":null,"abstract":"O presente artigo analisa a representação literária relacionada às lutas contra as desigualdades de gênero na obra Niketche: uma história de poligamia (2002), da escritora moçambicana Paulina Chiziane. Neste romance, a autora traz uma discussão em que problematiza a dominação masculina sobre a feminina no que se refere ao casamento na sociedade moçambicana. Em Niketche, Chiziane desconstrói aquilo que chama de poligamia urbana, que é diferente da tradicional em Moçambique, e representa literariamente a violência moral, psicológica e física perpetrada no país africano contra o gênero feminino. O estudo é realizado a partir dos aportes teórico-críticos de Chimamanda Ngozi Adichie, Laura Cavalcante Padilha, Joseph Ki-Zerbo, Badou Koffi Robert, Thaís Cristina Santos, Thomas Bonnici, entre outros.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486470","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"K. Relato de uma busca, de Bernardo Kucinski: A agonia e o reviver do trauma na literatura brasileira","authors":"Pâmela Leão Freire, Maria Edinara Leão Moreira","doi":"10.5902/1679849x70322","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70322","url":null,"abstract":"No presente artigo far-se-á uma análise hermenêutica do conto As cartas à destinatária inexistente que integra o romance K. Relato de uma busca, de Bernardo Kucinski. Procurou-se evidenciar a constante rememoração do trauma e, num panorama geral, o agônico estado de busca de um pai, por sua filha, desaparecida política na ditadura militar brasileira. Nesse sentido, tem-se como pano de fundo o entrecruzamento de aspectos sociais de um regime opressivo no Brasil, bem como, a memória gerada pelo trauma e o esquecimento social desse período ditatorial. Também, buscou-se evidenciar a estética do romance utilizada pelo autor para dar ênfase ao sujeito agônico em seu aspecto traumático. Para a análise empreendida serão utilizados como fundamentação teórica: Márcio Seligmann, Enrique Padrós e Nelly Richard.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486458","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"As violências em Parque industrial e A famosa revista, de Patrícia Galvão","authors":"Larissa Satico Ribeiro Higa","doi":"10.5902/1679849x74688","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x74688","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo apresentar os projetos ideológicos das principais obras ficcionais de Patrícia Galvão: Parque Industrial (1933 – publicada com o pseudônimo Mara Lobo) e A Famosa Revista (1945 – escrita em parceira com Geraldo Ferraz). Acredita-se, pela análise temática dos textos, que esses projetos sejam moldados pela exposição e crítica a algumas violências que Pagu queria denunciar em sua escrita. Assim, no romance proletário são trabalhadas as violências de gênero e as de classe, imprimidas pelo Estado burguês, principalmente, e no segundo livro a violência explícita é aquela cometida pela direção stalinista do Partido Comunista e pela própria Internacional Comunista (IC) da época.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135786857","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"No meio do redemoinho: ética, violência e modernidade em Grande Sertão Veredas","authors":"Felipe Bier Nogueira","doi":"10.5902/1679849x74695","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x74695","url":null,"abstract":"O trabalho tem como objetivo tecer uma visão ampla do exame crítico do romance Grande Sertão: veredas, de Guimarães Rosa, de modo a compreender a penetração da temática da modernização através da representação da violência na trama. Propõe-se como método de abordagem da obra uma dupla leitura: a primeira, uma leitura horizontal, calcada na história brasileira; a segunda, um aporte transversal, cujo fim é mostrar o ponto em que, através dos agenciamentos que a representação da violência no romance movimenta, a obra rasga seu invólucro particular – o mise-en-scène do declínio do poder patriarcal brasileiro e a consolidação da mediação das relações sociais pela lei no universo do sertão – e avança em direção à matéria bruta da soberania moderna – na qual a relação intrínseca entre lei e violência é fundamental. Como desdobramentos deste contato, Grande Sertão: veredas ganharia contornos universais ao representar a cada vez mais escassa possibilidade de justiça e redenção ante uma violência informe e, por isso, monstruosa. Pretende-se mostrar como o romance se utiliza desta violência notadamente moderna como força motriz para, num primeiro momento, armar a estrutura do universo jagunço sobre bases míticas para, depois, desconstruí-las tragicamente, revelando o ciclo de violências preso à culpa e ao destino, que culmina numa escalada da angústia e em seu fim catastrófico. Neste sentido, as relações de Riobaldo com Diadorim ganham proeminência na análise por formarem um arco cujas extremidades seriam ocupadas pelo teor testemunhal do relato de Riobaldo e pelo desfecho messiânico da trama.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135787001","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A perspectiva queer nos contos Além do ponto, de Caio Fernando Abreu e as palavras, de samuel rawet: a luta contra os ideais patriarcais e a busca pela valorização da sexualidade","authors":"None Karine Studzinski","doi":"10.5902/1679849x74767","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x74767","url":null,"abstract":"As relações homoeróticas sempre foram pouco difundidas tendo em vista o preconceito e a discriminação em torno dessa questão. Elas correspondem a um tema delicado e complexo, que vai contra os preceitos patriarcais, os quais funcionam como uma espécie de guardião dos valores éticos e morais. Na tentativa de minimizar os efeitos normativos e repressivos advindos do patriarcado, surge o movimento queer. Levando em consideração tais aspectos, este trabalho terá como corpus de análise os contos Além do ponto, de Caio Fernando Abreu (1984), e As palavras, de Samuel Rawet (1981). A escolha destes textos deve-se ao conteúdo de crítica social que ambos expressam, no intuito de revelar o grande preconceito sofrido por aqueles que assumem sua identidade sexual.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135786848","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O funcionário público em Lima Barreto e Cyro dos Anjos","authors":"Elisa Hickmann Nickel","doi":"10.5902/1679849x74692","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x74692","url":null,"abstract":"O texto abaixo compara, pela ótica do funcionário público, três personagens: Augusto Machado, Gonzaga de Sá e Belmiro. Os dois primeiros são criações do escritor Lima Barreto (1881 – 1922) e aparecem em Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, publicado em 1919. O terceiro é o protagonista do mais conhecido romance de Cyro dos Anjos (1906 - 1994), O Amanuense Belmiro (1937). Essa comparação é parte do projeto de mestrado que analisa a distância entre o tipo ideal burocrático de Max Weber(1864 - 1920), a administração pública brasileira e a obra dos dois autores, procurando entender de que forma o patrimonialismo dominante no período é retratado por eles, bem como as razões da dificuldade de romper com ele. A dissertação aborda também as obras Bagatelas, Coisas do Reino do Jambon e Os Bruzundangas, de Lima Barreto, publicadas postumamente em 1923, 1953 e 1923, respectivamente, além de A Menina do Sobrado (1979), de Cyro dos Anjos. O texto a seguir, porém, se volta para o universo literário desses dois romances, constatando a predominância de patrimonialismo e de relações de favor no meio burocrático em que os três personagens funcionários públicos vivem. Em seguida, procura entender de que forma os três personagens reagem a isso, percebendo uma grande diferença nela. Finalmente, a partir das conclusões dessa análise, o texto retoma a questão da ação no mundo, da importância de pensar e se posicionar sobre os acontecimentos históricos, sociais e políticos de nossa época.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135786850","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Leitura do poema “Janela do caos” como manifestacão escrita da violência","authors":"Juan Fernando Gutierrez Rodriguez","doi":"10.5902/1679849x74691","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x74691","url":null,"abstract":"Propor uma leitura do poema “Janela do caos” partindo de conceitos chaves como a religião, a linguagem, o papel antagônico da poesia em uma época específica, a dissolução do idealismo e o problema de um sujeito em permanente tensão com as categorias opressivas do pensamento hegemônico. O poema “Janela do caos” é considerado pela crítica o mais enigmático e ao mesmo tempo um dos mais fascinantes e representativos da obra de Murilo Mendes. Partindo da observação de que o único meio possível de unificação e organização do poema é a linguagem, pretende-se demonstrar que a visão do caos sintetiza uma perspectiva da realidade assinalada pela violência e pela ausência de ordem, e que tal visão supera o marco da realidade local para atingir um valor de universalidade. O livro Poesia Liberdade permite refletir em torno do ato de poetizar, no sentido de que a voz poética não é a portadora exclusiva da verdade. Essa experiência de deslegitimação se traduz em termos do tipo de enfoque utilizado por Murilo Mendes. Assim, a sua experiência consiste em refletir sobre um mundo imerso no caos, que por sua vez faz parte de um processo mais abrangente mediante que mantém a aspiração à totalidade com o objeto de entender o ato poético como uma reação consciente e inconsciente aos momentos de crise na história, ao indicar a gestação de um processo de transformação dos paradigmas que regem o mundo num momento determinado.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135786851","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O foco narrativo em teatro, de Bernardo Carvalho","authors":"Gabriela Ruggiero Nor","doi":"10.5902/1679849x74700","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x74700","url":null,"abstract":"O trabalho apresenta considerações acerca da problematização do ato de narrar em Teatro (1998), de Bernardo Carvalho. Para tanto, abordamos a tensão, presente no texto, entre a necessidade imperativa de relatar uma experiência e as dificuldades do narrador em fazê-lo plenamente, o que configura uma prosa hesitante e lacunar. Dentre as questões suscitadas pela obra, destacamos como essenciais para nossa reflexão os limites entre ficção e verdade e o problema da violência, ambos relacionados à construção particular do foco narrativo no romance analisado.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135787491","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A violência em O matador, de Patrícia Melo: retratos da contemporaneidade","authors":"Fábio Martins Moreira","doi":"10.5902/1679849x74761","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x74761","url":null,"abstract":"Este artigo discute a presença da violência na literatura contemporânea e o modo que ela é apresentada, tendo como base a narrativa O matador (1995), de Patrícia Melo. Para tanto, será analisada a trajetória do personagem Máiquel, o modo como a violência surge em sua vida e como acaba por ser banalizada em suas atitudes.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135786853","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"QUANDO SE PODE AMAR as formas do romance e do drama em Joaquim Manuel de Macedo","authors":"Rodrigo Cerqueira","doi":"10.5902/1679849x74687","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x74687","url":null,"abstract":"Este artigo analisa duas obras de Joaquim Manuel de Macedo, Rosa e O cego, ambas de 1849, com a finalidade de apontar as especificidades das representações da autoridade na forma romanesca e dramática.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135786858","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}