{"title":"Da hermenêutica da facticidade:","authors":"R. Kahlmeyer-Mertens","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.32834","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.32834","url":null,"abstract":"O artigo se ocupa da Hermenêutica da facticidade, do filósofo alemão contemporâneo Martin Heidegger (1889-1976). Nosso propósito inicial é apresentar, sumariamente, os termos do referido projeto filosófico e como este pretende uma abordagem do fenômeno humano enfocado como “vida fática” (faktische Leben). Neste modo de visar, importa para Heidegger a determinação dessa vida, a qual ele denomina de “facticidade” (Faktizität), conceito que, ao longo de sua investigação, vai, progressivamente, ganhando importância e centralidade. Tratado no seio de Ontologia: Hermenêutica da Facticidade (preleção do semestre de verão ministrada na Universidade de Friburgo em 1923), o conceito de facticidade tem lugar no tentame de elaboração de um modo de tornar nosso ser mais claro a nossa própria compreensão. Justamente por isso, uma tal hermenêutica de nós mesmos não constitui uma metodologia de interpretação de um objeto que pretensamente seríamos. Assim, hermenêutica diria, antes, do procedimento que, contando com a compreensão que temos de nosso próprio ser, pode tomar o sentido de nosso factum, de nosso fato de ser. Intentamos evidenciar o quanto a hermenêutica da facticidade é tão hermenêutica quanto também fenomenológica e que, a ideia de “tomar o nosso próprio ser nas mãos”. O artigo ainda se empenhará por deixar claro o quanto a facticidade não é um traço natural, substancial ou essencial do ente que somos; em sua caracterização fenomenológica, tal figura constitui, para Heidegger, uma dinâmica de “fazer-se”, o que nos leva a pensar no caráter em aberto e continuamente criador da vida em seu “dar-se”. Ao fim, ensaiamos, como nosso título anuncia, uma indicação do quanto a hermenêutica da facticidade teria a contribuir para o modo de compreender e comportar-se de uma psicologia fenomenológico-existencial.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"94 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139776896","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"\"A Fenomenologia e o Deus em questão. Notas sobre uma querela (francesa) contemporânea\" de Carla Canullo","authors":"Iris Uribe","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.32836","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.32836","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"44 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139777584","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Releitura fenomenológica de Hegel e Husserl sobre a consciência","authors":"Ricardo Chiaradia","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.32725","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.32725","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo investigar quais as diferenças epistêmicas entre a Fenomenologia do Espírito de Hegel e a Fenomenologia Pura de Husserl, possibilitando um comparativo de qual a relação entre a consciência de Deus nas possibilidades fenomenológicas. Inicialmente, o artigo se constitui pelos conceitos relacionados hegelianamente, que compõem a dimensão teológica de Hegel, realizando aprofundamento no modo como a consciência religiosa se presentifica e é vivida. Consequentemente, é abordado quais as questões essenciais que constituem a plataforma da fenomenologia pura, como um ponto de partida apresentasse a intencionalidade e a epoché. Como conclusão, nota-se que o que constitui desvio significativo em cada fenomenologia é em Hegel o conceito de Deus e em Husserl o conceito de intencionalidade.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"47 18","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139777944","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Editorial (português)","authors":"Comissão Editorial","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.32829","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.32829","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"8 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139777157","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ficha catalográfica v.7, n.1","authors":"Comissão Editorial","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.32831","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.32831","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"15 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139777191","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Os círculos que jamais se fecham:","authors":"Deborah Moreira Guimarães","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.32719","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.32719","url":null,"abstract":"Resenha do livro: \u0000CASANOVA, Marco. Mundo e historicidade: leituras fenomenológicas de Ser e tempo – volume 3: uma estranha introdução. 1.ed. Rio de Janeiro: Via Verita, 2023.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"259 ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139836548","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"From behaving to being:","authors":"Paulo Eduardo Lopes da Silva","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.28582","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.28582","url":null,"abstract":"What is childhood? This basic but not less intriguing question guides the present philosophical exercise. However, along the journey, that first question inevitably leads us to some other indispensable queries: What are we able to know about children through the way they behave? Is it ‘what’ they are indeed? If behaviours show us some things, cannot they, at the same time, hide others from us? What is it they are showing or hiding? What is at stake here? Returning to our first and guiding question and paying a little more attention to it, we may realise a very important detail there, which consists in just two letters: the use of the verb be. Most of the times, we ask ‘What is childhood?’ and, a moment later, we turn away and forget what we were primarily looking for. Completely lost and without even noticing it, we eagerly begin our saga in order to produce theories and more theories about childhood. But what have become of the children themselves? Now they are nothing more than objects of our systematic and empirical scientific researches. We have been treating them as machines of behaviour and – with the help of cutting-edge technology – products of our manipulation. This way, we abandon who they are. We ignore their being. If we are truly willing to help them discover their ownmost potentiality-for-being (eigenstes Seinkönnen), that is, their possible authenticity (Eigentlichkeit), then we must face the challenge of receiving them as the Dasein they are.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"55 48","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139778098","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sumário v.7, n. 1","authors":"Comissão Editorial","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.32832","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.32832","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"64 18","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139778796","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Os círculos que jamais se fecham:","authors":"Deborah Moreira Guimarães","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.32719","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.32719","url":null,"abstract":"Resenha do livro: \u0000CASANOVA, Marco. Mundo e historicidade: leituras fenomenológicas de Ser e tempo – volume 3: uma estranha introdução. 1.ed. Rio de Janeiro: Via Verita, 2023.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"42 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139777107","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Prolegômenos:","authors":"Paulo de Tarso Menegon","doi":"10.48075/aoristo.v7i1.32072","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i1.32072","url":null,"abstract":"Nossa pesquisa, em três momentos, tem o objetivo de acompanhar a virada noética da lógica a partir do parágrafo 67 dos Prolegômenos quando Husserl buscará fundamentar a estrutura subjetiva e a lógica pura enquanto condição de possibilidade de conhecimento e, assim separar os domínios lógicos dos domínios psicológicos do conhecimento. Num segundo momento, tentaremos elucidar como essas demarcações são possíveis a partir da lógica em vista da passagem à possibilidade subjetiva em geral do conhecimento a qual o filósofo nomeou de noética. Por último, investigaremos no parágrafo 51 as vivências enquanto evidência da verdade na constituição mesma da subjetividade e como Husserl balizará a subjetividade lógica a favor da primeira fenomenologia, rejeitando com ela toda espécie de psicologismo epistemológico. Tudo isso só fará sentido fazendo-se uma análise comparativa entre o texto original de 1900 e sua segunda edição em 1913, sugerindo-se com o último uma segunda fase do pensamento do mestre.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"19 18","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139777177","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}