Maria Izabel Machado, Jéssica Rodrigues da Silva Bueno
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O presente artigo aborda tensões na militarização de escolas públicas em Goiás, buscando compreender como os indivíduos concebem estratégias de (re)existência às tentativas de padronização de seus corpos. Como referencial, os conceitos de tecnologias de si, vigilância e punição, em Michel Foucault (1999, 2004, 2005) e Guacira Louro (2022). A pesquisa é qualitativa, com dados obtidos via entrevistas semiestruturadas. Como resultados, a ideia de que os/as sujeitos/as que mais escapam à normalização branca, classe média e heterossexual são os/as que precisam desenvolver mais estratégias de sobrevivência institucional. Para mulheres, negras e homossexuais, a vigilância é acrescida do componente interrelacional, operada por colegas imbuídos/as de senso de dever no cumprimento às normas, por mais contrárias à lógica ou ao sucesso didático pedagógico. Salientamos a coexistência de múltiplas subjetividades entre os polos de adesão integral ao modelo disciplinar e o de ser ‘convidado a se retirar’ por inadaptação.