{"title":"文学与技术:Wlademir Dias-Pino和诗歌作为模拟机器/文学与技术:Wlademir Dias-Pino和诗歌作为模拟机器","authors":"Vinícius Carvalho Pereira","doi":"10.17851/2238-3824.26.2.199-216","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: Dentro dos estudos sobre Literatura e Tecnologia no Brasil, cabe lançar maior luz sobre as poéticas de vanguarda do século XX que tomaram o livro impresso como máquina a ser desmontada, transformada e reengenhada. Nesse contexto, o poeta, designer e artista multimodal Wlademir Dias-Pino antecipou, no suporte do papel, conquistas estéticas que só mais tarde seriam realizadas em meio digital. Antes do advento da literatura eletrônica, o artista já fizera do poema uma máquina analógica, cujas engrenagens variavam do verbal ao não verbal, do colorido ao preto e branco, do discursivo ao fragmentário. Neste artigo, procede-se a uma leitura por desmonte, isto é, a uma engenharia reversa, da imbricação entre o literário e o maquínico na poética de Wlademir Dias-Pino, com enfoque nos textos “A máquina que ri”, A máquina ou a coisa em si, A AVE e um de seus poemas-processo sem título, a fim de compreender como, ainda em meio analógico, o artista propôs uma estética de engrenagens visuais, voltagens poéticas e tensões imagéticas.Palavras-chave: Wlademir Dias-Pino; máquina analógica; literatura e tecnologia.Abstract: Among the studies on Literature and Technology in Brazil, more attention should be paid to twentieth-century avant-garde poetics that dealt with print books as machines to be disassembled, transformed and reengineered. In this context, the poet, designer and multimodal artist Wlademir Dias-Pino anticipated on paper aesthetical achievements only later made in digital media. Before the rise of electronic literature, the artist had already made poetry into an analogical machine whose cogs ranged from the verbal to the nonverbal, from color to black and white, from the discursive to the fragmentary. In this paper we carry out a reading by disassembling, i.e., doing a reverse engineering, of the connections between the literary and the machinal in Wlademir DiasPino’s poetics, focusing on the texts “A máquina que ri”, A máquina ou a coisa em si, A AVE and one of his untitled process-poems, in order to understand how, still in analogical media, he created an aesthetics of visual cogs, poetic voltage and imagistic tensions.Keywords: Wlademir Dias-Pino; analogical machine; literature and technology.","PeriodicalId":40506,"journal":{"name":"Caligrama-Revista de Estudos Romanicos","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-09-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Literatura e tecnologia: Wlademir Dias-Pino e o poema como máquina analógica / Literature and Technology: Wlademir Dias-Pino and the Poem as an Analogical Machine\",\"authors\":\"Vinícius Carvalho Pereira\",\"doi\":\"10.17851/2238-3824.26.2.199-216\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Resumo: Dentro dos estudos sobre Literatura e Tecnologia no Brasil, cabe lançar maior luz sobre as poéticas de vanguarda do século XX que tomaram o livro impresso como máquina a ser desmontada, transformada e reengenhada. Nesse contexto, o poeta, designer e artista multimodal Wlademir Dias-Pino antecipou, no suporte do papel, conquistas estéticas que só mais tarde seriam realizadas em meio digital. Antes do advento da literatura eletrônica, o artista já fizera do poema uma máquina analógica, cujas engrenagens variavam do verbal ao não verbal, do colorido ao preto e branco, do discursivo ao fragmentário. Neste artigo, procede-se a uma leitura por desmonte, isto é, a uma engenharia reversa, da imbricação entre o literário e o maquínico na poética de Wlademir Dias-Pino, com enfoque nos textos “A máquina que ri”, A máquina ou a coisa em si, A AVE e um de seus poemas-processo sem título, a fim de compreender como, ainda em meio analógico, o artista propôs uma estética de engrenagens visuais, voltagens poéticas e tensões imagéticas.Palavras-chave: Wlademir Dias-Pino; máquina analógica; literatura e tecnologia.Abstract: Among the studies on Literature and Technology in Brazil, more attention should be paid to twentieth-century avant-garde poetics that dealt with print books as machines to be disassembled, transformed and reengineered. In this context, the poet, designer and multimodal artist Wlademir Dias-Pino anticipated on paper aesthetical achievements only later made in digital media. Before the rise of electronic literature, the artist had already made poetry into an analogical machine whose cogs ranged from the verbal to the nonverbal, from color to black and white, from the discursive to the fragmentary. In this paper we carry out a reading by disassembling, i.e., doing a reverse engineering, of the connections between the literary and the machinal in Wlademir DiasPino’s poetics, focusing on the texts “A máquina que ri”, A máquina ou a coisa em si, A AVE and one of his untitled process-poems, in order to understand how, still in analogical media, he created an aesthetics of visual cogs, poetic voltage and imagistic tensions.Keywords: Wlademir Dias-Pino; analogical machine; literature and technology.\",\"PeriodicalId\":40506,\"journal\":{\"name\":\"Caligrama-Revista de Estudos Romanicos\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2021-09-17\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Caligrama-Revista de Estudos Romanicos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.17851/2238-3824.26.2.199-216\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Caligrama-Revista de Estudos Romanicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17851/2238-3824.26.2.199-216","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Literatura e tecnologia: Wlademir Dias-Pino e o poema como máquina analógica / Literature and Technology: Wlademir Dias-Pino and the Poem as an Analogical Machine
Resumo: Dentro dos estudos sobre Literatura e Tecnologia no Brasil, cabe lançar maior luz sobre as poéticas de vanguarda do século XX que tomaram o livro impresso como máquina a ser desmontada, transformada e reengenhada. Nesse contexto, o poeta, designer e artista multimodal Wlademir Dias-Pino antecipou, no suporte do papel, conquistas estéticas que só mais tarde seriam realizadas em meio digital. Antes do advento da literatura eletrônica, o artista já fizera do poema uma máquina analógica, cujas engrenagens variavam do verbal ao não verbal, do colorido ao preto e branco, do discursivo ao fragmentário. Neste artigo, procede-se a uma leitura por desmonte, isto é, a uma engenharia reversa, da imbricação entre o literário e o maquínico na poética de Wlademir Dias-Pino, com enfoque nos textos “A máquina que ri”, A máquina ou a coisa em si, A AVE e um de seus poemas-processo sem título, a fim de compreender como, ainda em meio analógico, o artista propôs uma estética de engrenagens visuais, voltagens poéticas e tensões imagéticas.Palavras-chave: Wlademir Dias-Pino; máquina analógica; literatura e tecnologia.Abstract: Among the studies on Literature and Technology in Brazil, more attention should be paid to twentieth-century avant-garde poetics that dealt with print books as machines to be disassembled, transformed and reengineered. In this context, the poet, designer and multimodal artist Wlademir Dias-Pino anticipated on paper aesthetical achievements only later made in digital media. Before the rise of electronic literature, the artist had already made poetry into an analogical machine whose cogs ranged from the verbal to the nonverbal, from color to black and white, from the discursive to the fragmentary. In this paper we carry out a reading by disassembling, i.e., doing a reverse engineering, of the connections between the literary and the machinal in Wlademir DiasPino’s poetics, focusing on the texts “A máquina que ri”, A máquina ou a coisa em si, A AVE and one of his untitled process-poems, in order to understand how, still in analogical media, he created an aesthetics of visual cogs, poetic voltage and imagistic tensions.Keywords: Wlademir Dias-Pino; analogical machine; literature and technology.