Caio Petroni de Senzi Barreira, V. Da Silva Musa, Márcio Pereira Morato, Rafael Pombo Menezes
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Foi utilizado o teste qui-quadrado para análise dos dados. Os resultados apontaram semelhanças para a conclusão do ataque mediante situações de igualdade com a utilização dos sistemas fechados (GO=47,3%; NG=33,6%; PP=19,1%) e dos sistemas abertos (GO=46,0%; NG=34,3%; PP=19,7%). Para essa situação, demonstrou-se que a utilização dos sistemas fechados provoca o encerramento da posse mais distante do gol (9m-=56,9%; 9m+=43,1%), quando comparado à utilização dos sistemas abertos (9m-=64,5%; 9m+=35,5%). Em situações de superioridade numérica defensiva a utilização dos sistemas abertos (GO=28,6%; NG=53,6%; PP=17,9%), quando comparados aos sistemas fechados (GO=49,3%; NG=29,6%; PP=21,1%), apresentou maior eficácia nos resultados das ações. Além disso, as sequências se encerraram mais distantes do gol quando foram utilizados sistemas abertos (9m-=42,9%; 9m+=57,1%) em comparação aos sistemas fechados (9m-=68,3%; 9m+=31,7%). Conclui-se que a escolha do sistema defensivo deve ser pautada no modelo de jogo da equipe e nas relações recorrentes do jogo, nos momentos de igualdade numérica (mais frequentes). Porém, em momentos de vantagem numérica defensiva limitar o espaço e o tempo para que os atacantes tomem decisões mostra-se como uma estratégia eficaz.","PeriodicalId":40746,"journal":{"name":"Pensar en Movimiento-Revista de Ciencias del Ejercicio y la Salud","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.3000,"publicationDate":"2021-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Eficácia dos sistemas defensivos em superioridade e igualdade numérica no handebol: panorama de uma competição europeia\",\"authors\":\"Caio Petroni de Senzi Barreira, V. 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Eficácia dos sistemas defensivos em superioridade e igualdade numérica no handebol: panorama de uma competição europeia
As ações e escolhas realizadas durante a fase defensiva no handebol podem ser determinantes para os resultados das partidas. Análises abordando essa fase do jogo vêm sendo realizadas para identificar aspectos determinantes e que possam auxiliar no planejamento e treinamentos das equipes. Este estudo teve como objetivo analisar a influência das relações numéricas nos sistemas defensivos fechados e abertos no handebol de alto nível. Para isso foram analisados 12 jogos do campeonato europeu de handebol de clubes, cujo instrumento de análise permitiu identificar a relação numérica do jogo (superioridade ou igualdade numérica defensiva) e quantificar os resultados (GO: gol; NG: não-gol; PP: perda de posse da bola) e os locais em que se encerraram as ações ofensivas. Foi utilizado o teste qui-quadrado para análise dos dados. Os resultados apontaram semelhanças para a conclusão do ataque mediante situações de igualdade com a utilização dos sistemas fechados (GO=47,3%; NG=33,6%; PP=19,1%) e dos sistemas abertos (GO=46,0%; NG=34,3%; PP=19,7%). Para essa situação, demonstrou-se que a utilização dos sistemas fechados provoca o encerramento da posse mais distante do gol (9m-=56,9%; 9m+=43,1%), quando comparado à utilização dos sistemas abertos (9m-=64,5%; 9m+=35,5%). Em situações de superioridade numérica defensiva a utilização dos sistemas abertos (GO=28,6%; NG=53,6%; PP=17,9%), quando comparados aos sistemas fechados (GO=49,3%; NG=29,6%; PP=21,1%), apresentou maior eficácia nos resultados das ações. Além disso, as sequências se encerraram mais distantes do gol quando foram utilizados sistemas abertos (9m-=42,9%; 9m+=57,1%) em comparação aos sistemas fechados (9m-=68,3%; 9m+=31,7%). Conclui-se que a escolha do sistema defensivo deve ser pautada no modelo de jogo da equipe e nas relações recorrentes do jogo, nos momentos de igualdade numérica (mais frequentes). Porém, em momentos de vantagem numérica defensiva limitar o espaço e o tempo para que os atacantes tomem decisões mostra-se como uma estratégia eficaz.