Gustavo Henrique Franciscato Garcia, Deilton Ribeiro Brasil
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A (in)efetividade de agendas ambientais no neocolonialismo latino-americano: o extrativismo como ideologia social e suas implicações
O artigo apresenta considerações acerca do neocolonialismo extrativista e as suas consequências no estabelecimento de políticas ambientais em países do chamado Terceiro Mundo, considerando a onipresença do pensamento neoliberal na sociedade ocidental. A problemática suscitada é a seguinte: o modelo econômico extrativista do século XXI, aplicado nos países do Sul global, influencia decisivamente para impedir ou para promover agendas de contenção da crise ambiental global? Utilizou-se do método hipotético-dedutivo, partindo-se da proposição de que o antropocentrismo e sua lógica de dominação produzem o reducionismo de toda a vida e toda a cultura que não seja aquela hegemônica, produzindo danos irreparáveis e assumindo riscos inaceitáveis. Como resultados alcançados verificou-se que o antropocentrismo de raízes europeias promove uma leitura enviesada da Natureza para atender a projetos de dominação absoluta, sobre os elementos naturais, sobre outras culturas e uns sobre os outros. Nesse sentido, é preciso descolonizar as práticas de gestão ambiental e implementar mecanismos plurais para definição de uma agenda ambiental voltada para a necessidade de construção de uma nova ética cosmopolita.