{"title":"REPÚBLICA, DEMOCRACIA E CIDADANIA EM TEMPOS DE PANDEMIA: UMA NOTA SOBRE A SITUAÇÃO BRASILEIRA","authors":"Leonardo Octavio Belinelli de Brito","doi":"10.1590/2238-38752021v11esp12","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752021v11esp12","url":null,"abstract":"Resumo O artigo discute a relação entre república, democracia e cidadania no Brasil no contexto da pandemia global da covid-19. Argumenta que as desigualdades sociais podem ser agravadas com a expansão do raio de ação do vírus, ao mesmo tempo em que assinala algumas brechas que po- dem ser ponto de partida para a superação do quadro. Tais possibilidades se vinculam ao fortalecimento dos ideais republicanos e democráticos.","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74355880","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"OS USOS DE AGAMBEN EM TEMPOS DE PANDEMIA","authors":"Allan M. Hillani","doi":"10.1590/2238-38752021v11esp18","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752021v11esp18","url":null,"abstract":"Resumo O presente trabalho realiza uma análise do papel paradoxal cumprido pelos escritos do filósofo Giorgio Agamben na pandemia do coronavírus. Com diversas intervenções minimizando a gravidade da pandemia e criticando as medidas sanitárias adotadas pelo governo italiano, Agamben se tornou objeto constante de crítica. Apesar de sua postura pessoal, contudo, o presente trabalho busca mostrar a utilidade da filosofia de Agamben para entender o nosso contexto atual.","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85590644","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O MEDO DA PANDEMIA COMO QUESTÃO SOCIOLÓGICA","authors":"Richard Miskolci","doi":"10.1590/2238-38752021v11esp9","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752021v11esp9","url":null,"abstract":"Resumo A partir da pandemia da covid-19 de 2020, o artigo explora o papel cultural do medo em termos históricos e sociológicos. Baseado em fontes da teoria crítica, discute como o medo coletivo incita respostas que associam projeções de futuro com temores sobre a alteridade e o passado. A análise do medo da pandemia busca a incorporação analítica de aspectos que vão além dos puramente racionais e visíveis de maneira a desenvolver uma sociologia afeita aos elementos emocionais e fantasmáticos da vida coletiva.","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74687472","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ORDEM/DESORDEM EM TEMPOS DE PANDEMIA","authors":"Renato Ortiz","doi":"10.1590/2238-38752021v11esp11","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752021v11esp11","url":null,"abstract":"Resumo O artigo faz uma reflexão sobre a noção de ordem social no contexto da pandemia da covid-19. Argumenta que a disseminação do vírus contém uma dimensão de contramodernidade, uma vez que elementos centrais da modernidade clássica (século XIX) são colocados em causa, particularmente a questão do isolamento e da mobilidade.","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80765263","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Marcia Rangel Candido, Danusa Marques, V. Oliveira, F. Biroli
{"title":"AS CIÊNCIAS SOCIAIS NA PANDEMIA DA COVID-19: ROTINAS DE TRABALHO E DESIGUALDADES","authors":"Marcia Rangel Candido, Danusa Marques, V. Oliveira, F. Biroli","doi":"10.1590/2238-38752021v11esp2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752021v11esp2","url":null,"abstract":"Resumo O objetivo desse texto é analisar as consequências da pandemia de covid-19 nas rotinas de trabalho acadêmico das ciências sociais no Brasil. O estudo se baseia em resultados de um survey difundido com o apoio de associações profissionais da antropologia, ciência política, sociologia e das relações internacionais. O artigo apresenta o perfil dos 1.073 participantes e suas percepções sobre os efeitos da crise nas atividades de formação, ensino e pesquisa, bem como na divisão das tarefas do âmbito privado. Embora a maior parte dos respondentes tenha declarado sentir impactos negativos da pandemia, há disparidades por disciplina de atuação, gênero e raça. Os dados reforçam a importância da discussão de parâmetros de avaliação de produtividade sensíveis às desigualdades.","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90527915","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"MÁRIO DE ANDRADE, SUAS CARTAS E NÓS: UMA DOENÇA QUE NÃO EXISTE MAIS E A DOENÇA DOS NOSSOS DIAS","authors":"Robert Wegner","doi":"10.1590/2238-38752021v11esp1","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752021v11esp1","url":null,"abstract":"Resumo Aborda a identificação de Mário de Andrade (1893-1945) com o diagnóstico médico da “neurastenia” e argumenta que o escritor afirmou sua “vontade forte” ao se reconhecer portador de “nervos fracos”, a principal característica dessa doença. O médico norte-americano Geoge M. Beard (1839-1883) que, em 1869, formulou o diagnóstico de neurastenia, atribuiu sua ocorrência aos tempos modernos e ao excesso de estímulos nervosos nas grandes cidades. A partir dessa reflexão histórica, ensaio uma conexão entre a experiência existencial de Mário de Andrade e a nossa experiência diante de uma doença nova, a Covid-19, fortemente conectada ao capitalismo globalizado e à devastação ambiental e que, se não é uma doença de ordem psiquiátrica, provoca desafios a nossa estabilidade emocional. Assim como Mário foi um exímio escritor de cartas, o texto salienta a importância dos meios contemporâneos de comunicação para a manutenção de laços de sociabilidade e de amizade em tempos difíceis.","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76169200","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"VOZES DE CAMPOS DO JORDÃO, DE ORACY NOGUEIRA, EM TEMPOS DE PANDEMIA","authors":"Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti","doi":"10.1590/2238-38752021v11esp7","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752021v11esp7","url":null,"abstract":"Resumo Escrito no início do primeiro ano da pandemia, em abril de 2020, o artigo relembra a pesquisa precursora de Oracy Nogueira que fez da doença um tema sociológico. Vozes de Campos do Jordão: experiências sociais e psíquicas do tuberculoso pulmonar no Estado de São Paulo, re-editado pela Fiocruz em 2009, resulta de dissertação de mestrado defendida em 1945 na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo. Nogueira busca, para além das causas orgânicas, as representações, os significados e estereótipos atribuídos à doença que informavam a conduta social segregadora. Do diagnóstico à almejada cura, passando pelo isolamento dos doentes em estação de cura, o estudo desvenda a experiência da doença sob os pontos de vista sociológico e psicológico. O conceito de estigma, mais tarde cunhado por Erving Goffman para dar conta desse tipo de construção da distância social transpira no estudo de Nogueira.","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83759423","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A SOCIEDADE CONTRA O ACASO: TEORIA DE REDES E A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS","authors":"Lucas de Francisco Carvalho, Antonio Brasil Jr.","doi":"10.1590/2238-38752021v11esp4","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752021v11esp4","url":null,"abstract":"Resumo Neste breve trabalho, procuramos apresentar de maneira didática alguns fundamentos da chamada teoria de redes [network theory], mais especificamente os conceitos de “efeito de mundo pequeno”, “componente gigante” e “percolação”, que auxiliam no entendimento do rápido alastramento da pandemia do novo coronavírus. Enquanto teoria organizada com base no diálogo entre diferentes disciplinas, como a física, a matemática, a biologia e a própria sociologia, reputamos fundamental ampliar o contato dos cientistas sociais com os principais conceitos e achados empíricos desse campo transdisciplinar.","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80900724","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O CASULO DA PANDEMIA: ESTRATÉGIAS INDÍGENAS PARA HABITAR O FIM DO MUNDO","authors":"Bruno Nogueira Guimarães","doi":"10.1590/2238-38752021v11esp17","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752021v11esp17","url":null,"abstract":"Resumo Observando as elaborações dos Canela Apanjekra sobre a pandemia da covid-19 e as estratégias adotadas por eles para conter a doença, nos primeiros meses da dissemina- ção do vírus, este ensaio estabelece um paralelo entre os rituais de reclusão indígenas e os protocolos de distanciamento social. Ao fazê-lo, coloca em primeiro plano as noções nativas sobre saúde, indicando como a produção de corpos saudáveis depende da constante renovação das pessoas a partir do controle da ação de agentes não humanos por meio de fechamentos ritualizados. Por fim, o ensaio contrasta a temporalidade envolvida nos rituais de reclusão com o debate sobre o “retorno à normalidade” com um eventual fim da crise sanitária, questionando como as crises planetárias colocadas pelo antropoceno evocam uma concepção mais sistêmica de fim de (um certo) mundo.","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81809181","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"The digital Dasein of Chinese Rural Migrants","authors":"Xinyuan Wang","doi":"10.1590/2238-38752020V1032","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2238-38752020V1032","url":null,"abstract":"start from there... we need to treat Internet media as continuous with and embedded in other social spaces, that they happen within mundane social structures and relations that they may transform but that they cannot escape into a self-enclosed cyberian apartness”. In the light of these reflections on digital anthropology, this paper aims to understand the use of social media among young Chinese migrant workers in both offline and online contexts. First of all, the significant “offline” context of this study is the massive domestic migration in China. In the process of ongoing urbanisation and industrialisation, the expansion of capitalism has had profoundly dislocating effects on Chinese society. By 2015, when the fieldwork was conducted, there were more than 250 million Chinese who had left their places of origin in rural China to seek employment in Chinese factory towns and cities (NBSC, 2016). These rural migrants are referred to as a “floating population,” which indicates the difficulty of settling down in urban China in the rigorous Chinese household registration (Hukou) system. This paper is based on 15 months of ethnographic research (2013-2015) in a small town called GoodPath1 in southeast China. GoodPath is a typical industrial town which serves as a transitional place connecting the village and city. The local process of industrialization has turned most of the farmland (76%) into more than 60 large scale factories within a decade. Migrant workers account for two-thirds of the","PeriodicalId":37552,"journal":{"name":"Sociologia e Antropologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89764698","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}