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Educação, Pedagogia decolonial e direitos humanos: reflexões sobre utopia e emancipação em Paulo Freire
Este artigo analisa a importância do conceito de utopia, enquanto atrelado à ideia de esperança, desenvolvido pelo pensamento do educador Paulo Freire. O artigo integra as iniciativas de celebração do centenário de Paulo Freire (1921-2021), procurando ressaltar a originalidade e a especificidade de sua luta em face da opressão social, das injustiças e das violências. Na busca pela autenticidade, a produção do sujeito emancipado não é uma tarefa externa ao próprio sujeito, por isso, a tarefa da educação é a de mobilizar as condições para o exercício de uma consciência emancipada. Esta é vista como condição para o processo de construção da cidadania, da autonomia e da democracia. Isso significa a passagem da ‘inexperiência democrática’ à ‘experiência democrática’, por sujeitos que agem na história, em favor de uma sociedade descolonizada de seu passado opressor e propensa à busca por justiça. O diálogo e a criticidade são os instrumentos de uma educação voltada para a cidadania e para a transformação social. É neste quadro de análise que a pedagogia freireana faz-se uma pedagogia decolonial, o que a conecta com a dimensão das lutas pelos direitos humanos. Nisto, a pedagogia freireana abre um caminho de enorme importância para as tarefas atuais da educação em direitos humanos.