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Abstract
Esse artigo objetiva evidenciar diálogos, forças e encruzilhadas que se desnudam nos possíveis atravessamentos entre o Cinema, a concepção de Cyber-educação (Cyberformação) e a busca por decolonialidades matemáticas em planos de aula que discutem relações coloniais (racismo e xenofobia, por exemplo). Em termos teóricos, situamos a ordem da estrutura estabelecida como ponto de partida no que seria uma aula de Matemática, perpassamos como “alter(n)ativa” as desordens da (re)invenção, principalmente, frente aquilo que importa ser discutido: a colonialidade do ser, do saber e do poder em aulas de matemática e experienciamos o Cinema como tecnologia cultural e política, de modo a concebê-lo como meio de revelação à responsabilidade social e à héxis política na educação matemática. Metodologicamente, analisamos dois planos de aula de participantes de uma disciplina de pós-graduação em Ensino de Matemática que tomaram como foco a xenofobia e o racismo, em confluência com a análise de cenas dos filmes sugeridos na disciplina, embasada em artigos científicos. Consideramos que os atravessamentos entre Cinema, Cyber-educação e possíveis decolonialidades matemáticas perpassam o modo de ser-com e pensar-com-o-filme, porém avançam nas gretas de reflexão e transposição de problemas por nós condicionadas no campo da educação matemática, de forma a provocarem/educarem um mundo que não seja de uma única narrativa e voltem-se em oposição a qualquer tipo de injustiça social que não é mais do que uma (im)posição colonial.