{"title":"Antropologia e crise ambiental","authors":"A. Rocha, C. Eckert, Donald R. Nelson","doi":"10.1590/1806-9983e660201","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660201","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo trata do tema da crise ambiental que nos ensina sobre reconhecer a devastação ocasionada pelos processos coloniais e o esforço global por uma emancipação ambiental. Abordamos o conceito de crise ambiental no âmbito do campo de conhecimento antropológico. Objetivamos refletir sobre a tensão, a violência e o conflito na relação entre a sociedade e a natureza. Em um mundo de recursos naturais finitos, destacamos o despreparo do poder público para lidar com os desafios climáticos e impactos do aquecimento global na forma desigual com que atinge a população mundial e a urgência de serviços do Estado para a mitigação de ações predatórias e a necessária inovação de biopolíticas (nacionais e internacionais) de preservação e fiscalização acompanhadas de ampla participação social.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67163277","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Companheiras indispensáveis: abelhas em crise, imaginário distópico e antropologia no Antropoceno","authors":"É. Pastori","doi":"10.1590/1806-9983e660414","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660414","url":null,"abstract":"Resumo O presente artigo destaca o profundo vínculo entre abelhas e humanos constituído pela intermediação do mel, o qual é produzido pelas abelhas e consumido pelos humanos. De clássicos a trabalhos recentes da antropologia e da sociologia, são mencionados estudos voltados às abelhas e à apicultura. As abelhas são seres fundamentais para a manutenção da vida, ou seja, “companheiras indispensáveis”, sem as quais não podemos viver. São justamente tais seres fundamentais à vida que, no Antropoceno, vêm sofrendo declínios populacionais. A crise das abelhas surge nesse contexto e, junto a ela, emerge um imaginário distópico conforme o qual a vida humana, no limite, se inviabilizaria sem suas companheiras indispensáveis. É desse modo que a antropologia é desafiada por tais temas emergentes, sendo que o presente artigo procura contribuir para os problemas trazidos pelo Antropoceno que ameaça “companheiros indispensáveis” à vida humana.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67163796","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O que faz o dinheiro da casa","authors":"Eugênia Motta","doi":"10.1590/1806-9983e660602","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660602","url":null,"abstract":"Resumo O dinheiro da casa é uma forma de nomear, separar e mobilizar valores monetários que expressa um nexo prático-valorativo a partir do qual pessoas, casas, relações e dinheiros se constituem mutuamente. O texto se baseia em pesquisa etnográfica realizada em uma favela carioca, no Complexo do Alemão e parte da análise de diferentes categorias de dinheiro para pensar sobre as imbricações entre relacionalidade e economia. O dinheiro certo, grande e pequeno, dos homens e das mulheres, são estados transitórios e situados em processos mais amplos de trânsitos e conversões que envolvem materialidades (casas, comida, cédulas, moedas), moralidades (ligadas à proximidade e ao gênero) e linguagens e imaginações específicas (do parentesco, das quantidades). O artigo procura explorar teoricamente as afetações mútuas entre as antropologias da relacionalidade e da pessoa e os estudos sociais sobre o dinheiro.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67163817","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
I. Scaramuzzi, Rita Becker Lewkowicz, Rosélis Remor de Souza Mazurek, Vinícius Cosmos Benvegnú
{"title":"Percepções locais sobre transformações ambientais na região do Oiapoque: reflexões a partir da experiência de formação de pesquisadores indígenas","authors":"I. Scaramuzzi, Rita Becker Lewkowicz, Rosélis Remor de Souza Mazurek, Vinícius Cosmos Benvegnú","doi":"10.1590/1806-9983e660413","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660413","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo discute a experiência de um curso de formação e pesquisa sobre conhecimentos indígenas associados aos ciclos ambientais sazonais e às percepções locais sobre alterações desses padrões, observadas nos últimos anos nas Terras Indígenas do Oiapoque, estado do Amapá, na Amazônia oriental. Ele se propõe a descrever e analisar as explicações indígenas para as transformações ambientais observadas, em diálogo com saberes científicos não indígenas que associam tais fenômenos a processos de mudanças climáticas em curso na escala global. A partir da atuação dos autores como pesquisadores, professores e orientadores dos pesquisadores indígenas nas atividades do curso, foi feito um exercício etnográfico com reflexões sobre a pesquisa, o processo de formação e alguns de seus resultados. Buscou-se promover o diálogo com outras pesquisas antropológicas que também abordam o tema das mudanças climáticas e os saberes tradicionais, assinalando algumas contribuições dos pesquisadores indígenas do Oiapoque nesse debate.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67163739","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Alimentando a tradição e valorizando o conhecimento tradicional na Amazônia: o caso da castanha-da-amazônia na Terra Indígena Mãe Maria","authors":"Nina Lys Nunes, Regina Abreu, Joseane Costa","doi":"10.1590/1806-9983e660412","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660412","url":null,"abstract":"Resumo A biodiversidade assegura a existência da vida humana no planeta. Os países signatários das convenções globais precisam formular estratégias para alcançar as metas definidas e essas estratégias são estabelecidas por meio de políticas públicas. O objetivo do artigo é descrever uma ação traçada a partir do debate em torno da sociobiodiversidade como antídoto à crise ambiental. O artigo apresenta um estudo de caso do projeto ArticulaFito na Terra Indígena Mãe Maria, no Pará, sobre a cadeia de valor da castanha-da-amazônia e o povo Gavião. A castanha está categorizada como ameaçada de extinção por sofrer declínio populacional e as aldeias indígenas também estão vulneráveis. O fortalecimento das cadeias de produtos e serviços gerados a partir dos recursos da sociobiodiversidade possibilita a integração da conservação e do uso sustentável dos ecossistemas valorizando o conhecimento tradicional. A inclusão produtiva das comunidades tradicionais agrega valor socioambiental a essas cadeias produtivas e promove a repartição de benefícios.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67164200","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"El cerdo como alcancía: su valor en la economía de los clasificadores de residuos, análisis en contexto de pandemia por COVID-19","authors":"Betty Francia Ramos","doi":"10.1590/1806-9983e660411","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660411","url":null,"abstract":"Resumen La “chanchita” -alcancía de yeso- que de niños nos permitía juntar monedas en su interior para solo romperla cuando estaba llena o la urgencia lo justificaba, es un símbolo del ahorro. La tesis de corte etnográfica realizada entre los años 2011-2013 aborda como estudio de caso a la cooperativa ex. “Villa del Chancho” y permite conocer los motivos por los cuales Castro, Santandreu y Ronca (2002) proponen la analogía de la cría de cerdos como la “alcancía” de los clasificadores. Durante el contexto de pandemia en los años 2020-2021, en la zona suburbana y rural de Montevideo se escuchaba el grito de los cerdos al ser faenados “fuera de época” (otoño-primavera), este grito fue analizado, en el presente trabajo, como un posible indicador social de crisis económica, donde las familias “rompen su chanchita”, quedando en situación de desamparo al gastar sus ahorros para la subsistencia cotidiana.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67164188","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Potyguara Alencar dos Santos, Márcia Leila de Castro Pereira
{"title":"Sertanias que morrem d’água: aparições e sofreres coparticipados nas invernadas piauienses","authors":"Potyguara Alencar dos Santos, Márcia Leila de Castro Pereira","doi":"10.1590/1806-9983e660409","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660409","url":null,"abstract":"Resumo Quando algumas sertanias semiáridas e dos cerrados piauienses viram suas quadras chuvosas inverterem suas ordens, e os verões compridos se voltarem em águas grandes em menos de um quadriênio, entre 2019 e 2022, os viventes das terras de brejo do sudoeste do estado começam a reordenar suas convivências com as aparições de uma vida climática irregular. Esta é uma etnografia sobre sofreres coparticipados entre solos, preás, vacas, roças de aipim e humanos que padecem com o excesso de água das invernadas que recaem onde antes a estiagem parecia mais parcimoniosa. À semelhança das elaborações biossemióticas que os viventes brejeiros piauienses estendem em torno dessas mudanças, preferimos reconhecer a chegada das águas grandes pelas associações emocionais íntimas de organismos multiespecíficos que só conseguem entender o insólito momento climático e a sua excessiva umidade por meio de um “sofrimento que se sofre junto”.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67164129","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O “sertão carioca”: da ruralidade à conservação ambiental no contexto da expansão urbana no Rio de Janeiro","authors":"Luz Stella Rodríguez Cáceres","doi":"10.1590/1806-9983e660406","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660406","url":null,"abstract":"Resumo A expressão “sertão carioca” associada à ruralidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro vem consolidando-se como representação do avesso da cidade, às vezes como marca de resistência, mas também como o nome proposto pelo Estado para a gestão ambiental. Frente à expansão urbana, “sertão carioca” aparece como seu oposto simbólico e como uma possibilidade de preservação ambiental para purificar os excessos das perturbações urbanísticas. A partir do “olhar de Estado” exploro as contradições de uma agenda ambiental que se pensa na margem da cultura e se pauta por uma compreensão incompleta de experiências sociais que são simultaneamente urbanas e rurais. Reflito sobre os imaginários que carregam intervenções de cunho ambiental e agroflorestal, onde formas de imaginar a paisagem carregam por sua vez representações dos moradores que a habitam e para os quais se direcionam ações. Sob a sombra do adensamento urbano a equação população tradicional-unidades de conservação adquire nuances produtoras de novas subjetividades, para as quais as políticas de preservação ambiental estão desatentas.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67163458","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O rio e a época: entendências barranqueiras sobre a água na paisagem perturbada do Vale do São Francisco","authors":"Luiz Felipe Rocha Benites","doi":"10.1590/1806-9983e660407","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660407","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo tem por objetivo expor parte do emaranhamento que envolve o modo de habitar de ribeirinhos do Vale do Alto-Médio São Francisco, também chamados barranqueiros, com as águas e entes outros-que-humanos que compõem a paisagem (co)construída às margens do rio. O ponto de partida para descrever criticamente essa socialidade mais-que-humana às margens do Rio São Francisco são as entendências dos habitantes da comunidade de Ribanceira, no município de São Romão, em Minas Gerais, sobre as águas em seus fluxos pluviais e fluviais. Imersos na alternância cíclica entre o tempo das águas e o tempo da seca, que orientam suas atividades de pesca e de roça, os barranqueiros da Ribanceira tem vivenciado fluxos pluviais cada vez menos frequentes e intensos, bem como experimentado o convívio com um rio preocupantemente sem corrida que dá cores às narrativas em tons desalentadores sobre a proximidade da época ou fim dos tempos.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67164076","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Instantánea de aguará guazú: etnografía de un monitoreo participativo con cámaras trampa en Paso Centurión, Uruguay","authors":"Magdalena Chouhy Clulow","doi":"10.1590/1806-9983e660410","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9983e660410","url":null,"abstract":"Resumen En 2013 una ambigua fotografía de cámara trampa puso en discusión la extinción del aguará guazú en el territorio uruguayo. Este registro, tomado en el marco de un monitoreo participativo con cámaras trampa realizado en Paso Centurión, un área protegida del departamento de Cerro Largo, en el noreste del Uruguay, da lugar a reflexiones antropológicas sobre distintas formas de conocimiento y relaciones entre humanos y animales que se encuentran, dialogan y tensionan. Este trabajo parte de una etnografía sobre diálogos entre conocimientos locales y biológicos, enfocando en particular en un monitoreo participativo con cámaras trampa desarrollado por una organización civil que combina biología y activismo ambiental en la localidad. Nos centramos en las relaciones con uno de los animales registrados, el aguará guazú, para discutir acerca de sus categorizaciones como especie rara, presente o elusiva y su devenir como emblema del monitoreo.","PeriodicalId":35393,"journal":{"name":"Horizontes Antropologicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67164147","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}