Sonia Maria Gomes Sampaio, Mara Genecy Centeno Nongueira, Larissa Gotti Pissinatti
{"title":"Índios, caboclos e guardiães da fronteira: a degradação do outro a partir da chegada do europeu na Amazônia brasileira","authors":"Sonia Maria Gomes Sampaio, Mara Genecy Centeno Nongueira, Larissa Gotti Pissinatti","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e93393","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e93393","url":null,"abstract":"Esse artigo tem por objetivo analisar, a partir da ideia de invenção da Amazônia, os termos utilizados por portugueses e espanhóis para designar o Outro, o nativo, o caboclo, o índio, durante o processo de colonização da Amazônia, e como essas designações são apresentadas nos relatos de viagem e posteriormente na literatura da/na Amazônia. Para tanto, utilizaremos a abordagem crítica dos estudos pós-coloniais, principalmente os argumentos de Henrique Dussel, Neide Gondim, Ana Pizarro, Eduardo Galeano, Hugo Achugar, Albert Memmi, dentre outros, para tratar da colonização da Amazônia, analisando os termos: índio, caboclo e guardião de fronteira, empregados pelos colonizadores na Amazônia. Os resultados apontam que a utilização desses termos revela a estratégia perversa do colonizador em identificar o Outro, o diferente, inferiorizando-o, subjugando-o, justificando assim, a dominação, a exploração. Essas estratégias se estendem até os dias atuais de forma ainda mais refinada, por isso, a urgência em refletir e expor epistemicamente esse processo, a fim de descolonizar o olhar e as práticas em relação aos nativos da/na Amazônia.","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"34 20","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136282121","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Nem donzelas, nem caladas: guerrilheiras, militantes e escritoras da história","authors":"Glaucia Moreira Secco","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92440","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92440","url":null,"abstract":"Quem são/foram as mulheres das diversas militâncias que lutaram contra as ditaduras instauradas em seus países? O que elas têm a dizer? Qual é a sua perspectiva sobre os fatos? Nas histórias oficiais sobre as diversas formas de resistências políticas contra as ditaduras brasileiras, as que estão consagradas nos livros didáticos e nos artigos acadêmicos, aparecem muitos nomes de lideranças masculinas: Carlos Lamarca, Carlos Marighella, Luís Carlos Prestes, Luís Inácio Lula da Silva, Vladmir Herzog, Paulo Freire, Ulysses Guimarães, entre outros. Com o passar do tempo e a consolidação da democracia no país, nomes femininos passaram a compor essa lista de pessoas que, não só contestavam, como também atuavam diretamente contra os desdobramentos do período cívico-militar. Mesmo em uma sociedade que insiste em definir os papéis de gênero pelo aspecto biológico e social, a guinada subjetiva a que se referiu Beatriz Sarlo (2018) permitiu que as mulheres ganhassem espaço para ampliar suas vozes e analisar e relatar a história desde uma perspectiva situada. O ensaio que escrevo nestas linhas vai ao encontro de um desses relatos, o da sobrevivente Ana Maria Ramos Estevão, no livro Torre das Guerreiras e outras memórias (2021).","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135591100","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“A virgindade de que ela era a depositária”: a representação de Caddy Compson em O som e a fúria, de William Faulkner","authors":"José Vilian Mangueira","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92448","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92448","url":null,"abstract":"Nosso objetivo aqui é oferecer uma leitura das múltiplas vozes do romance O som e a fúria, de William Faulkner, para construir uma interpretação sobre o silêncio imposto a Candance (Caddy) Compson dentro da narrativa. Para tanto, centramos nossa interpretação no modo como o romance é narrado, utilizando as vozes masculinas para contar os mesmos eventos vividos pela família Compson. Assim, destacamos que a figura feminina, Caddy, é filtrada pelas três vozes masculinas dos irmãos Quentin, Jason e Benjamin, que comandam os três capítulos iniciais da narrativa. Como consequência, é negado a Caddy o direito de contar a sua versão sobre os fatos narrados pelos três irmãos. Além disso, o texto ainda constrói essa figura feminina como representante da queda da família. Nossa leitura dialogará com o trabalho de Helloisa Toller Gomes (1981), Susan Sontag (1987) e Susanna Hempstead (2020), entre outros.","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135591105","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O tempo da ironia em The Love Song of J. Alfred Prufrock, de T. S. Eliot","authors":"Angiuli Copetti de Aguiar","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92452","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92452","url":null,"abstract":"O “tempo”, como tema e como elemento estruturante, é um dos aspectos centrais do poema The Love Song of J. Alfred Prufrock, de T. S. Eliot. Como tal, diversos estudiosos da obra de Eliot, como Nancy Gish e J. Hillis Miller, propuseram análises e interpretações da temporalidade na produção do poeta e em The Love Song em particular. Quanto ao poema, a crítica parece concordar quanto à forma com que o tempo aparece nele: como continuidade sem sucessão, por um lado, e como sucessão sem continuidade, por outro. Em nosso estudo, partimos dessa conclusão e procuramos conciliar o aspecto temporal de The Love Song com outro elemento central seu, a ironia. Apoiando-nos nas ideias de Søren Kierkegaard e Paul De Man, identificamos que a ironia, em especial a ironia romântica, filosofia que funda a subjetividade moderna, possui uma formulação própria da temporalidade. Para o sujeito irônico, o tempo presente é tédio ou súbito, isto é, continuidade sem sucessão e sucessão sem continuidade, respectivamente, e o passado, uma ficção, enquanto que o futuro é tido como angústia. Assim, procuramos identificar como o tratamento do tempo em The Love Song corresponde ao “tempo da ironia” através de uma análise temática e estilística de algumas passagens do poema. Concluímos pelo estudo que a temporalidade representada na obra é pautada pela desarmonia entre continuidade e sucessão do tempo e que, em consonância com a estética irônica romântica, o tempo, no poema, é composto de tédio e súbito do presente, ausência e mistificação do passado, e prorrogação e angústia do futuro.","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"72 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135547699","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Dom Quixote e o romance: valoração crítica e história do gênero","authors":"Pedro Ramos Dolabela Chagas","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92692","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92692","url":null,"abstract":"O artigo discute o lugar de Dom Quixote na história do romance, discernindo-se os termos majoritariamente orientadores da sua eleição como modelo para a definição e elogio crítico do gênero, ao mesmo tempo indicando os anacronismos interpretativos implicados nesse processo. A proposta é que, se o texto de Cervantes não apresentava muitas das intenções que lhe foram atribuídas em épocas posteriores, tais anacronismos não eliminam seu lugar central na história do romance, de acordo com os modos pelos quais ele seria pensado e praticado nos séculos a seguir. Para fundamentar a proposição, o romance é teorizado como um gênero formalmente flexível, apesar de orientado por princípios estruturais relativamente estáveis, além de conceitualmente vago, apesar de orientado por distinções relativamente estáveis entre gêneros textuais vizinhos. Essa mistura de flexibilidade e robustez formal, vagueza e especificidade conceitual, permite que valores e interesses do campo literário tenham poder de determinação sobre a sua história, compreendida na interface entre conceitos e práticas. Analisa-se então como, nessa interface, Dom Quixote adquiriu importância ao ser situado como modelo de “literatura moderna”, e/ou apropriado em defesa do “realismo”. Ao final, a partir das proposições recentes de autores como Resina (2006), Moore (2013) e Pavel (2013), aponta-se ponderações da análise filológica contra os excessos interpretativos dessas formas de elogio, para consolidar a proposição de que eles não mitigam a importância de Cervantes na história do gênero – orientada, como ela foi, pelos valores da crítica, e não pela preocupação com o rigor analítico.","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"65 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135590921","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entre Dorothy e Dottie: curadoria polifônica, solidão e morte em Adriana Lunardi","authors":"Sara Gonçalves Rabelo","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92599","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92599","url":null,"abstract":"Na obra intitulada Vésperas (2002), a autora Adriana Lunardi traz ao leitor os últimos momentos da vida de grandes escritoras da literatura mundial, como Virginia Woolf, Dorothy Parker, Katherine Mansfield, Sylvia Plath, Zelda Fitzgerald, dentre outras, entretanto os contos não são uma biografia destas. Os fatos ocorridos na vida das autoras, aliados à realidade, são transpassados por situações, recortes e personagens que existiram nas obras de cada uma delas, o que chamamos de curadoria polifônica (RABELO, 2021). No conto “Dottie”, que retoma a autora americana Dorothy Parker, vemos uma relação entre a vida da autora, tanto em seus roteiros e contos publicados, quanto com particularidades da vida. Assim, em um processo curatorial polifônico, que tem em Lunardi sua autora curadora, este artigo pretende analisar o conto “Dottie”, principalmente seus aspectos relacionados com a solidão e a morte, temas recorrentes também nas obras e na vida da autora americana, e em diálogo com Michel Schneider, no ensaio “Desculpem-me pelo pó”, publicado no livro Mortes Imaginárias (2005). Serão usados como aporte teórico os estudos de Ariés (2003), Bakhtin (2018), Bloom (1991), Minois (2019), Morin (1997), Villa-Forte (2019) e outros que se mostrarem relevantes.","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135590924","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Novas perspectivas no resgate de escritoras brasileiras esquecidas","authors":"Guilherme Barp","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e94807","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e94807","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135591098","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rodrigo dos Santos Dantas da Silva, Roney Jesus Ribeiro
{"title":"A erotização do feminino, o grotesco e a carnavalização em Caim, de José Saramago","authors":"Rodrigo dos Santos Dantas da Silva, Roney Jesus Ribeiro","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92473","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92473","url":null,"abstract":"Propõe-se neste artigo uma análise acerca da erotização do feminino, do grotesco e da carnavalização em Caim (2011), de José Saramago. O recorte teórico se baseia nas contribuições de Bakhtin (1996), Battaille (1987) e Whitmont (1991) que traçam uma relação sobre a carnavalização, o erotismo e a questões concernentes ao feminino. Este estudo foi elaborado sob a perspectiva da paródia do texto sagrado e a representação de personagens sagrados como Eva e Lilith. Reflete-se sobre o uso do erotismo e da sexualidade como meio de empoderar e valorizar o sujeito feminino. Além disso, Saramago busca dar protagonismo ao ser humano, mesmo sabendo que os meios usados para isso vão contra os dogmas religiosos e as regras de controle ao corpo da mulher, muito em voga na sociedade patriarcal. Ademais, fala-se sobre os desejos carnais que põe em risco as tradições cristã, judaicas e as bases da cultura patriarcal que exerceu e exerce grande poder na sociedade até os dias hodiernos.","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"219 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135153221","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O imaginário gótico de um emigrante. Uma reflexão sobre a poesia de Czesław Miłosz","authors":"Olga Donata Guerizoli Kempinska","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92157","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92157","url":null,"abstract":"Leitor dos filósofos e da vasta tradição da poesia mundial, o poeta polonês emigrante Czesław Miłosz busca em sua obra o sentido da representação, desafiando as diferentes formas do niilismo linguístico e existencial. Colocando em questão as tendências ocidentais formalistas, assim como a herança literária romântica, o poeta polonês se volta em alguns de seus textos para os elementos da convenção gótica. É surpreendente descobrir que, na obra de Miłosz, são justamente os elementos da poética gótica, geralmente desvalorizada pelo discurso crítico, que permitem ultrapassar as dicotomias características da literatura extraterritorial. Se a subjetividade emigrante não raramente reatualiza os elementos da poética romântica e do orientalismo, o uso dos elementos da convenção gótica permite, pelo contrário, a valorização da experiência da desterritorialização. Voltada para a memória curta afetiva e para o nomadismo, a deterritorialização busca negociar a verticalidade da experiência e uma reconfiguração do espaço subjetivo no sentido que valorize o impulso dionisíaco.","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"52 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135153390","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O conceito de literatura: entre suportes e alquimias sociais","authors":"Sahmaroni Rodrigues de Olinda","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92490","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92490","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é problematizar o conceito de literatura a partir da percepção da invisibilização do suporte livro como processo alquímico de desmaterialização do objeto em que circula o “literário”, como se este fosse um “espírito sem corpo” (CHARTIER, 2010). Foi feito um percurso cartográfico de posicionamentos teórico-metodológico-políticos, percorrido na pesquisa de doutorado da qual o texto surgiu, processo que resultou em inquietações ampliadas pela possibilidade de estágio de doutorado sanduíche que aconteceu no período de janeiro a dezembro de 2015, na Université Sorbonne - Paris 13/ Nord. Discute-se, partindo deste breve panorama, o conceito de literatura como campo (BOURDIEU, 1992; BOURDIEU, 1996; LAHIRE, 2001) para, em seguida, chegarmos à perspectiva de literatura a partir de suas materialidades, como o livro, suporte textual legitimado socialmente. Entretanto, para além deste suporte, encontramos, em nossas perambulações, circuitos e materialidades que fazem escorrer, pela cidade de Fortaleza, literaturas subterrâneas desafiando a alquimia social legitimadora. Percebê-las é ampliar nossa percepção sobre as práticas sociais artístico-literárias.","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"187 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135153217","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}