{"title":"OUTRIDADE EM REFLEXOS: UMA TESSITURA ENTRE “O ESPELHO” DE ASSIS E “O LODO” DE RUBIÃO","authors":"Renan Kenji Sales Hayashi","doi":"10.1590/1983-68212022154","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-68212022154","url":null,"abstract":"Resumo Investigam-se, neste artigo, as relações de outridade presentes nos contos “O espelho”, de Machado de Assis, e “O lodo”, de Murilo Rubião. A hipótese do artigo se articula em torno da ideia de que a estrutura da díade eu-outro está presente em ambas as obras. Contudo, cada autor a trabalhou de maneira singular, dado o contexto histórico-social, as transformações profundas da cultura e a problematização do sujeito que cada um deles experienciou. Resultados de pesquisa apontam para uma tessitura muito particular entre os contos, ora aproximando-os, ora distanciando-os, em termos de estrutura, temática, foco narrativo e desfecho.","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67253748","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"UMA BREVE RELEITURA DA PERSONAGEM HELENA E A FISSURA NO ROMANTISMO","authors":"Cristiano Geraldo de Sales","doi":"10.1590/1983-682120211411","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-682120211411","url":null,"abstract":"Resumo Este texto propoe uma breve releitura da personagem Helena, do romance homonimo de Machado de Assis. Ele parte da critica de Joao Hernesto Weber (2008) e passa pela proposicao e denuncia da afrodiaspora, conforme Edimilson de Almeida Pereira (2021), para demonstrar que o romance em questao, geralmente localizado numa fase romântica do escritor, nao pode ser facilmente acomodado nessa estetica de expressao triunfante do seculo XIX. A permanencia dessa narrativa no lugar em que a critica a situou sobrevive mais por conta do carater nacionalista anunciado em textos criticos do proprio autor e se torna questionavel, quando olhamos novamente, e um pouco mais distantes no tempo, para a personagem Helena e suas tensoes na sociedade escravocrata.","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":"14 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41507080","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O CÁLCULO E O ENIGMA: MACHADO DE ASSIS E O JOGO DE XADREZ","authors":"V. D. Rosa","doi":"10.1590/1983-68212021149","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-68212021149","url":null,"abstract":"Resumo O artigo analisa um conjunto de textos literarios de Machado de Assis, entre contos, cronicas e romances, nos quais o jogo de xadrez e mencionado ou tematizado, assim como reinterpreta certos momentos da vida do autor de modo a contextualizar e esclarecer a presenca do jogo em sua obra. Partindo do primeiro torneio de xadrez realizado no Rio de Janeiro, em 1880, em que Machado participa ao lado do pianista e amigo Arthur Napoleao - provavelmente seu professor no jogo -, assim como do ensaio de Herculano Gomes Mathias sobre a relacao de Machado com o xadrez, publicado ja em 1952, o presente artigo propoe uma hipotese segundo a qual, por meio das nocoes de calculo e enigma, o xadrez aos poucos deixa de ser mero tema literario e passa a constituir a propria estrutura e raciocinio da ficcao machadiana. E quando o xadrez passa a ser jogado nao mais apenas entre os personagens da trama, e sim entre autor e leitor, em planos cruzados e simultâneos. O torneio de 1880 poderia, nesse sentido, ser tomado como um marco biografico dessa mudanca.","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46029485","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"MACHADO DE ASSIS E A ESCRAVIDÃO: MARCAS DO CATIVEIRO NOS CONTOS “O CASO DA VARA” E “PAI CONTRA MÃE”","authors":"R. Silva, F. Ricieri","doi":"10.1590/1983-682120211412","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-682120211412","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo busca compreender a posicao de Machado de Assis frente a escravidao, a partir do debate da tese do suposto absenteismo politico do autor em face daquele sistema. A analise dos contos “O caso da vara” (1891) e “Pai contra mae” (1906) ocupa posicao central no processo argumentativo, em especial ao conferir destaque a elementos muito relevantes para a organizacao do referido debate e, sobretudo, por evidenciar modos por meio dos quais a representacao literaria da ignominia da escravidao estabelece perspectivas ficcionais, contrapontos e outras complexidades estruturais que ratificam posicionamentos criticos do escritor (ja discerniveis em outros elementos examinados no texto) diante da instituicao do cativeiro.","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45245547","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"FLAGRANTES DA PRESENÇA DE DANTE EM MACHADO DE ASSIS","authors":"T. B. D. Silva, Izabella Maddaleno","doi":"10.1590/1983-682120211414","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-682120211414","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo é um recorte de um trabalho maior que se propõe analisar as referências de Machado de Assis ao autor italiano Dante Alighieri e à sua obra. No presente texto, analisamos, sobretudo, as referências a Dante presentes nos romances Dom Casmurro e Memorial de Aires. Revisitamos a fortuna crítica desses livros, acrescentando então algumas considerações. Esperamos que esses flagrantes da presença de Dante em Machado de Assis sejam relevantes para os estudos machadianos.","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67253169","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"RESENHA DE CÓDIGO DE MACHADO DE ASSIS: MIGALHAS JURÍDICAS, DE MIGUEL MATOS","authors":"Gentil DE Faria","doi":"10.1590/1983-682120211416","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-682120211416","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67253278","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"RESSURREIÇÃO E MEDIDA POR MEDIDA: A IRONIA NAS RELAÇÕES INTERTEXTUAIS","authors":"A. Teles","doi":"10.1590/1983-68212021144","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-68212021144","url":null,"abstract":"Resumo No artigo, investiga-se como o diálogo de Ressurreição com o tropo da “quase ressurreição” em Medida por medida, de Shakespeare, constitui uma chave para compreender a ironia no título do livro de 1872 e no logro dos protagonistas, bem como o arranjo da constelação de personagens. Observa-se que Ressurreição estabeleceu relações de intertextualidade e ironia tanto com paradigmas da prosa romântica do século XIX quanto com recursos antigos, como o costume retórico dos caracteres e o tema da ressurreição shakespeariana.","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67253090","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"RESENHA DE FISIOLOGIA DA COMPOSIÇÃO, DE SILVIANO SANTIAGO","authors":"Miguel Conde","doi":"10.1590/1983-682120211413","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-682120211413","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67253155","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“ÉTUDE SUR L’HUMOUR”: CHARLES LAMB NA BIBLIOTECA DE MACHADO DE ASSIS","authors":"Daniel Lago Monteiro","doi":"10.1590/1983-68212021145","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-68212021145","url":null,"abstract":"Resumo O presente artigo se propõe a investigar a edição francesa de Charles Lamb, Essais Choisis, que Machado de Assis possuía em sua biblioteca. Esta edição foi publicada em 1880, no mesmo ano em que Machado inicia as Memórias póstumas de Brás Cubas na Revista Brasileira, e contava com um extenso aparato crítico, “Étude sur L’humour”, no qual o tradutor, Louis Dépret, investiga as bases filosóficas e literárias do humor inglês e da obra de Lamb. Assim, neste artigo, faremos uma análise filosófica e filológica dos termos associados ao humor discutidos no prefácio de Dépret, por meio do qual esperamos aprofundar o conhecimento que Machado possuía do humorismo e ensaísmo de Lamb.","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":"23 5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67253176","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Fios e enteados: reencenações filiais no romance machadiano","authors":"Diana Duarte Ferreira","doi":"10.1590/1983-682120211420","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1983-682120211420","url":null,"abstract":"Resumo Embora os problemas de geração e filiação sejam universais, Edward Said notou como essa tópica é particularmente recorrente no modernismo. O mesmo se pode verificar no conjunto romanesco de Machado de Assis: a incidência crítica das dificuldades filiativas, desde o plano da narrativa (narrador, enredo, personagens) ao plano do livro (escritor, publicação, crítica), pervagando o plano do romance (o problema do autor suposto e da assinatura), é extraordinária. Este artigo procura demonstrar, a partir das metáforas autorais platónicas e por meio de exemplos concretos, desde Ressurreição ao Memorial de Aires, como a tópica da filiação problemática é constitutiva do romance machadiano.","PeriodicalId":37762,"journal":{"name":"Machado de Assis em Linha","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67253415","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}