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O espetáculo de si: uma proposição sobre a atualidade da sociedade do espetáculo
Na compreensão das novas formas de dominação do capitalismo Guy Debord, na obra A sociedade do espetáculo (1967), apresenta um segundo momento do capital fundado sobre o espetáculo que, enquanto sofisticação do fetiche da mercadoria, se consolida como fundamento da vida social. Todavia, a dinâmica viva do sistema e a proliferação da imagem na sociedade contemporânea majoritariamente audiovisual, como demonstra Christoph Türcke em sua obra Sociedade excitada (2010), dão novos contornos a este conceito. O mundo hoje se encontra amplamente munido de aparatos que dominam a vida do sujeito em todas as instâncias, como os aparelhos televisores, celulares, iphones, ipads e ipods, além do computador; que os conecta ininterruptamente a grande rede que tudo e a todos comunica. A produção do espetáculo não mais se encerra na mercadoria, mas é um novo éthos comunicacional, intrínseco, que age como substituto da narrativa; é em última instância a forma existencial latente do mundo virtual, expressada por Türcke na máxima “quem não emite, não é”. É neste cenário, no qual a imagetização da vida ganhou proporções inimagináveis, que acreditamos encontrar o cerne de um possível terceiro momento do capital: o espetáculo de si.