Julien Marius Reis Thevenin, Talita Benaion Bezerra Thevenin, Carlos Teodoro José Hugueney Irigaray
{"title":"SACRALIZAÇÃO DA NATUREZA E O USO RELIGIOSO DA AYAHUASCA: PERCEPÇÃO E ÉTICA AMBIENTAL DA FLORESTA AMAZÔNICA AOS CENTROS URBANOS","authors":"Julien Marius Reis Thevenin, Talita Benaion Bezerra Thevenin, Carlos Teodoro José Hugueney Irigaray","doi":"10.36026/RPGEO.V7I2.6034","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/RPGEO.V7I2.6034","url":null,"abstract":"A relação que os grupos sociais estabelecem com a natureza está permeada pelos sistemas de representações e ideias, principalmente, os religiosos e filosóficos. Contudo, a trajetória percorrida pela sociedade urbano-industrial, baseada no lucro, tem conduzido a sérios problemas ambientais, dentre eles o desflorestamento da Amazônia. É na busca por relações que atribuam valores não econômicos à natureza que se inicia este artigo, que analisa a relação entre a percepção do sagrado na natureza e uma ética ambiental associada a comportamentos pró-ecológicos. A pesquisa foi desenvolvida a partir de levantamento bibliográfico-documental, observações diretas, anotações e entrevistas semiestruturadas dirigida aos integrantes de três centros Daimistas, de um centro da Barquinha, e de vinte sete sedes locais da União do Vegetal, religiões que fazem o uso ritual do chá da Ayahuasca no Estado de Rondônia/Brasil. Os resultados mostraram que, na medida em que o indivíduo, de forma espontânea, reconhece o sagrado na natureza, amplia paralelamente e gradualmente a sua consciência ambiental e a sua postura ética perante o meio ambiente. Contudo, nas religiões analisadas, essas atitudes não dependem unicamente dos adeptos que chegam, já que alguns desses não demonstram ter um comportamento ecológico, mas, principalmente, de diversos arranjos institucionais estabelecidos que direcionam as práticas dos mesmos na gestão sustentável de seus territórios.","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-11-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130079959","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Charlot Jn Charles, Renata Aparecida Ianesko, Josué da Costa Silva
{"title":"A diáspora haitiana, a noção de hos(ti)pitalidade e a busca do lugar sob o olhar geográfico","authors":"Charlot Jn Charles, Renata Aparecida Ianesko, Josué da Costa Silva","doi":"10.36026/rpgeo.v7i2.5546","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/rpgeo.v7i2.5546","url":null,"abstract":"Este artigo busca compreender a situação da diáspora haitiana no contexto brasileiro, especificamente, na cidade de Porto Velho - RO. Para tanto, utilizamos a metodologia da “História Oral” de Meihy (2005), a perspectiva desconstrutivista e noções de hos(ti)pitalidade de Derrida (2003). Os objetivos do trabalho são: a) entender a situação da diáspora haitiana nesse contexto atual; b) observar se os haitianos entrevistados se consideram incluídos no espaço amazônico em que vivem, especialmente, na sociedade portovelhense e c) compreender como se manifestam as noções de hos(ti)pitalidade na vida do imigrante. Para as reflexões foram entrevistados haitianos que moram no Brasil no período entre 2011 a 2019. Como resultado observamos que devido a COVID-19 o público pesquisado vive uma incerteza sobre o futuro, no entanto, ecoam efeitos de sentido de que ainda há esperança de conseguirem realizar seus sonhos. Apreendemos que os entrevistados, em geral, se sentem incluídos no espaço amazônico e pertencentes a esse espaço, mesmo com todas as dificuldades encontradas. Percebemos, também, que os haitianos vivem entre a hospitalidade e a hostilidade, portanto, a noção de hos(ti)pitalidade está em constante multiplicidade de sentidos no discurso dos entrevistados. ","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128368485","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A GÊNESE E A DINÂMICA RURAL-URBANA DO MUNICÍPIO DE CANITAR - SP","authors":"Franciele Miranda Ferreira Dias","doi":"10.36026/rpgeo.v7i1.5234","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/rpgeo.v7i1.5234","url":null,"abstract":"O objetivo do trabalho é apresentar a gênese da pequena cidade de Canitar, cuja origem remete ao período cafeeiro, porém, presentemente pauta a economia municipal quase exclusivamente no cultivo de cana-de-açúcar, discutindo alguns elementos resultantes desse processo. A emancipação de Canitar, em 1993, insere-se no processo de desmembramentos de municípios, após a promulgação da Constituição Federal de 1988. Para a realização do trabalho, consultou-se as referências bibliográficas, dados censitários e foi realizado um levantamento de campo em junho de 2018, com o objetivo de coletar informações não discutidas pela bibliografia consultada. Compreendeu-se que a dinâmica rural-urbana de Canitar pauta-se atualmente na monocultura da cana-de-açúcar, sendo que aproximadamente 90% da área municipal é dedicada a esse cultivo e por outro lado, as atividades econômicas urbanas são pouco relevantes.","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121789800","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"USO DE AGROTÓXICOS E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM PROPRIEDADES DE AGRICULTURA FAMILIAR EM RONDÔNIA","authors":"L. R. D. Matos","doi":"10.36026/rpgeo.v6i2.3447","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/rpgeo.v6i2.3447","url":null,"abstract":"Com o avanço da agricultura familiar cresce a quantidade de resíduos no meio rural, e por consequência os danos ambientais de cunho ecológicos e sociais surgem de forma gradual e silenciosa. O estudo analisa o uso de agrotóxicos em propriedades de agricultura familiar no estado de Rondônia e destinação de resíduos oriundos das atividades diversas das agricultoras e agricultores. Na questão metodológica optou-se pela combinação ad hoc de métodos quantitativos seguidos de métodos qualitativos. Neste caso, verificou-se que as agricultoras e agricultores familiares utilizam agrotóxicos em variadas atividades, produzindo consideráveis quantidades de embalagens. Verificou-se também que a coleta dos resíduos oriundos dessas atividades ou a entrega em pontos, até então, é uma prática quase inexistente. Ao contrário, as embalagens de agrotóxicos são armazenadas em tulhas e galpões ou destinadas com o uso de metodologias inadequadas.","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"172 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130172249","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Talita Benaion Bezerra Thevenin, Julien Marius Reis Thevenin
{"title":"FLORESTAS CULTURAIS: UMA LEGÍTIMA CONCILIAÇÃO ENTRE HOMEM E NATUREZA","authors":"Talita Benaion Bezerra Thevenin, Julien Marius Reis Thevenin","doi":"10.36026/rpgeo.v6i2.4339","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/rpgeo.v6i2.4339","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo analisar a relevância dos povos tradicionais em sua relação com a natureza, destacando os seus saberes ambientais e a sustentabilidade de suas práticas, haja vista a necessária inversão das práticas degradantes de uso do solo, baseadas em monoculturas extensivas e no agronegócio. Para tal, buscou-se a priori destacar os instrumentos legais de reconhecimento e garantias aos povos tradicionais, bem como elucidar as florestas culturais como promotoras da conservação dos recursos naturais e os conhecimentos tradicionais desses povos por meio da etnociência. Neste sentido, destacam-se as práticas de manejo sustentáveis, notadamente os Sistemas Agroflorestais (SAF), que se mostram como uma alternativa sustentável de produção, além de estimular o resgate e a reconciliação do homem com a natureza que o cerca.","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"165 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116268249","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"USO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA: ANÁLISE DE PROPOSTAS DIDÁTICAS","authors":"Natália Cristina Moraes, M. J. D. Silva","doi":"10.36026/rpgeo.v6i2.4013","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/rpgeo.v6i2.4013","url":null,"abstract":"A partir de uma revisão de literatura, este artigo teve como objetivo identificar nas propostas didáticas quais foram as categorias de aprendizagem utilizadas a partir do uso da história em quadrinho para o ensino de geografia e suas contribuições para a construção do conhecimento do estudante. A seleção das propostas foi feita a partir da leitura dos títulos, resumos, metodologia e conclusões a fim de selecionarmos os trabalhos que realmente contribuíssem para a pesquisa. Foram classificados quatro artigos e uma dissertação. O processo de análise ocorreu a partir da leitura minuciosa das propostas e os critérios de análise foram definidos a partir da pesquisa de Toppel, Camargo e Chicóra (2015). Os resultados apontaram que as categorias de aprendizagem foram variadas, sendo: duas obras com caráter expressivo, duas expressivo e construtivista, e uma norteadora. Quase todas trouxeram o enfoque crítico e de aprendizagem significativa. Conclui-se que no ensino de geografia, as HQs implicam resultados positivos no processo de aprendizagem, pois são recursos essenciais à medida que abordam os conteúdos, por vezes de difícil compreensão, e os articulam com as imagens, permitindo a expressão da comunicação artística bem como da relação teórica com as experiências do estudante, adquirindo assim em sua ecologia conceitual novas concepções pelo processo de assimilação.","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122873917","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"UTILIZAÇÃO DA NATUREZA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL: CONSIDERAÇÕES SOBRE O PARQUE ESTADUAL DE VILA VELHA, PARANÁ","authors":"Alexsande Oliveira Franco, Ana Cláudia Folmann","doi":"10.36026/rpgeo.v6i2.3197","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/rpgeo.v6i2.3197","url":null,"abstract":"As Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral são uma modalidade de áreas protegidas de forma legal onde os recursos ou a natureza devem ser utilizados o mínimo, apenas 5%, com atividades de pesquisa e turismo. No entanto muitas das UCs mencionadas enfrentam problemas como má utilização da natureza ocasionando diferentes impactos ambientais e pressão ambiental. O presente trabalho tem como objetivo abordar a forma como a natureza é utilizada em Unidades de Conservação de Proteção Integral, especialmente no Parque Estadual de Vila Velha, localizado no município de Ponta Grossa, Paraná. Para tanto, utilizou-se alguns procedimentos como construção de referencial bibliográfico, documental e visita in loco com observações diretas e coleta de informações relevantes. O respectivo parque possui relevância, seja por suas formações geológicas, seja pela proteção da fauna e flora da região, além de ser um grande atrativo turístico. ","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125537525","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Rosenildes Guimarães dos Santos, Maria Mirtes Cortinhas dos Santos, H. D. S. Alves
{"title":"DISTRIBUIÇÃO E MOBILIDADE POPULACIONAL EM UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA","authors":"Maria Rosenildes Guimarães dos Santos, Maria Mirtes Cortinhas dos Santos, H. D. S. Alves","doi":"10.36026/rpgeo.v6i2.2957","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/rpgeo.v6i2.2957","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho foi descrever a distribuição e a mobilidade da população na Flona de Itaituba II, e propor uma estimativa demográfica baseada em trabalho de campo realizado no período de 25 de junho a 20 de agosto de 2009. A metodologia adotada baseou-se na combinação de métodos e instrumentos como Survey e georreferenciamento de todas as unidades domésticas e indivíduos no interior da FLONA e, um recorte das bacias e sub-bacias, para entendimento do uso dos recursos naturais no interior ou no entorno da unidade, a partir dos seguintes fatores de espaços: local de residência, características sócio-demográficas, entre outros atributos socioeconômicos. Na análise dos dados considerou-se as perspectivas de restrição quanto à presença humana e uso dos recursos naturais, visando compreender a relação da dinâmica das populações e suas características com as ações verificadas na Unidade de Conservação (UC). Na FLONA de Itaituba II a população é pequena está organizada em aglomerados distribuídos nas margens da BR-163, ao longo de rios e igarapés, assim pode-se destacar que existe mobilidade interna na UC. Há occorrência de técnicas produtivas incompatíveis com os objetivos de uma UC, por exemplo, o garimpo. As condições identificadas no processo social que se reflete na composição da população residente na UC, sendo fundamental que o poder publico promova ações que levem a transformação de comportamento da população local diante das regras estabelecidas para o manejo dos recursos naturais em área de UC.","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123408726","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rosália Aparecida da Silva, Solimária Pereira Lima, Janaina Kelly Leite Chaves
{"title":"REVISITANDO A HISTÓRIA DA LÍNGUA NACIONAL PARA COMPREENSÃO DA FORMAÇÃO DA LÍNGUA PADRÃO E DAS RELAÇÕES DE PODER E DOMINAÇÃO","authors":"Rosália Aparecida da Silva, Solimária Pereira Lima, Janaina Kelly Leite Chaves","doi":"10.36026/rpgeo.v6i1.4501","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/rpgeo.v6i1.4501","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem por objetivo levantar discussões sobre como a língua oficial se constituiu no Brasil e vem sendo imposta em detrimento de outras línguas e das variações por classe social, região geográfica e de demais elementos diferenciadores. O debate se dá a partir do questionamento feito por Bortoni-Ricardo (2014, p. 69): “Como se constitui uma variedade padronizada, detentora de prestígio, e como ela se coloca no repertório de uma comunidade, em relação às demais variedades de pouco ou nenhum prestígio?”. É sabido que embora a sociolinguística venha tentando eliminar preconceitos ao postular que todas as línguas e variedades são igualmente complexas, reconhecendo a heterogeneidade e o caráter multifacetado como propriedade inerente a todo sistema linguístico e a competência linguística dos falantes como atributo que os leva a selecionar formas alternativas disponíveis no sistema; na escola o ensino da Língua Portuguesa ainda tem se pautado em uma tradição pedagógica que estabelece apenas uma variante como padrão a ser obedecido. Estas situações a nosso ver colaboram para reafirmação do poder de uma classe econômica sobre a outra. Após revisão bibliográfica embasada em Antunes (2007; 2009), Bortoni-Ricardo (2014a; 2014b), Faraco (2009), Calvet (2002), Gnerre (1985), utilizou-se como metodologia a Análise de Discurso de linha pecheutiana, chegando-se a conclusão de que existe uma imposição social de uma língua considerada melhor comparativamente em relação às demais. Havendo assim uma necessidade de repensar as práticas sociais em relação às línguas adotadas pelos diversos falantes em solo nacional.","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126632500","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"CULTURA AMAZÔNIA: DA MIGRAÇÃO NORDESTINA A SALA DE AULA RIBEIRINHA","authors":"Marcela Arantes Ribeiro","doi":"10.36026/rpgeo.v6i1.4494","DOIUrl":"https://doi.org/10.36026/rpgeo.v6i1.4494","url":null,"abstract":"O texto apresenta uma discussão a respeito da investigação das narrativas míticas do imaginário de uma comunidade ribeirinha que faz parte do contexto educacional dos alunos. Apresenta a forma como essas narrativas são trabalhadas na prática docente, diante da integração intercultural. Com o viés cultural, a sala de aula torna-se objeto de estudo, abordando os valores e as experiências vividas. O principal objetivo foi demonstrar sobre a importância de integrar os alunos à arte de narrar e às experiências cotidianas no ambiente escolar. O texto resulta da releitura da pesquisa de iniciação científica que abordou a Cultura Amazônica na sala de aula, à luz do processo migratório para a Amazônia e pelo viés da discussão de uma educação voltada para a emancipação. A pesquisa foi realizada no campo metodológico da Fenomenologia e da História Oral, sustentadas nas concepções de Merleau-Ponty (1994) e Meihy (2005). Foi possível realizar um estudo que perpassa pelo modo de ver e compreender o processo de conhecimento da cultura local nas escolas ribeirinhas, a partir de atividades desenvolvidas com os alunos, bem como com desenvolvimento das entrevistas e a concepção do outro. Identificou-se uma cultura ribeirinha - amazônica fundamentada na relação dos ribeirinhos com o rio e a mata, uma “cosmovisão” (LOUREIRO, 1995). As discussões dos resultados partiram da identificação da cultura amazônica, a relação desta com a teoria da escola e a prática de aprender em sala de aula. Considerou o processo migratório para a Amazônia marcado pela presença dos nordestinos, onde sua a vivência contribuiu para a criação das representações dos grupos ribeirinhos e a formação da cultura amazônica. Essa cultura ultrapassa os muros da escola, tornando-se parte da Educação. Assim, ao trabalhar no ambiente escolar as diversidades culturais conduzem a compreensão da importância do conhecimento através da cultura de cada indivíduo.","PeriodicalId":333609,"journal":{"name":"Revista Presença Geográfica","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115879918","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}