Cadernos NietzschePub Date : 2022-08-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4302mrg
Mariano Rodríguez González
{"title":"Nietzsche e a ambígua valoração da estupidez","authors":"Mariano Rodríguez González","doi":"10.1590/2316-82422022v4302mrg","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302mrg","url":null,"abstract":"Resumo: É importante para a sociedade a luta contra a estupidez, porque o estúpido é constitutivamente destrutivo. Mas aquele que luta contra a estupidez, própria e alheia, é, sobretudo, tradicionalmente, o filósofo. Vamos constatar a presença dessa luta em Nietzsche, e perscrutar a relevância que teria em sua obra, em geral pouco ressaltada. Nietzsche se une à linhagem clássica da denúncia da estupidez, extremando-a ao modulá-la nos termos de seu perspectivismo como incapacidade de “sair” da perspectiva única. Além disso, procederemos a descobrir uma classe de estupidez que acompanha a sabedoria como sua sombra necessária e que seria a que nos abre, diante do cristianismo paulino e erasmista, a possibilidade de uma ciência alegre. Por outro lado, a estupidez cósmica teria o bonito nome de “necessidade”, e o dionisíaco do pensamento do eterno retorno radica sobretudo no amor fati, que em nosso caso se traduziria como afirmação e ainda amor da estupidez. Por isso Nietzsche dirá que a sabedoria dionisíaca é o princípio da maior estupidez possível.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44174902","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-08-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4302jnj
José Nicolao Julião
{"title":"As pinturas de Rafael Sanzio no ateliê filosófico de Nietzsche","authors":"José Nicolao Julião","doi":"10.1590/2316-82422022v4302jnj","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302jnj","url":null,"abstract":"Resumo: O artigo explora as considerações de Nietzsche sobre o pintor renascentista Rafael Sanzio, que são raras no conjunto da obra do filósofo, entretanto permeia todas as fases do seu processo de desenvolvimento intelectual. A abordagem, nos mais das vezes, é de cunho positivo, havendo resquícios de censura com relação à timidez do artista em promover uma transvaloração do Cristianismo, o que soa como certa ambiguidade. O momento mais fecundo da abordagem ocorre no período intermediário, no qual, Nietzsche valoriza o Humanismo renascentista e as obras de Rafael ilustram bem as características do Renascimento que ele valoriza.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67320483","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-08-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4302tkv
Thiago Kistenmacher Vieira
{"title":"O niilismo em Parsifal","authors":"Thiago Kistenmacher Vieira","doi":"10.1590/2316-82422022v4302tkv","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302tkv","url":null,"abstract":"Resumo: Este artigo procura entender, a partir do pensamento tardio de Nietzsche, as razões pelas quais pode-se observar aspectos do niilismo na ópera Parsifal, de Wagner. Dadas as copiosas considerações de Nietzsche a respeito de Parsifal, é possível identificá-la ao niilismo, sobretudo ao incompleto. Além do que, se a negação do mundo está identificada à moral, ao ascetismo, à fé cristã, à castidade e à compaixão, são esses os elementos que norteiam a obra wagneriana de 1882 e que, por seu turno, caracterizam-na como uma espécie de niilismo estético.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43688931","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-08-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4302rb
Rebecca Bamford
{"title":"A objetividade em Nietzsche","authors":"Rebecca Bamford","doi":"10.1590/2316-82422022v4302rb","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302rb","url":null,"abstract":"Resumo: Neste artigo, pretendo esclarecer o desenvolvimento da consideração a respeito da objetividade em Nietzsche em suas obras publicadas e autorizadas. Na presente pesquisa, notou-se que Nietzsche, de forma explícita, estabelece uma diferença entre dois tipos de objetividade. O que aqui chamarei de objetividade tipo 1 é aquela que o filósofo alemão frequentemente critica, a saber, a objetividade como pura contemplação desinteressada. A objetividade tipo 2 é o tipo ao qual Nietzsche se refere na Genealogia da Moral como “futura ‘objetividade’”. Tendo esclarecido quais são as objeções de Nietzsche à objetividade tipo 1, explicarei seu ponto de vista acerca da objetividade tipo 2, mostrando como o tipo 2, ou a “futura ‘objetividade’”, deve sua concepção ao projeto de espírito livre do filósofo.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46186565","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-08-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4302cas
C. A. Sartori
{"title":"A recepção de Nietzsche: diferentes leituras","authors":"C. A. Sartori","doi":"10.1590/2316-82422022v4302cas","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302cas","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42488180","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-08-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4302akj
Anthony K. Jensen
{"title":"Intuição nas reconstruções da Renascença no século XIX alemão: Goethe, Schopenhauer, Burckhardt e Nietzsche","authors":"Anthony K. Jensen","doi":"10.1590/2316-82422022v4302akj","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302akj","url":null,"abstract":"Resumo : A relação de Nietzsche com a imagem de Burckhardt da Renascença foi um meio de praticar a história. Nietzsche compartilhava com Burckhardt a preferência pela tipologia, a crença de que a verdade é alcançada intuitivamente e diz respeito à identidade interna de todas as coisas, e a preferência por grandes objetos e indivíduos históricos. E compartilhava com ele precisamente porque duas de suas influências comuns mais significativas foram Goethe e Schopenhauer. Para além disso, argumento que existem algumas disjunções menores e algumas mais significativas em sua abordagem da historiografia da Renascença. Por último, realizo um esboço do que podemos chamar de a questão do motivo: que a proposta de Burckhardt em construir a Renascença era de fato bem oposta ao olhar mais radical de Nietzsche sobre a história.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47625915","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-08-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4302rg
Robert Guay
{"title":"“O que é uma crítica da moral?”","authors":"Robert Guay","doi":"10.1590/2316-82422022v4302rg","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302rg","url":null,"abstract":"Resumo: Esse artigo sustenta uma interpretação específica da “crítica da moral” nietzschiana a partir do exame de passagens em que Nietzsche utiliza variações dessa expressão, extraindo daí seis critérios que qualquer candidato a crítico deve atender. A partir disso, rejeito diversas interpretações alternativas em favor daquela segundo a qual Nietzsche critica a moral, entendida como um conjunto de práticas, mostrando o significado dessas práticas e as falhas em seu funcionamento.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46434125","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-08-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4302rr
Riccardo Roni
{"title":"Nietzsche na perspectiva pragmatista. Monismo e pluralismo para um novo paradigma bio-antropológico","authors":"Riccardo Roni","doi":"10.1590/2316-82422022v4302rr","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302rr","url":null,"abstract":"Resumo: Neste artigo eu analiso alguns momentos da influência e recepção de Nietzsche entre a Europa e a América (nomeadamente em Martin Heidegger, Giovanni Papini e Josiah Royce) através de uma perspectiva pragmatista, a fim de mostrar como um monismo seletivo e um pluralismo realista emergem de suas interpretações de Nietzsche. Com base nesta reconstrução teórica e historiográfica, enfatizo que Nietzsche, tanto por meio de seu monismo como de seu pluralismo, pode questionar qualquer suposta irreversibilidade no campo da moral. Ao reconhecer a possibilidade de mudança do sujeito, de reverter a única irreversibilidade superficial de seu Dasein, o pragmatismo de Nietzsche neste sentido representa uma grande conquista teórica, indispensável para a definição de um novo paradigma bio-antropológico, no qual a identidade pode coexistir efetivamente com diferença.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47754252","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cadernos NietzschePub Date : 2022-08-01DOI: 10.1590/2316-82422022v4302op
Olímpio Pimenta
{"title":"Nietzsche e as mulheres: ligações perigosas?","authors":"Olímpio Pimenta","doi":"10.1590/2316-82422022v4302op","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302op","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45310185","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}