{"title":"Emmi Pikler的方法:对婴儿和幼儿教育环境的观察","authors":"O. Almeida, A. P. Melim","doi":"10.9771/RE.V8I2.29002","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A constituição de um Grupo de Estudos voltado à Infância pressupõe na abertura de possibilidades para a realização de estudos e pesquisas que abarquem as vidas das crianças em diversos contextos sociais, históricos e culturais, e, na medida em que conhecimentos produzidos sobre a infância propagam-se, novos desafios surgem, favorecendo a criação de circunstâncias investigativas que provoquem estudos e reflexões importantes à consolidação das bases teóricas que trazem mudanças na qualidade de vida das crianças, sustentam práticas docentes e de formação de professores e propicie a criação de novos olhares investigativos sobre os contextos educativos da infância. Tem sido objeto de estudo e investigação do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação da Infância – GREEI/MS os fundamentos teórico-práticos, que carregam em si concepções de infância, e subsidiam o desenvolvimento de práticas educativas junto às crianças de 0 até 6 anos, especialmente, aqueles que se voltam à compreensão dos processos de constituição dessas práticas. Em nossos estudos e pesquisas vimos que historicamente, ao logo dos últimos 5 séculos, vários pensadores foram responsáveis pelo delineamento de teorias que expressaram concepções de infância, ao mesmo tempo em que contribuíram para a construção de propostas educativas para as crianças. Dentre esses pensadores, destacamos Comenios (1592-1670), Rousseau (1712-1770), Pestalozzi (1746-1827), Froebel (1782-1852), Decroly (1871 – 1932), Dewey (1859-1952), Montessori (1870-1952), Wallon (1879-1962), Freinet (1896 – 1966), Vygotsky (1986-1934) e Piaget (1896 – 1980). Suas teorias têm contribuído significativamente para se pensar em uma pedagogia da Infância que vá ao encontro dos interesses e necessidades das crianças. Mais recentemente, temos realizado estudos sobre a sociologia da infância, e certificamo-nos de que os novos estudos sociais da infância vêm contribuindo para que sejam delineadas novas concepções de infância/infâncias (CORSARO, 2003), que rompam com uma concepção durkheimiana. Conforme Sirota (2001, p.11) “Trata-se de romper a cegueira das ciências sociais para acabar com o paradoxo da ausência das crianças na análise científica da dinâmica social com relação a seu ressurgimento nas práticas e no imaginário social”, e para que possamos criar novas circunstâncias de vida para as crianças nos diversos espaços sociais. Especialmente, temos nos preocupado, com os espaços das instituições de Educação Infantil e dos primeiros anos do Ensino Fundamental, por compreendermos que a infância perdura do nascimento até por volta dos 12 anos de idade, ou ainda que as crianças são atores sociais capazes, elas criam e modificam as culturas, embora estejam inseridas na cultura adulta, nesse sentido, “necessitamos pensar em metodologias que realmente tenham como foco suas vozes, olhares, experiências e pontos de vista (DELGADO; MÜLLER, 2005). No decorrer de nossos estudos e pesquisas, nos certificamos do reconhecimento das crianças como atores sociais, que tem um papel importante na consolidação de contextos educativos que lhe são oferecidos. Tal certificação levou-nos a reconhecer a importância de se realizar estudos de aprofundamento e incursões prático-reflexivas em instituições educativas que têm a teoria de EmmiPikler como referência para o desenvolvimento dos processos de cuidar e educar dos bebês e crianças pequenas. Como pediatra húngara desenvolveu a denominada experiência de Lóczy, em Budapeste, desde o ano de 1946. O desencadeamento dos estudos resultou, no ano de 2013, nos estudos investigativos de instituições em dois países da Europa, especialmente, conhecemos experiências em Paris/França e Barcelona/Espanha. A perspectiva que se apresenta para nós, pesquisadoras vinculadas ao GREEI/MS é de apresentar os resultados das experiências vividas de tal modo que as mesmas possam suscitar novos desdobramentos de investigação que contribuam para o delineamento de novos olhares críticos sobre referencias teóricos importantes à formação de professores e a efetivação de práticas educativas que valorizem as crianças como sujeitos sociais.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-09-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":"{\"title\":\"A abordagem de Emmi Pikler: olhares sobre contextos educativos para bebês e crianças pequenas\",\"authors\":\"O. Almeida, A. P. 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Suas teorias têm contribuído significativamente para se pensar em uma pedagogia da Infância que vá ao encontro dos interesses e necessidades das crianças. Mais recentemente, temos realizado estudos sobre a sociologia da infância, e certificamo-nos de que os novos estudos sociais da infância vêm contribuindo para que sejam delineadas novas concepções de infância/infâncias (CORSARO, 2003), que rompam com uma concepção durkheimiana. Conforme Sirota (2001, p.11) “Trata-se de romper a cegueira das ciências sociais para acabar com o paradoxo da ausência das crianças na análise científica da dinâmica social com relação a seu ressurgimento nas práticas e no imaginário social”, e para que possamos criar novas circunstâncias de vida para as crianças nos diversos espaços sociais. 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Tal certificação levou-nos a reconhecer a importância de se realizar estudos de aprofundamento e incursões prático-reflexivas em instituições educativas que têm a teoria de EmmiPikler como referência para o desenvolvimento dos processos de cuidar e educar dos bebês e crianças pequenas. Como pediatra húngara desenvolveu a denominada experiência de Lóczy, em Budapeste, desde o ano de 1946. O desencadeamento dos estudos resultou, no ano de 2013, nos estudos investigativos de instituições em dois países da Europa, especialmente, conhecemos experiências em Paris/França e Barcelona/Espanha. 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A abordagem de Emmi Pikler: olhares sobre contextos educativos para bebês e crianças pequenas
A constituição de um Grupo de Estudos voltado à Infância pressupõe na abertura de possibilidades para a realização de estudos e pesquisas que abarquem as vidas das crianças em diversos contextos sociais, históricos e culturais, e, na medida em que conhecimentos produzidos sobre a infância propagam-se, novos desafios surgem, favorecendo a criação de circunstâncias investigativas que provoquem estudos e reflexões importantes à consolidação das bases teóricas que trazem mudanças na qualidade de vida das crianças, sustentam práticas docentes e de formação de professores e propicie a criação de novos olhares investigativos sobre os contextos educativos da infância. Tem sido objeto de estudo e investigação do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação da Infância – GREEI/MS os fundamentos teórico-práticos, que carregam em si concepções de infância, e subsidiam o desenvolvimento de práticas educativas junto às crianças de 0 até 6 anos, especialmente, aqueles que se voltam à compreensão dos processos de constituição dessas práticas. Em nossos estudos e pesquisas vimos que historicamente, ao logo dos últimos 5 séculos, vários pensadores foram responsáveis pelo delineamento de teorias que expressaram concepções de infância, ao mesmo tempo em que contribuíram para a construção de propostas educativas para as crianças. Dentre esses pensadores, destacamos Comenios (1592-1670), Rousseau (1712-1770), Pestalozzi (1746-1827), Froebel (1782-1852), Decroly (1871 – 1932), Dewey (1859-1952), Montessori (1870-1952), Wallon (1879-1962), Freinet (1896 – 1966), Vygotsky (1986-1934) e Piaget (1896 – 1980). Suas teorias têm contribuído significativamente para se pensar em uma pedagogia da Infância que vá ao encontro dos interesses e necessidades das crianças. Mais recentemente, temos realizado estudos sobre a sociologia da infância, e certificamo-nos de que os novos estudos sociais da infância vêm contribuindo para que sejam delineadas novas concepções de infância/infâncias (CORSARO, 2003), que rompam com uma concepção durkheimiana. Conforme Sirota (2001, p.11) “Trata-se de romper a cegueira das ciências sociais para acabar com o paradoxo da ausência das crianças na análise científica da dinâmica social com relação a seu ressurgimento nas práticas e no imaginário social”, e para que possamos criar novas circunstâncias de vida para as crianças nos diversos espaços sociais. Especialmente, temos nos preocupado, com os espaços das instituições de Educação Infantil e dos primeiros anos do Ensino Fundamental, por compreendermos que a infância perdura do nascimento até por volta dos 12 anos de idade, ou ainda que as crianças são atores sociais capazes, elas criam e modificam as culturas, embora estejam inseridas na cultura adulta, nesse sentido, “necessitamos pensar em metodologias que realmente tenham como foco suas vozes, olhares, experiências e pontos de vista (DELGADO; MÜLLER, 2005). No decorrer de nossos estudos e pesquisas, nos certificamos do reconhecimento das crianças como atores sociais, que tem um papel importante na consolidação de contextos educativos que lhe são oferecidos. Tal certificação levou-nos a reconhecer a importância de se realizar estudos de aprofundamento e incursões prático-reflexivas em instituições educativas que têm a teoria de EmmiPikler como referência para o desenvolvimento dos processos de cuidar e educar dos bebês e crianças pequenas. Como pediatra húngara desenvolveu a denominada experiência de Lóczy, em Budapeste, desde o ano de 1946. O desencadeamento dos estudos resultou, no ano de 2013, nos estudos investigativos de instituições em dois países da Europa, especialmente, conhecemos experiências em Paris/França e Barcelona/Espanha. A perspectiva que se apresenta para nós, pesquisadoras vinculadas ao GREEI/MS é de apresentar os resultados das experiências vividas de tal modo que as mesmas possam suscitar novos desdobramentos de investigação que contribuam para o delineamento de novos olhares críticos sobre referencias teóricos importantes à formação de professores e a efetivação de práticas educativas que valorizem as crianças como sujeitos sociais.