“教学研究扩展”中的叙事和图像

IF 1.1 Q3 EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH
Nilda Alves
{"title":"“教学研究扩展”中的叙事和图像","authors":"Nilda Alves","doi":"10.14507/er.v30.3755","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O começo de qualquer história é decidido por quem a conta ou a escreve. Num exemplo: a história de Chapeuzinho Vermelho começa quando ela já pode atravessar a floresta sozinha, mesmo se sabendo da existência do Lobo Mal.Começo, assim, esta minha história no ano de 1949. Tinha seis anos, feitos em setembro do ano anterior, e acabara de aprender a escrever meu nome. Meu pai e minha mãe, que pertenciam ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), então na ilegalidade, passavam pela família um abaixo-assinado a favor da paz e contra as armas atômicas. Vendo esse movimento, num dia de festa, na família materna, perguntei: eu posso assinar? Papai me estendeu a folha de papel e eu assinei meu nome, com todo o cuidado que só temos aos seis anos de idade.\nCreio que este começo me foi sugerido, neste momento tão difícil deste mundo, em que as grandes potências voltaram a se ameaçar e a nos ameaçar com as bombas atômicas que possuem.\nÉ desse acontecimento comum, cotidiano, que existe – como em todo ato humano - em suas dimensões éticas, estéticas, políticas e poéticas, aquele de que quero partir para narrar a minha história.\nEla terá três direções: 1) minha ‘atuaçãoformação’ como docente, da escola básica à pós-graduação; 2) minha ‘atuaçãoformação’ como pesquisadora, do curso de Geografia, na Faculdade Nacional de Filosofia/Universidade de Brasil ao doutorado e pós-doutorado desenvolvido na França e com minha atuação em duas universidades localizadas no Estado do Rio de Janeiro – a Universidade Federal Fluminense e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 3) minha ‘atuaçãoformação’ política no campo da Educação, com os exercícios de dirigente em algumas associações e a militância acadêmica diversa nessas mesmas associações.\nCabe explicar, para poder continuar, porque escrevi ‘docênciapesquisaextensão’ no título do texto. Há muito, desenvolvendo trabalhos nos/dos/com os cotidianos, percebemos que as dicotomias criadas, necessariamente, para fazer surgir as ciências na Modernidade (DARNTON, 1986) estavam criando limites ao que precisávamos criar com nossos processos de ‘docênciapesquisaextensão’. Para nos lembrar sempre disso – da forte formação que temos no pensamento da Modernidade e seus processos – começamos a escrever juntos e em itálico, os termos antes dicotomizados. As aspas simples apareceram depois que alguns editores “corrijiam’ para prática-teoria, o modo como escrevíamos: práticateoria.\nHoje, ampliamos bem este uso, para mostrar, por exemplo, processos concomitantes que realizamos nas pesquisas que desenvolvemos – ‘verouvirsentirpensar’ um filme ou ‘docênciapesquisaextensão’, como aparece no título deste texto.","PeriodicalId":43845,"journal":{"name":"Multicultural Education Review","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":1.1000,"publicationDate":"2023-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Narrativas e imagens na/da/com a ‘docênciapesquisaextensão’\",\"authors\":\"Nilda Alves\",\"doi\":\"10.14507/er.v30.3755\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O começo de qualquer história é decidido por quem a conta ou a escreve. Num exemplo: a história de Chapeuzinho Vermelho começa quando ela já pode atravessar a floresta sozinha, mesmo se sabendo da existência do Lobo Mal.Começo, assim, esta minha história no ano de 1949. Tinha seis anos, feitos em setembro do ano anterior, e acabara de aprender a escrever meu nome. Meu pai e minha mãe, que pertenciam ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), então na ilegalidade, passavam pela família um abaixo-assinado a favor da paz e contra as armas atômicas. Vendo esse movimento, num dia de festa, na família materna, perguntei: eu posso assinar? Papai me estendeu a folha de papel e eu assinei meu nome, com todo o cuidado que só temos aos seis anos de idade.\\nCreio que este começo me foi sugerido, neste momento tão difícil deste mundo, em que as grandes potências voltaram a se ameaçar e a nos ameaçar com as bombas atômicas que possuem.\\nÉ desse acontecimento comum, cotidiano, que existe – como em todo ato humano - em suas dimensões éticas, estéticas, políticas e poéticas, aquele de que quero partir para narrar a minha história.\\nEla terá três direções: 1) minha ‘atuaçãoformação’ como docente, da escola básica à pós-graduação; 2) minha ‘atuaçãoformação’ como pesquisadora, do curso de Geografia, na Faculdade Nacional de Filosofia/Universidade de Brasil ao doutorado e pós-doutorado desenvolvido na França e com minha atuação em duas universidades localizadas no Estado do Rio de Janeiro – a Universidade Federal Fluminense e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 3) minha ‘atuaçãoformação’ política no campo da Educação, com os exercícios de dirigente em algumas associações e a militância acadêmica diversa nessas mesmas associações.\\nCabe explicar, para poder continuar, porque escrevi ‘docênciapesquisaextensão’ no título do texto. Há muito, desenvolvendo trabalhos nos/dos/com os cotidianos, percebemos que as dicotomias criadas, necessariamente, para fazer surgir as ciências na Modernidade (DARNTON, 1986) estavam criando limites ao que precisávamos criar com nossos processos de ‘docênciapesquisaextensão’. Para nos lembrar sempre disso – da forte formação que temos no pensamento da Modernidade e seus processos – começamos a escrever juntos e em itálico, os termos antes dicotomizados. As aspas simples apareceram depois que alguns editores “corrijiam’ para prática-teoria, o modo como escrevíamos: práticateoria.\\nHoje, ampliamos bem este uso, para mostrar, por exemplo, processos concomitantes que realizamos nas pesquisas que desenvolvemos – ‘verouvirsentirpensar’ um filme ou ‘docênciapesquisaextensão’, como aparece no título deste texto.\",\"PeriodicalId\":43845,\"journal\":{\"name\":\"Multicultural Education Review\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":1.1000,\"publicationDate\":\"2023-06-07\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Multicultural Education Review\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.14507/er.v30.3755\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q3\",\"JCRName\":\"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Multicultural Education Review","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14507/er.v30.3755","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

摘要

任何故事的开始都是由谁来讲述或写的。举个例子:小红帽的故事开始于她可以独自穿越森林的时候,即使她知道坏狼的存在。我六岁,去年9月出生,刚刚学会了写自己的名字。我的父亲和母亲是巴西共产党(PCB)的成员,当时是非法的,他们在家里签署了一份支持和平和反对原子武器的请愿书。在一个庆祝的日子里,在母亲的家庭里看到这个运动,我问:我能签名吗?爸爸把那张纸递给我,我小心翼翼地在自己的名字上签名,就像我们六岁时才有的那样。我认为,在这个世界上最困难的时刻,当大国再次用它们所拥有的原子弹威胁彼此和我们时,这一开始是向我提出的。正是这种共同的、日常的事件,存在于每一个人类行为中,在它的伦理、美学、政治和诗意方面,我想从它开始讲述我的故事。它将有三个方向:1)我作为教师的“表演培训”,从小学到研究生;2)我的‘atuaçãoformação’作为一个研究者,国家地理课程,在大学的哲学/巴西大学到博士和博士后在法国和我在两所大学位于里约热内卢联邦大学—巴西里约热内卢州大学;3)我在教育领域的政治“行动形成”,在一些协会担任领导职务,并在这些协会中从事各种学术活动。为了继续,有必要解释一下为什么我在标题中写了“教学研究扩展”。很久以前,当我们在日常生活中发展工作时,我们意识到为使科学在现代性中出现而必然创造的二分法(DARNTON, 1986)对我们需要通过“教学、研究和扩展”过程创造的东西造成了限制。为了永远记住这一点——关于我们在思考现代性及其过程中所拥有的强大形态——我们开始用斜体一起书写之前被一分为二的术语。简单的引号出现在一些编辑“纠正”实践理论之后,我们写的方式是:实践理论。今天,我们很好地扩展了这个用法,例如,展示了我们在研究中所做的伴随过程——“看、听、感觉、思考”一部电影或“教学、研究、扩展”,正如本文标题所示。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Narrativas e imagens na/da/com a ‘docênciapesquisaextensão’
O começo de qualquer história é decidido por quem a conta ou a escreve. Num exemplo: a história de Chapeuzinho Vermelho começa quando ela já pode atravessar a floresta sozinha, mesmo se sabendo da existência do Lobo Mal.Começo, assim, esta minha história no ano de 1949. Tinha seis anos, feitos em setembro do ano anterior, e acabara de aprender a escrever meu nome. Meu pai e minha mãe, que pertenciam ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), então na ilegalidade, passavam pela família um abaixo-assinado a favor da paz e contra as armas atômicas. Vendo esse movimento, num dia de festa, na família materna, perguntei: eu posso assinar? Papai me estendeu a folha de papel e eu assinei meu nome, com todo o cuidado que só temos aos seis anos de idade. Creio que este começo me foi sugerido, neste momento tão difícil deste mundo, em que as grandes potências voltaram a se ameaçar e a nos ameaçar com as bombas atômicas que possuem. É desse acontecimento comum, cotidiano, que existe – como em todo ato humano - em suas dimensões éticas, estéticas, políticas e poéticas, aquele de que quero partir para narrar a minha história. Ela terá três direções: 1) minha ‘atuaçãoformação’ como docente, da escola básica à pós-graduação; 2) minha ‘atuaçãoformação’ como pesquisadora, do curso de Geografia, na Faculdade Nacional de Filosofia/Universidade de Brasil ao doutorado e pós-doutorado desenvolvido na França e com minha atuação em duas universidades localizadas no Estado do Rio de Janeiro – a Universidade Federal Fluminense e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 3) minha ‘atuaçãoformação’ política no campo da Educação, com os exercícios de dirigente em algumas associações e a militância acadêmica diversa nessas mesmas associações. Cabe explicar, para poder continuar, porque escrevi ‘docênciapesquisaextensão’ no título do texto. Há muito, desenvolvendo trabalhos nos/dos/com os cotidianos, percebemos que as dicotomias criadas, necessariamente, para fazer surgir as ciências na Modernidade (DARNTON, 1986) estavam criando limites ao que precisávamos criar com nossos processos de ‘docênciapesquisaextensão’. Para nos lembrar sempre disso – da forte formação que temos no pensamento da Modernidade e seus processos – começamos a escrever juntos e em itálico, os termos antes dicotomizados. As aspas simples apareceram depois que alguns editores “corrijiam’ para prática-teoria, o modo como escrevíamos: práticateoria. Hoje, ampliamos bem este uso, para mostrar, por exemplo, processos concomitantes que realizamos nas pesquisas que desenvolvemos – ‘verouvirsentirpensar’ um filme ou ‘docênciapesquisaextensão’, como aparece no título deste texto.
求助全文
通过发布文献求助,成功后即可免费获取论文全文。 去求助
来源期刊
Multicultural Education Review
Multicultural Education Review EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH-
CiteScore
1.80
自引率
0.00%
发文量
17
期刊介绍: Multicultural Education Review (MER) is a peer-reviewed journal for research about diversity and equity in education. Aiming to provide a truly international and multidisciplinary forum for the discussion of educational issues, MER welcomes original contributions that explore various aspects of policy and practice in education around the world. As an official scholarly journal of the Korean Association for Multicultural Education, MER is published in March, June, September, and December.
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
确定
请完成安全验证×
copy
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
右上角分享
点击右上角分享
0
联系我们:info@booksci.cn Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。 Copyright © 2023 布克学术 All rights reserved.
京ICP备2023020795号-1
ghs 京公网安备 11010802042870号
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:481959085
Book学术官方微信