{"title":"面向对象分类技术在阿奎达瓦纳潘塔纳尔土地利用和植被覆盖制图中的应用","authors":"Leandro Francisco da Silva, Vitor Matheus Bacani","doi":"10.4025/BOLGEOGR.V37I1.36906","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O Pantanal brasileiro é uma das maiores planícies inundáveis do mundo, influenciado principalmente pelo regime hídrico entre os períodos de cheias e de secas, além de apresentar um mosaico com diferentes tipos de vegetação, distribuído em 11 sub-regiões. A sub-região do Pantanal de Aquidauana destaca-se pelo desenvolvimento da pecuária extensiva de bovinos, que ao longo dos últimos anos tem promovido alterações principalmente na substituição das formações vegetais naturais para à introdução de capins exóticos provocando rápidas mudanças e transformações na paisagem. Este estudo tem por objetivo geral mapear os modos de uso da terra e as diferentes formações vegetais que compõe a cobertura vegetal do Pantanal de Aquidauana entre os anos de 1984, 1993, 2000 e 2015. Os métodos utilizados foram as técnicas de classificação orientada a objeto (OBIA - Object-Based Image Analysis). O resultado culminou em quatro mapas, com onze classes temáticas que são: 1) Savana Florestada, 2) Savana Arborizada, 3) Savana Gramíneo-Lenhosa, 4) Encrave, 5) Ecótono, 6) Formações Pioneiras, 7) Vegetação Ciliar, 8) Pastagem Plantada, 9) Baía, 10) Vazantes e 11) Solo Exposto). Foram detectadas mudanças significativas na paisagem do Pantanal de Aquidauana entre os anos de 1984 e 2015, destacando o aumento nas áreas de pastagem plantadas que atualmente ocupam 40,17% da região e consequência disto houve uma diminuição nas áreas de vegetação nativa como a savana florestada (6,22%), arborizada (22,96%) gramíneo-lenhosa (12,68%); áreas de contatos florísticos: encrave (0,33%), ecótono (6,31%) e formações pioneiras (5,25%) e vegetação ciliar (4,06%). Constatou-se também redução nas áreas de baía (0,58%), vazantes (0,75%) e solo exposto (0,68%). 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Foram detectadas mudanças significativas na paisagem do Pantanal de Aquidauana entre os anos de 1984 e 2015, destacando o aumento nas áreas de pastagem plantadas que atualmente ocupam 40,17% da região e consequência disto houve uma diminuição nas áreas de vegetação nativa como a savana florestada (6,22%), arborizada (22,96%) gramíneo-lenhosa (12,68%); áreas de contatos florísticos: encrave (0,33%), ecótono (6,31%) e formações pioneiras (5,25%) e vegetação ciliar (4,06%). Constatou-se também redução nas áreas de baía (0,58%), vazantes (0,75%) e solo exposto (0,68%). 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UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE CLASSIFICAÇÃO ORIENTADA A OBJETO NO MAPEAMENTO DO USO DA TERRA E COBERTURA VEGETAL NO PANTANAL DE AQUIDAUANA
O Pantanal brasileiro é uma das maiores planícies inundáveis do mundo, influenciado principalmente pelo regime hídrico entre os períodos de cheias e de secas, além de apresentar um mosaico com diferentes tipos de vegetação, distribuído em 11 sub-regiões. A sub-região do Pantanal de Aquidauana destaca-se pelo desenvolvimento da pecuária extensiva de bovinos, que ao longo dos últimos anos tem promovido alterações principalmente na substituição das formações vegetais naturais para à introdução de capins exóticos provocando rápidas mudanças e transformações na paisagem. Este estudo tem por objetivo geral mapear os modos de uso da terra e as diferentes formações vegetais que compõe a cobertura vegetal do Pantanal de Aquidauana entre os anos de 1984, 1993, 2000 e 2015. Os métodos utilizados foram as técnicas de classificação orientada a objeto (OBIA - Object-Based Image Analysis). O resultado culminou em quatro mapas, com onze classes temáticas que são: 1) Savana Florestada, 2) Savana Arborizada, 3) Savana Gramíneo-Lenhosa, 4) Encrave, 5) Ecótono, 6) Formações Pioneiras, 7) Vegetação Ciliar, 8) Pastagem Plantada, 9) Baía, 10) Vazantes e 11) Solo Exposto). Foram detectadas mudanças significativas na paisagem do Pantanal de Aquidauana entre os anos de 1984 e 2015, destacando o aumento nas áreas de pastagem plantadas que atualmente ocupam 40,17% da região e consequência disto houve uma diminuição nas áreas de vegetação nativa como a savana florestada (6,22%), arborizada (22,96%) gramíneo-lenhosa (12,68%); áreas de contatos florísticos: encrave (0,33%), ecótono (6,31%) e formações pioneiras (5,25%) e vegetação ciliar (4,06%). Constatou-se também redução nas áreas de baía (0,58%), vazantes (0,75%) e solo exposto (0,68%). A validação dos mapeamentos permitiu classifica-los como excelente, segundo parâmetros estatísticos (Índice Kappa e a Acurácia Global).