黑人在小学八年级地理教科书中的表现:第一次讨论

A. Oliveira, Adriany de Ávila Melo Sampaio
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Pelo referencial teórico investigado, percebeu-se que o negro tem sido representado de forma inferiorizada no âmbito educacional, sendo a Lei 10.639/2003 responsável por construir uma outra representação ao negro, dessa vez desvinculada da subalternização. Porém, após a análise dos Livros Didáticos em estudo, verificou-se que, mesmo com a lei, houve uma pequena mudança na representação da imagem do negro que contribuiu, em parte, para a desconstrução do racismo, da invisibilidade e subalternização do povo negro. Desse modo, considerando o livro uma ferramenta pedagógica, é preciso que os professores de Geografia identifiquem os estereótipos contidos no conteúdo e ensinem sobre o Continente Africano de forma que haja tempo suficiente para sua reflexão. 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摘要

本文是一项文献研究的结果,其目的是通过2014年国家教科书计划(PNLD)批准的两套教科书中的图像来分析非洲和非洲人民的代表性。为了进行分析,我们选择了小学八年级的书籍。用于分析代表性的参数是:a)联邦法律10.639/2003,该法律规定在小学和高中强制教授非裔巴西人的历史和文化;b)重视非洲和非洲后裔文化;c)打击种族主义的潜力。通过研究的理论框架,我们注意到黑人在教育领域被以一种低人一等的方式表现出来,法律10.639/2003负责建立另一种黑人的表现,这一次脱离了低人一等。然而,在对所研究的教科书进行分析后发现,即使有了法律,黑人形象的表现也有了微小的变化,这在一定程度上促成了种族主义的解构、黑人的隐形和次等化。因此,考虑到这本书是一种教学工具,地理教师有必要识别内容中包含的刻板印象,并对非洲大陆进行教学,以便有足够的时间进行反思。需要理解和承认黑人嫌犯的故事和他们的后代是参与者的巴西文化的形成,在批评和反思,通过学习地理和民族关系的恋爱,能带给非洲的内容研究的思想和实践antirracistas和反歧视,与项目教学促进多元化和种族平等。在地理学科中讨论种族-种族问题,可以解构关于非洲大陆的种族主义刻板印象,以及公民教育所必需的其他问题。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
A representação do negro nos livros didáticos de Geografia do 8° ano do ensino fundamental: primeiras discussões
Este artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo foi analisar a representação da África e do povo africano, por meio de imagens contidas em duas coleções de Livros Didáticos aprovados no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2014. Para essa análise, foram escolhidos os livros do 8° ano do Ensino Fundamental. Os parâmetros utilizados para a análise da representação foram: a) a Lei Federal 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio; b) a valorização da cultura africana e afrodescendente; c) potencialidade de combate ao racismo. Pelo referencial teórico investigado, percebeu-se que o negro tem sido representado de forma inferiorizada no âmbito educacional, sendo a Lei 10.639/2003 responsável por construir uma outra representação ao negro, dessa vez desvinculada da subalternização. Porém, após a análise dos Livros Didáticos em estudo, verificou-se que, mesmo com a lei, houve uma pequena mudança na representação da imagem do negro que contribuiu, em parte, para a desconstrução do racismo, da invisibilidade e subalternização do povo negro. Desse modo, considerando o livro uma ferramenta pedagógica, é preciso que os professores de Geografia identifiquem os estereótipos contidos no conteúdo e ensinem sobre o Continente Africano de forma que haja tempo suficiente para sua reflexão. É preciso entender e reconhecer a história do sujeito negro e seus descendentes como participantes da formação da cultura brasileira, de forma crítica e reflexiva, e, por meio do ensino de Geografia e das Relações Étnico-Raciais, o conteúdo do estudo da África pode trazer ideias e práticas antirracistas e antidiscriminatórias, associado a projetos pedagógicos que promovam a pluralidade e a igualdade racial para todos. Debater a questão étnico-racial na disciplina de Geografia permite desconstruir estereótipos racistas criados a respeito do Continente Africano, entre outras questões necessárias à formação cidadã.
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