Amélia Escotto do Amaral Ribeiro, Alessandra Ribeiro Baptista, Alexandre do Amaral Ribeiro
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Assim, apoiando-se nas contribuições de Lomonico (2005), Franco, Libâneo e Pimenta (2011), Almeida, Souza e Placco (2016), este artigo tem como foco a formação de professores como atribuição do orientador pedagógico especialmente no âmbito da escola pública. Considerando as atribuições do orientador pedagógico, prescritas legislativamente, e suas atividades do cotidiano (Malinoski, 2014), objetiva explicitar quais ações, voltadas para a formação de professores, são operacionalizadas pelos orientadores pedagógicos. Toma como base resultados de estudo descritivo de natureza qualitativa (Gatti & André, 2011) cujos dados foram produzidos a partir de entrevistas semiestruturadas com orientadoras pedagógicas de escolas públicas do Município de Duque de Caxias/RJ. Os resultados apontam que as orientadoras pedagógicas entrevistadas reconhecem a formação de professores como uma das suas atribuições, a entendem como essencial para que a escola se transforme em espaço de formação cidadã e afirmam a intenção de dar mais atenção a esse aspecto. Apesar desse reconhecimento, relatam que o seu cotidiano é atravessado por atividades administrativas, de acompanhamento dos professores e por outras rotinas escolares que dificultam a proposição de ações de formação mais sistemáticas e menos contingenciais. 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A formação de professores como atribuição do orientador pedagógico – entre as atribuições e as teias do cotidiano
Com a democratização do ensino, torna-se necessário rever o desenho da organização escolar para atender à pluralidade de perfis e expectativas da sociedade e seus sujeitos. No universo escolar, esses perfis plurais abrangem não apenas os alunos, mas também os professores e demais atores. Nesse cenário, reconfiguram-se práticas e processos educativos e pedagógicos (Alarcão & Roldão, 2008; Brzezinski, 2014). Essa reconfiguração influencia diretamente a formação de professores, evidencia a necessidade da escola se constituir como espaço de formação e destaca a importância do orientador pedagógico para que isso aconteça. Assim, apoiando-se nas contribuições de Lomonico (2005), Franco, Libâneo e Pimenta (2011), Almeida, Souza e Placco (2016), este artigo tem como foco a formação de professores como atribuição do orientador pedagógico especialmente no âmbito da escola pública. Considerando as atribuições do orientador pedagógico, prescritas legislativamente, e suas atividades do cotidiano (Malinoski, 2014), objetiva explicitar quais ações, voltadas para a formação de professores, são operacionalizadas pelos orientadores pedagógicos. Toma como base resultados de estudo descritivo de natureza qualitativa (Gatti & André, 2011) cujos dados foram produzidos a partir de entrevistas semiestruturadas com orientadoras pedagógicas de escolas públicas do Município de Duque de Caxias/RJ. Os resultados apontam que as orientadoras pedagógicas entrevistadas reconhecem a formação de professores como uma das suas atribuições, a entendem como essencial para que a escola se transforme em espaço de formação cidadã e afirmam a intenção de dar mais atenção a esse aspecto. Apesar desse reconhecimento, relatam que o seu cotidiano é atravessado por atividades administrativas, de acompanhamento dos professores e por outras rotinas escolares que dificultam a proposição de ações de formação mais sistemáticas e menos contingenciais. Constata-se, portanto, que um entendimento mais amplo da formação de professores como atribuição do orientador pedagógico implica considerar as articulações entre o prescrito, o pretendido e o realizado.