Vitória Maria Almeida Teodoro de Oliveira, Elise Geromel Bezerra de Menezes, Juliana Maia
{"title":"2015 - 2020年巴西女性人口中性侵犯与梅毒增加的关系","authors":"Vitória Maria Almeida Teodoro de Oliveira, Elise Geromel Bezerra de Menezes, Juliana Maia","doi":"10.17765/2176-9192.2021v23n1e9882","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"De acordo com o Relatório Mundial sobre Violência e Saúde (World Health Organization, 2002), a violência sexual (VS) é definida como qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários, investidas sexuais indesejadas, ou atos direcionados ao tráfico sexual. Na maioria das agressões ocorre penetração vaginal, oral e anal sem o uso de preservativos, tornando a VS uma porta de entrada a inúmeras infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), além dos diversos danos físicos e psicológicos para a vítima. Nos dias atuais ainda existe uma relação entre agressões sexuais e aumento nos casos de IST’s, dentre elas podemos destacar a sífilis. Diante dessa relevância o presente estudo teve como objetivo averiguar essa relação e a proporção desses dados para a saúde pública, assim como para as vítimas. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicativa, de abordagem descritiva. A amostra foi composta por uma busca nas bases de dados BVS, Medline, Scielo e PubMed, sobre artigos com os descritores “agressão sexual no Brasil”, “sífilis adquirida no Brasil” e “IST’s no Brasil”. Foi possível identificar na literatura o caráter preocupante do aumento das taxas de agressões sexuais a mulheres no Brasil. Muitas dessas vítimas trazem consigo danos psicológicos, gravidez indesejada, além de contraírem IST’s. Durante os anos de 2015 a 2020 observou-se uma crescente curva nos casos de agressão sexual e aumento de casos de sífilis no Brasil na população feminina, apesar de observar uma queda nos índices de sífilis em 2020. Além disso, foi visto que a penetração vaginal é descrita como o ato mais frequente nos crimes sexuais contra mulheres jovens e em idade reprodutiva, geralmente praticada mediante intimidação psicológica. Por fim, constatou-se que apenas 8% dos hospitais fornecem a devida assistência à vítima de violência sexual presente na normativa técnica. Nas últimas décadas, a questão da violência vem sendo amplamente debatida, tendo conquistado visibilidade em campos multidisciplinares diversos e por organizações internacionais. Apesar das diversas medidas nacionais disponibilizadas a essa população, muitas vítimas de violência sexual se abstêm dos serviços de saúde ou descontinuam seus tratamentos. O presente artigo buscou relacionar de maneira didática os valores notificados de sífilis adquirida e as taxas de violência sexual na população feminina em nosso país. Destacou-se a relação íntima de VS e sífilis adquirida nas mulheres, não somente correlacionando ao ato propriamente dito, mas a falta de um atendimento correto, contínuo e adequado para a situação dentro de um ambiente ideal, que deveria trazer respeito e segurança à vítima.","PeriodicalId":30388,"journal":{"name":"Iniciacao Cientifica Cesumar","volume":"23 1","pages":"1-6"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"RELAÇÃO ENTRE A AGRESSÃO SEXUAL E O AUMENTO DA SÍFILIS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA FEMININA DE 2015 A 2020\",\"authors\":\"Vitória Maria Almeida Teodoro de Oliveira, Elise Geromel Bezerra de Menezes, Juliana Maia\",\"doi\":\"10.17765/2176-9192.2021v23n1e9882\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"De acordo com o Relatório Mundial sobre Violência e Saúde (World Health Organization, 2002), a violência sexual (VS) é definida como qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários, investidas sexuais indesejadas, ou atos direcionados ao tráfico sexual. 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RELAÇÃO ENTRE A AGRESSÃO SEXUAL E O AUMENTO DA SÍFILIS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA FEMININA DE 2015 A 2020
De acordo com o Relatório Mundial sobre Violência e Saúde (World Health Organization, 2002), a violência sexual (VS) é definida como qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários, investidas sexuais indesejadas, ou atos direcionados ao tráfico sexual. Na maioria das agressões ocorre penetração vaginal, oral e anal sem o uso de preservativos, tornando a VS uma porta de entrada a inúmeras infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), além dos diversos danos físicos e psicológicos para a vítima. Nos dias atuais ainda existe uma relação entre agressões sexuais e aumento nos casos de IST’s, dentre elas podemos destacar a sífilis. Diante dessa relevância o presente estudo teve como objetivo averiguar essa relação e a proporção desses dados para a saúde pública, assim como para as vítimas. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicativa, de abordagem descritiva. A amostra foi composta por uma busca nas bases de dados BVS, Medline, Scielo e PubMed, sobre artigos com os descritores “agressão sexual no Brasil”, “sífilis adquirida no Brasil” e “IST’s no Brasil”. Foi possível identificar na literatura o caráter preocupante do aumento das taxas de agressões sexuais a mulheres no Brasil. Muitas dessas vítimas trazem consigo danos psicológicos, gravidez indesejada, além de contraírem IST’s. Durante os anos de 2015 a 2020 observou-se uma crescente curva nos casos de agressão sexual e aumento de casos de sífilis no Brasil na população feminina, apesar de observar uma queda nos índices de sífilis em 2020. Além disso, foi visto que a penetração vaginal é descrita como o ato mais frequente nos crimes sexuais contra mulheres jovens e em idade reprodutiva, geralmente praticada mediante intimidação psicológica. Por fim, constatou-se que apenas 8% dos hospitais fornecem a devida assistência à vítima de violência sexual presente na normativa técnica. Nas últimas décadas, a questão da violência vem sendo amplamente debatida, tendo conquistado visibilidade em campos multidisciplinares diversos e por organizações internacionais. Apesar das diversas medidas nacionais disponibilizadas a essa população, muitas vítimas de violência sexual se abstêm dos serviços de saúde ou descontinuam seus tratamentos. O presente artigo buscou relacionar de maneira didática os valores notificados de sífilis adquirida e as taxas de violência sexual na população feminina em nosso país. Destacou-se a relação íntima de VS e sífilis adquirida nas mulheres, não somente correlacionando ao ato propriamente dito, mas a falta de um atendimento correto, contínuo e adequado para a situação dentro de um ambiente ideal, que deveria trazer respeito e segurança à vítima.