Leonardo Feijó Cadena de Oliveira Filho, Ana Caroline Coelho Pereira da Silva, Daniel Amorim Vieira, José Alves de Siqueira Filho
{"title":"FLORISTICA DE CORPOS AQUÁTICOS EM JAGUARARI, BAHIA","authors":"Leonardo Feijó Cadena de Oliveira Filho, Ana Caroline Coelho Pereira da Silva, Daniel Amorim Vieira, José Alves de Siqueira Filho","doi":"10.18764/1981-6421e2023.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.2","url":null,"abstract":"A Caatinga, ecossistema exclusivo brasileiro, em sua grande maioria caracterizada como clima semiárido, apresenta clima quente e chuvas irregulares, onde nas estações chuvosas surgem as lagoas temporárias. As lagoas temporárias são hábitats únicos que abrigam uma variedade de espécies de plantas e animais adaptados a condições ambientais instáveis. Com a atividade antrópica, essas lagoas temporárias cada vez mais vêm desaparecendo, trazendo fim a estes sítios ecológicos que abrigam uma quantidade significativa de espécies. Reconhecendo a importância destas espécies para a manutenção do ecossistema, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento florístico das macrófitas aquáticas presentes em lagoas temporárias na cidade de Jaguarari, BAHIA. Para isto foram realizadas coletas botânicas durante o período de 09 de dezembro de 2020 à 09 de março de 2023, onde foram visitadas as lagoas temporárias da cidade de Jaguarari, Bahia durante os períodos chuvosos. As espécies foram coletas seguindo as normas usuais de coleta, três a cinco amostras de um indivíduo em estado fértil. Após a coleta foram seguidos os padrões de secagem e herborização do material. O matérial foi incorporado ao acervo do Herbário Vale do São Francisco – HVASF. As plantas foram identificadas por métodos comparativos com outras amostras já tombadas em herbários, uso de chaves de identificação botânica e a consulta a especialistas de cada grupo. Foram analisadas quanto a sua origem e forma biológica. Sendo assim, registrados 31 táxons pertencentes a 27 gêneros e 22 famílias. As famílias mais representativas do levantamento foram Cyperaceae (quatro espécies) e Boraginaceae (três espécies). Dentre as 31 espécies coletadas 93,54% são espécies nativas, comuns em ambientes aquáticos, e 6,45% de plantas exóticas. A forma biológica que mais foi representativa no estudo se trata das plantas anfíbias (54,83%). Das 31 espécies coletadas, três são endêmicas do ecossistema Caatinga, sendo estas Echinodorus palaefolius, Pleurophora anomala, Anamaria heterophylla, de acordo com a Flora e Funga do Brasil. Portanto, conclui-se que a flora retratada nas lagoas temporárias apresenta respostas de como o ambiente está sendo manejado. O estudo destas comunidades permite que sejam criados projetos para recuperação de áreas degradadas, reduzindo o impacto da ação antrópica sobre estes ambientes. Para serem eficazes, os projetos para recuperação destas áreas terão que diferenciar as espécies que mais se beneficiam deste ambiente, controlando-as, assim como as espécies exóticas invasoras. E também entender qual papel bioindicador de cada espécie.","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"27 23","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140441806","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Anna Kelly Pereira Martins, Éville Karina Maciel Delgado Ribeiro Novaes
{"title":"SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO E DISPERSÃO DE ESPÉCIES VEGETAIS NATIVAS UTILIZADAS POR COMUNIDADES TRADICIONAIS DO PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES","authors":"Anna Kelly Pereira Martins, Éville Karina Maciel Delgado Ribeiro Novaes","doi":"10.18764/1981-6421e2023.4","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.4","url":null,"abstract":"Esse estudo teve por objetivo descrever os atributos reprodutivos e as síndromes polinização e dispersão de espécies vegetais nativas que são utilizadas como alimento e medicamento por comunidades tradicionais do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (PNLM). As observações e as coletas de flores e frutos das espécies foram realizadas quinzenalmente, entre agosto de 2018 a junho de 2019. Foram caracterizadas 40 espécies vegetais, sendo as famílias mais representativas a Fabaceae e a Myrtaceae. Os atributos florais mais frequentes foram flores em formato pincel (25%), disco (22,5%) e tubo (22,5%), flores pequenas (60%) e com coloração clara, incluindo branca, esverdeada, bege e creme, (57,5%). A maioria das flores apresentou odor (82,5%) e o sistema hermafroditismo (82,5%). As síndromes de polinização e dispersão predominantes foram melitofilia (52,5%) e zoocoria (77,5%). Essas estratégias reprodutivas representa um padrão importante para as espécies utilizadas popularmente pelas comunidades tradicionais do PNLM, havendo, portanto, maior necessidade de conservação.","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"50 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140444641","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ubirajara Santos de Carvalho, Cassiane Barroso dos Anjos, E. Almeida Jr.
{"title":"FLORA DO PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES: POLYGALACEAE","authors":"Ubirajara Santos de Carvalho, Cassiane Barroso dos Anjos, E. Almeida Jr.","doi":"10.18764/1981-6421e2023.8","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.8","url":null,"abstract":"O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses abriga importantes espécies nativas e endêmicas do Brasil, entre as quais temos as Polygalaceae. Nesse contexto, o presente estudo propôs levantar a diversidade taxonômica das espécies de Polygalaceae ocorrentes no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no trecho de Atins. Foram feitas caminhadas exploratórias na área de estudo, onde foram coletadas as Polygalaceae com flor e/ou fruto. As amostras foram herborizadas e identificadas no Laboratório de Estudos Botânicos, com o auxílio de chaves dicotômicas e literaturas especializadas. As pranchas fotográficas foram montadas a partir das fotos registradas em laboratório. Foram identificadas seis espécies de Polygalaceae, número semelhante ao encontrado em estudos nas restingas maranhenses; sendo Senega Spach o gênero mais diverso, com 3 ssp., seguido de Asemeia Raf. emend. Small (2 ssp.) e Caamembeca J.F.B.Pastore (1 sp.). Tal resultado é consistente com o estudo realizado na restinga do Pará, onde o Senega também foi o mais abundante. Observou-se que as espécies de Polygalaceae encontradas em Atins podem ser diferenciadas a partir da filotaxia, morfologia das folhas, sépalas e principalmente pela carena e sementes. Além disso, as espécies encontradas estão bem distribuídas nos domínios fitogeográficos brasileiros. Dessa forma, o parque apresentou uma rica diversidade de Polygalaceae, ressaltando a importância do estudo para a conservação. Também se evidencia a necessidade de ampliar o estudo para outras áreas e famílias botânicas, para melhor compreender a flora do parque.","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"9 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140442199","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Camila Thaiana Rueda da Silva, Nicole Cristhyne Lima Teixeira, Maria Irisvalda Leal Gondim Cavalcanti
{"title":"USO DOS GRUPOS MORFOFUNCIONAIS NA CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE DE MACROALGAS MARINHAS BENTÔNICAS DA PRAIA DE ITAQUI, LUÍS CORREIA- PI, BRASIL","authors":"Camila Thaiana Rueda da Silva, Nicole Cristhyne Lima Teixeira, Maria Irisvalda Leal Gondim Cavalcanti","doi":"10.18764/1981-6421e2023.3","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.3","url":null,"abstract":"A ficoflora do litoral piauiense é uma das menos estudadas de todo território brasileiro. Uma das maneiras de classificar as macroalgas é a utilização de grupos morfofuncionais, essa abordagem baseia-se em características morfológicas, anatômicas, fisiológicas e ecológicas. Assim, este estudo objetivou caracterizar a estrutura da comunidade de macroalgas marinhas bentônicas da praia de Itaqui-PI, utilizando a abordagem de grupos morfofuncionais. A coleta do material foi realizada na praia de Itaqui, no Piauí, em outubro de 2022, seguindo os métodos de Cavalcanti & Fujii (2021) e identificação conforme Guiry & Guiry (2023). A categorização em grupos morfofuncionais foi baseada em Steneck & Dethier (1994) e adaptações de Littler & Littler (2000) e Barbosa, Figueiredo e Testa (2008). Os exemplares foram herborizados (exsicatas) e depositados no laboratório do Instituto Federal do Piauí. Foram identificados 50 táxons, com predominância das macroalgas vermelhas do filo Rhodophyta. Os morfotipos corticados foram os mais abundantes, sugerindo um ambiente estável com baixa perturbação. Morfotipos oportunistas, como folhosos e filamentosos, estavam presentes em menor quantidade e podem indicar possíveis distúrbios no ambiente. ","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"18 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140445209","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"LACISTEMATACEAE DA ILHA DE SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL","authors":"Lucas Cardoso Marinho, E. Pereira","doi":"10.18764/1981-6421e2023.6","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.6","url":null,"abstract":"Como parte do projeto Flora da Ilha de São Luís, Maranhão, é apresentado aqui o tratamento taxonômico da família Lacistemataceae. Para o desenvolvimento deste trabalho foram consultados os herbários SLUI e MAR, na Ilha de São Luís, além de coleções disponíveis online. Ainda, foram realizadas expedições de campo em diversas áreas da ilha. Todos os espécimes conhecidos da região pertencem à Lacistema pubescens, a qual foi recoletada durante expedição de campo à região do Sítio do Físico, no Parque Estadual do Bacanga.","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"14 13","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140442785","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Clara Medina Corrêa, Ana Ximenes Gomes de Oliveira, Gabrielle Diniz Silva, Karolina Cristine Sousa Pereira, Rayane Serra Rosas, Andrea Christina Gomes de Azevedo Cutrim
{"title":"COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA EM ÁREA ANTROPIZADA NO ESTUÁRIO DO RIO ANIL, SÃO LUÍS - MA","authors":"Maria Clara Medina Corrêa, Ana Ximenes Gomes de Oliveira, Gabrielle Diniz Silva, Karolina Cristine Sousa Pereira, Rayane Serra Rosas, Andrea Christina Gomes de Azevedo Cutrim","doi":"10.18764/1981-6421e2023.11","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.11","url":null,"abstract":"Os estuários, por serem zonas de ligação entre os rios e os mares favorecem o desenvolvimento de aglomeradosurbanos e com isso, possibilitam atividades de grande impacto socioeconômico, além da sustentação de uma intensaatividade biológica, sendo autênticos viveiros e maternidades. Para a realização deste trabalho foram realizadas duas campanhas amostrais, correspondente ao período chuvoso – PC (abr/2022) e de estiagem – PE (set/2022), em marés de sizígia, durante a vazante. As coletas ocorreram em dois pontos amostrais, localizados à montante do rio, portanto, com maior aporte limnético.A área estudada corresponde ao estuário do rio Anil – ERA, sendo atualmente o estuário mais urbanizado da ilha de São Luís, MA. Foram avaliados os dados físico-químicos e os nutrientes da água do mar e a análise qualitativa do fitoplâncton, acondicionadas em frascos e transportados ao Laboratório de Biologia Vegetal e Marinha (LBVM/UEMA) e mantidas em freezer. Em seguida, as espécies do fitoplâncton foram identificadas ao menor nível taxonômico possível com o auxílio de microscópio óptico e chaves de identificação. Para os resultados relevantes têm-se que a redução dos valores de transparência de água e salinidade durante o período chuvoso ocorreu devido a um maior aporte de água recebido pelos estuários e elevada precipitação pluviométrica. Para os nutrientes, o íon amônio apresentou elevadas concentrações nos dois pontos amostrais, que pode ser resultado do lançamento contínuo de esgotos na área de estudo. No ERA, registaram-se 156 táxons do fitoplâncton, houve a predominância das diatomáceas, onde foi o grupo com o maior número de famílias e espécies durante todo o estudo, são consideradas o grupo do fitoplâncton mais importante e comum em áreas costeiras e estuarinas.","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"203 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140443597","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Hugo Henrique Silva, D. H. S. Silva, Mércia Patrícia Pereira Silva
{"title":"AS BRIÓFITAS DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE TAPACURÁ, SÃO LOURENÇO DA MATA, PERNAMBUCO, BRASIL","authors":"Hugo Henrique Silva, D. H. S. Silva, Mércia Patrícia Pereira Silva","doi":"10.18764/1981-6421e2023.5","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.5","url":null,"abstract":"Este estudo aborda a diversidade de briófitas na Estação Ecológica de Tapacurá, localizada em São Lourenço da Mata, Pernambuco, Brasil. As briófitas são plantas não vasculares, incluindo hepáticas, musgos e antóceros, que desempenham um papel importante como bioindicadores de qualidade ambiental devido à sua sensibilidade às variações ambientais e dependência de água externa. A pesquisa foi realizada em outubro de 2022, abrangendo três fragmentos da estação: Mata do Camocim, Mata do Alto da Buchada e Mata do Toró. Foram realizadas coletas exploratórias na área de estudo em outubro de 2022 em todos os substratos favoráveis ao desenvolvimento do grupo. Todas as amostras foram georreferenciadas e identificadas com dados do coletor e do substrato onde o material estava se desenvolvendo. Foram identificadas 32 espécies de briófitas, distribuídas em 26 gêneros e 13 famílias, incluindo 17 musgos e 15 hepáticas. Essa brioflora representa 5% da diversidade de Pernambuco e 9% do Nordeste. As famílias Lejeuneaceae e Fissidentaceae foram as mais ricas em espécies, com destaque para os gêneros Fissidens e Plagiochila. A família Lejeuneaceae é particularmente representativa em ambientes florestais tropicais e contribui significativamente para a diversidade de briófitas na região. Além disso, 14 espécies foram encontradas como epífitas, 10 como epíxilas, 4 como epífilas, 4 como terrícolas e 4 como rupícolas. A predominância de epífitas pode ser atribuída à abundância de árvores que servem como substratos nas florestas. A maioria das espécies foi encontrada em apenas um tipo de substrato, indicando alta especificidade de substrato. Isso pode ser resultado da heterogeneidade das condições ambientais na Estação Ecológica de Tapacurá, incluindo variações de luminosidade, umidade e temperatura. A pesquisa revela que a estação, com uma área de 330 ha, abriga uma diversidade significativa de briófitas, representando uma parte substancial da diversidade de Pernambuco e do Nordeste. No entanto, mais de 90% das espécies foram encontradas exclusivamente em um tipo de substrato, o que sugere a necessidade de estudos futuros para compreender melhor os fatores relacionados à distribuição das briófitas na região e sua alta especificidade de substrato. Em síntese, este estudo destaca a importância das briófitas como bioindicadores de qualidade ambiental e fornece informações valiosas sobre a diversidade e distribuição dessas plantas na Estação Ecológica de Tapacurá, contribuindo para o conhecimento da flora briofítica na região nordeste do Brasil.","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"152 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140443816","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ariade Nazaré Fontes da Silva, Catherine Rios Santos, E. Almeida Jr., Carmen Sílvia Zickel
{"title":"ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA VEGETAÇÃO LENHOSA DAS DUNAS DA PRAIA DO CAOLHO, SÃO LUÍS, MARANHÃO","authors":"Ariade Nazaré Fontes da Silva, Catherine Rios Santos, E. Almeida Jr., Carmen Sílvia Zickel","doi":"10.18764/1981-6421e2023.9","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.9","url":null,"abstract":"O objetivo desse estudo foi analisar a estrutura e a composição lenhosa da vegetação de dunas urbanas da praia do Caolho, São Luís, Maranhão. A análise estrutural da vegetação lenhosa foi realizada pelo método de ponto quadrante, totalizando 50 pontos. Foram medidas as plantas com diâmetro a altura do solo (DAS) ≥ 3cm. As plantas foram coletadas, identificadas, herborizadas e inseridas no Herbário MAR e PEUFR. Os parâmetros estruturais, o Índice de Shannon e Equabilidade de Pielou foram analisados. A análise estrutural resultou em 35 espécies, 31 gêneros e 20 famílias. As famílias com maior riqueza foram Fabaceae, Myrtaceae e Rubiaceae, com quatro espécies cada. O maior valor de importância foi encontrado em Attalea speciosa, Byrsonima crassifolia e Astrocaryum vulgare. O índice de Shannon foi 2,36 nat.ind-1 e a equabilidade de 0,66. A vegetação lenhosa da praia do Caolho é espaçada, com plantas de porte baixo e caules de calibre grosso. Porém, em áreas de dunas, os grandes diâmetros estão relacionados aos indivíduos perfilhados devido a soma de suas ramificações. Diante dos dados apresentados, enfatiza-se a importância de medidas de restauração e proteção das dunas urbanas para que o processo de resiliência garanta a continuidade dos padrões ecológicos da área.","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"38 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140444388","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Samarah Christina Cantanhede Ferreira, Karine De Sousa Silva, Priscya Etielle Silva Farias, Arthur Baeta Coutinho, Ilisandra Zanandrea
{"title":"EFEITOS DO MANGANÊS NA MORFOLOGIA DA Lemna minor L. (Araceae)","authors":"Samarah Christina Cantanhede Ferreira, Karine De Sousa Silva, Priscya Etielle Silva Farias, Arthur Baeta Coutinho, Ilisandra Zanandrea","doi":"10.18764/1981-6421e2023.7","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.7","url":null,"abstract":"O presente trabalho objetivou comparar as respostas fisiológicas da espécie Lemna minor L. frente ao aumento da concentração do metal manganês (Mn) em solução nutritiva, e se essas plantas são capazes de fitorremediar ambientes com altas concentrações deste metal pesado. As plantas foram coletadas em lagos artificiais, sem aparente contaminação por manganês, localizado no Viveiro Tracoá na região de São José de Ribamar - MA. O experimento foi realizado em placas de petri, onde foram adicionados 350 ml de solução nutritiva de Hoagland acrescida de doses crescentes de Mn (0; 0,2; 0,5 e 0,7mM)) na forma de MnCl₂, com 1 ⁄ 4 de força iônica. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições, sendo a unidade experimental constituída por 30 plantas. Foram avaliadas características morfológicas da espécie submetidas a concentrações crescentes de Mn. Os indivíduos de todos os tratamentos, exceto o tratamento controle, apresentaram sintomas visuais de toxidez, observando- se, cloroses, enrugamento e enrolamento da lâmina foliar e necroses. Apesar disso, não houve morte de nenhuma planta de L. minor, o que sugere que é uma espécie que possui capacidade para acumular este elemento sem grandes prejuízos para as plantas. Dessa maneira, conclui-se que a espécie L.minor, apresenta potencial para ser utilizada na fitorremediação e oferece um novo recurso para explorar e descobrir os mecanismos de acúmulo do Mn nas plantas, além de auxiliar na limpeza de águas contaminadas.","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"46 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140444678","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"PROCELLARIIFORMS OF MARANHÃO: FIELD DATA ON SPECIES OCCURRENCE AND PHENOLOGY IN A NORTHERN BRAZILIAN COAST","authors":"Carlos Martínez","doi":"10.18764/1981-6421e2022.8","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/1981-6421e2022.8","url":null,"abstract":"Procellariforms are pelagic seabirds found worldwide. They are more abundant in cold waters, but several species are found in tropical oceans. They are not expected to be abundant in Northern Brazil, but even this being true, a number of birds should be found in the region. So, the few number of reports suggest that the region has been strongly undersampled. Between 2008 and 2016, I have performed 20 land-based and 10 fishing boat daily surveys in Central Maranhão coast, in several sites between Maiaú Island and Caburé beach. I have included also some previous occasional records, and compared all these data with the few available reports from the literature. Indeed, procellariform numbers were not high; however, I found around 120 birds from nine species. Among them, birds from the Calonectris diomedea group (either C. borealis, C. edwardsii, or both) seemed to be regular in the region as a small wintering population in December and January. Oceanites oceanicus could be regular in small numbers as a post-breeding migrant in April. And Ardenna gravis has been reported several times, but up to now data are insufficient to show any well defined phenological pattern.","PeriodicalId":114370,"journal":{"name":"Boletim do Laboratório de Hidrobiologia","volume":"24 17","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140450280","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}