Eduardo Cavalcanti de Medeiros, Carlos Augusto Peixoto Júnior
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Na clínica psicanalítica contemporânea temos nos defrontado, cada vez mais, com impasses técnicos que nos exigem repensar a teoria sobre a técnica psicanalítica. Essa revisão teórica se justifica a partir de uma maior incidência de quadros clínicos cujo dinamismo psíquico não se encontra balizado hegemonicamente pela lógica do recalque, mas pela predominância de outros mecanismos defensivos, como a clivagem/splitting do eu, e formas de expressão não verbais como passagens ao ato e acting outs. Diante da necessidade de reconfigurar alguns parâmetros da técnica psicanalítica, delimitamos como objetivo deste artigo a investigação do tema do manejo clínico das regressões em análise a partir das contribuições teórico-clínicas de Sándor Ferenczi e de seus desdobramentos e avanços propostos Michael Balint. Assim, pretendemos extrair das modificações no dispositivo analítico propostas por esses autores, elementos que nos ajudem a pensar o manejo clínico com pacientes cujo sofrimento remete às falhas traumáticas dos primórdios da constituição subjetiva.