敌对的生命、死亡政治和交叉性:从教育中的排斥到跨性别者自杀/谋杀

Vincent Pereira Goulart, Henrique Caetano Nardi
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Essas necropolíticas marcadas pelas suas especificidades na ação do Estado, inicia na exclusão da escola e chega ao homicídio propriamente dito, seja por meio da produção do suicídio - pessoas suicidadas intencionalmente pelo Estado, seja pela vulnerabilidade social seja pela violência cotidiana. Pessoas trans e travestis têm sido historicamente objeto de classificação e diagnóstico pelas ciências biomédicas e psi, mediante critérios que desconsideram a singularidade de trajetórias de cada sujeito, bem como sua humanidade. Esses grupos enfrentam a patologização de seus corpos, bem como o abandono e as violências estruturais como crime de Estado. Neste artigo buscamos diagramar os mecanismos necropolíticos por meio da análise de fontes múltiplas, sobretudo aquelas de domínio público, dados estatísticos, relatos de exclusão escolar e violência publicados nas redes sociais. 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摘要

在极右翼政府与宗教原教旨主义结盟的时代,针对被指控为基督教会、家庭和良好习俗敌人的人口的战争,通过保守和种族灭绝政策明确地加强了。这种种族灭绝和知识灭绝的计划有强大的结构根源,这是殖民计划的结果,主要是欧洲白人入侵我们大陆的结果。黑人面临着对他们的传统、身份、历史和生活的灭绝政策。黑人、变性人和异装癖者,尤其是穷人,是这些死亡政策的主要目标。这些死灵政治以其在国家行动中的特殊性为标志,从学校排斥开始,并达到谋杀本身,要么是通过自杀的产生——国家故意自杀的人,要么是社会脆弱性,要么是日常暴力。从历史上看,跨性别者和异装癖者一直是生物医学科学和psi的分类和诊断对象,使用的标准忽视了每个人的轨迹的独特性,以及他们的人性。这些群体面临着身体的病态化,以及作为国家犯罪的遗弃和结构性暴力。在这篇文章中,我们试图通过分析多个来源,特别是公共领域的来源,统计数据,关于学校排斥和社交网络上发布的暴力的报告,来绘制死亡政治机制。我们将利用对国家领导的排斥和死亡机制描述中的陈述进行分析。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Vidas inimigas, necropolítica e interseccionalidade: da exclusão na educação ao suicídio/assassinato de pessoas trans
Em tempos de fortalecimento de governos de extrema-direita em aliança com os fundamentalismos religiosos, a guerra contra populações acusadas de ser inimigas das igrejas cristãs, da família e dos bons costumes é reforçada explicitamente por meio de políticas conservadoras e genocidas. Esse projeto genocida e epistemicida tem fortes raízes estruturais, fruto do projeto colonial, derivado, sobretudo, da invasão branca europeia do nosso continente. As pessoas negras enfrentam políticas de extermínio de suas tradições, identidades, suas histórias e de suas vidas. Pessoas negras, transsexuais e travestis, pobres, especialmente, são os principais alvos dessas políticas de morte. Essas necropolíticas marcadas pelas suas especificidades na ação do Estado, inicia na exclusão da escola e chega ao homicídio propriamente dito, seja por meio da produção do suicídio - pessoas suicidadas intencionalmente pelo Estado, seja pela vulnerabilidade social seja pela violência cotidiana. Pessoas trans e travestis têm sido historicamente objeto de classificação e diagnóstico pelas ciências biomédicas e psi, mediante critérios que desconsideram a singularidade de trajetórias de cada sujeito, bem como sua humanidade. Esses grupos enfrentam a patologização de seus corpos, bem como o abandono e as violências estruturais como crime de Estado. Neste artigo buscamos diagramar os mecanismos necropolíticos por meio da análise de fontes múltiplas, sobretudo aquelas de domínio público, dados estatísticos, relatos de exclusão escolar e violência publicados nas redes sociais. Nos valeremos de uma análise dos enunciados ali presentes na descrição dos mecanismos de exclusão e morte conduzidos pelo Estado.
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