{"title":"Pequena biografia política de Guimarães Rosa","authors":"G. Castro, Andrea Jubé","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i84p78-98","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i84p78-98","url":null,"abstract":"Este artigo investiga a biografia política de João Guimarães Rosa (1908-1967) a partir da hipótese de Willi Bolle (2004) de que o escritor seria “politicamente reacionário”. Analisamos entrevistas, material de arquivo, cartas e jornais para demonstrar as relações da família Guimarães e do autor com partidos, personalidades políticas e seu apoio ao golpe de 1964. Nossa conclusão é de que a visão de mundo do escritor aproxima-se do conservadorismo político.","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49369096","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O silêncio sinfônico da floresta. Geofonia, biofonia e antropofonia em A selva, de Ferreira de Castro","authors":"Luca Bacchini","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i84p99-113","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i84p99-113","url":null,"abstract":"A selva (1930), de Ferreira de Castro, é um romance baseado num conhecimento profundo da floresta, que, no plano narrativo, se traduz numa aposta sem precedentes na atividade de escuta. A partir de algumas sugestões desenvolvidas no âmbito dos Sound studies, o presente ensaio busca elaborar uma reflexão sobre a paisagem sonora em A selva, destacando a interação entre sons de origem biológica (biofonia e antropofonia) e não biológica (geofonia), na convicção de que, para compreender a floresta, é necessário antes de tudo saber ouvir e interpretar seus sons e seus silêncios.","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43662895","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entre liberdade e prisão, estratégias para lidar com o regionalismo na arte moderna pernambucana","authors":"Pedro Ernesto Freitas Lima","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i84p232-238","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i84p232-238","url":null,"abstract":"Regional como opção, regional como prisão: trajetórias artísticas no modernismo pernambucano (2022), de Eduardo Dimitrov, se debruça sobre trajetórias de artistas pernambucanos, entre as décadas de 1920 e 1970, para compreender, a partir de uma série de eventos, agentes e instituições, a constituição de uma “régua” regionalista que passou a constituir parâmetro para a legitimação de artistas e obras. A resenha se detém sobre como artistas e outros agentes elaboraram estratégias para lidar com essas convenções, destacando a reverberação dessa problemática na produção contemporânea.","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45147601","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Uma releitura do “Brasil colonial” a partir da obra de António Manuel Hespanha","authors":"João Fragoso, M. F. Bicalho","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i83p41-56","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i83p41-56","url":null,"abstract":"O intuito do presente artigo é ressaltar o mérito e a abrangência da influência da obra de António Manuel Hespanha no sentido da ruptura de uma abordagem clássica da historiografia brasileira sobre o período colonial, ou seja, do estabelecimento de um novo paradigma historiográfico por meio da operacionalização de novas categorias e conceitos. Na segunda parte, iniciamos com um rápido balanço da atual discussão historiográfica sobre Estados e monarquias na Europa moderna. Com isso, pretendemos contribuir para a discussão da historiografia sobre a sociedade dos trópicos entendida como parte da monarquia pluricontinental portuguesa.","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45760822","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entre a praça e o largo: artistas e intelectuais na formação de dois “berços” do samba","authors":"R. Siqueira, Rafael do Nascimento César","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i83p146-164","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i83p146-164","url":null,"abstract":"Comparando a Praça Onze e o Largo da Banana, este artigo analisa as negociações assimétricas entre sambistas negros e intelectuais brancos na consolidação desses espaços como “berços” do samba, conduzidas nos Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro e de São Paulo. Projetos de história oral realizados entre os anos 1960 e 1980 ambicionavam formalizar uma narrativa a partir dos mesmos parâmetros acerca da autenticidade da cultura popular, mas produziram efeitos diversos, relacionados com o modo como as identidades étnico-raciais se constituíram nas duas cidades.[Este artigo resulta de reflexões conjuntas relacionadas com nossas pesquisas de doutorado, financiadas pela Fapesp (Processos n. 16/ 26239-8 e 16/02062-1), e com o pós-doutorado realizado no Lemann Center for Brazilian Studies da University of Illinois pela autora. Agradecemos a essas instituições os financiamentos dos projetos.]","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43108348","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ampliando as fontes: António Manuel Hespanha e a literatura jurídica portuguesa da Idade Moderna","authors":"Gustavo César Machado Cabral","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i83p57-71","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i83p57-71","url":null,"abstract":"Este artigo pretende discutir algumas questões metodológicas nas obras de António Manuel Hespanha (1945-2019), particularmente no que se refere às fontes que devem ser utilizadas pelos historiadores do direito especializados na Idade Moderna. O foco principal será a literatura jurídica portuguesa moderna, uma espécie de fonte que foi bastante negligenciada durante os anos em que Hespanha escreveu os seus primeiros trabalhos de impacto. A fim de compreender esse ponto, dois textos foram relevantes para este estudo, nomeadamente “Para uma teoria da história institucional do Antigo Regime” (1984) e Como os juristas viam o mundo (2015), nenhum deles costumeiramente mencionados como trabalhos canônicos do autor.","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41529053","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Os usos do direito na América ultramarina portuguesa: entre o pragmatismo dos rústicos e a argumentação refinada dos letrados","authors":"Carmen Alveal, Marcos Wagner da Fonseca","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i83p72-87","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i83p72-87","url":null,"abstract":"Este texto se propõe a dialogar com a obra do jurista António M. Hespanha, mais especificamente com o artigo “Porque é que existe e em que é que consiste um direito colonial brasileiro” e o livro Como os juristas viam o mundo. A partir de suas contribuições em torno do direito, pretende-se debater a existência de um direito local e o seu uso por instâncias locais em contraposição à concepção de um direito erudito, letrado, utilizado pelos oficiais régios. No período moderno, convivia-se com uma miríade de direitos: direito romano, canônico, comum (ius commune), régio, local e costumeiro. A primeira parte deste texto analisa processos judiciais referentes a questões fundiárias oriundas da Comarca de Paranaguá. A segunda foca alguns casos nos quais os oficiais também utilizaram as diferentes ordens normativas coexistentes em proveito próprio tendo como foco as Capitanias do Norte do Estado do Brasil. O objetivo é perceber o uso local do direito, aproximando-se do que o professor Hespanha afirmava, da existência de um direito “brasileiro” no período colonial.","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41884252","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Espaço político e organização do poder no Antigo Regime em Portugal","authors":"José Subtil","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i83p88-116","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i83p88-116","url":null,"abstract":"Entre a Restauração (1640) e as invasões francesas (1807), a organização da centralidade do poder régio conheceu dois períodos muito diferentes que corresponderam a duas modalidades de organização do espaço político e do exercício do poder. À sociedade de corte, que alimentou o culto da monarquia e da autoridade régia, seguir-se-á o Estado de Polícia cuja cornucópia do bem-estar e da felicidade da população se focou, essencialmente, na sociedade e na política. Quanto ao poder periférico, o reformismo iluminista ensaiou, de forma inovadora, o processo de desconstrução da rede organizativa corporativa, mas seria o Estado Liberal a concretizar esse objetivo.","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43936901","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A centralização do poder em Portugal: “uma tragédia ou epopeia que começou cedo”","authors":"Maria Filomena Coelho","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i83p24-40","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i83p24-40","url":null,"abstract":"As abordagens propostas por António Manuel Hespanha relativamente ao exercício do poder em Portugal, no período do chamado Antigo Regime, tiveram forte impacto historiográfico, com instigantes desdobramentos que se podem apreciar até hoje na produção intelectual dedicada à Idade Moderna e aos estudos coloniais. A maneira inovadora como ele propôs a mudança de perspectiva, de uma tradição interpretativa de tipo centralista, para outra, de cunho pluralista, propiciou resultados muito mais operativos para se conhecer a complexidade das estruturas e lógicas do poder. Entretanto, tal proposta não teve a mesma repercussão entre os medievalistas, que continuam a preferir a matriz centralista como forma do passado.","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48032401","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"António Hespanha e as vésperas das humanidades digitais","authors":"Nuno Camarinhas","doi":"10.11606/issn.2316-901x.v1i83p131-144","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v1i83p131-144","url":null,"abstract":"Ao longo do seu percurso como historiador, António Hespanha cultivou a inovação metodológica, colocada sempre a serviço de um enorme rigor com a escolha e a exploração das fontes. Parte muito relevante do pioneirismo do seu trabalho está ligada à permanente abertura ao que as tecnologias da informação e as ferramentas digitais poderiam trazer à historiografia, não apenas enquanto utensílios de trabalho analítico mas também como potentes instrumentos de divulgação e disponibilização, em larga escala, de dados e de trabalho crítico. Este texto, fazendo um breve conspecto do trabalho de António Hespanha com forte investimento nos meios tecnológicos, procura demonstrar o seu papel pioneiro na aplicação e divulgação do que hoje conhecemos como humanidades digitais.","PeriodicalId":31330,"journal":{"name":"Revista do Instituto de Estudos Brasileiros","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45462100","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}