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O estudo foi realizado com 247 profissionais de equipas que integram o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, que se pronunciaram sobre a importância das soft skills para a sua prática, através de um questionário com 48 itens. Os resultados obtidos apontam para a valorização de todas as competências identificadas na literatura, sendo especialmente relevantes a empatia, escuta ativa e trabalho em equipa. Foi analisada a valorização das soft skills em função das variáveis idade, género, formação e experiência, tendo os resultados mostrado que só muito pontualmente existem diferenças significativas. Os resultados obtidos são relevantes para uma nova forma de conceber e organizar a formação dos profissionais de IPI, assente no desenvolvimento de competências. 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A importância das soft skills no trabalho dos profissionais de intervenção precoce na infância
A passagem da intervenção precoce no desenvolvimento infantil de uma perspectiva de estimulação para uma abordagem centrada na família implica uma mudança significativa na prática dos profissionais, ao nível técnico e das suas interações e transações com a criança e a família. Competências técnicas e características pessoais interligam-se, e a intervenção representa uma verdadeira relação de ajuda. As soft skills têm vindo a ser investigadas no âmbito de diversas profissões e carreiras e a sua importância tem sido sublinhada. Contudo, este é um estudo pioneiro em que se procura perceber como também os profissionais de Intervenção Precoce na Infância (IPI) valorizam estas dimensões não técnicas. O estudo foi realizado com 247 profissionais de equipas que integram o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, que se pronunciaram sobre a importância das soft skills para a sua prática, através de um questionário com 48 itens. Os resultados obtidos apontam para a valorização de todas as competências identificadas na literatura, sendo especialmente relevantes a empatia, escuta ativa e trabalho em equipa. Foi analisada a valorização das soft skills em função das variáveis idade, género, formação e experiência, tendo os resultados mostrado que só muito pontualmente existem diferenças significativas. Os resultados obtidos são relevantes para uma nova forma de conceber e organizar a formação dos profissionais de IPI, assente no desenvolvimento de competências. Mostram como é importante que o conhecimento teórico sobre o desenvolvimento infantil e os modelos de intervenção se alie à promoção de competências pessoais exigidas pela natureza relacional do seu trabalho.