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Este artigo consiste em compreender, a partir de fontes sigilosas que foram recentemente desveladas, os meios pelos quais, nos primeiros anos do golpe, a ditadura civil-militar, sob forte ingerência dos EUA, tornou os aparelhos repressivos e ideológicos do Estado seus elementos constitutivos e atuou premeditada e decisivamente no realinhamento ideológico da educação – como epicentro de um modus operandi indissolúvel ao projeto das classes dominantes endógenas e exógenas. Ações coordenadas de criminalização que submeteram um dos principais pilares de desenvolvimento do país à métrica de um mercado educacional – privado – em expansão e promoveram o aprofundamento dessa ideologia no sistema educacional brasileiro. Nesse sentido, buscamos interpelar criticamente as estruturas de representação, por meio das ações do Estado e seus coadjuvantes, tendo como lócus o sistema informativo – e seus enunciados, com envergadura internacional e nacional –, o jurídico, observando algumas mudanças normativas, e o educacional, na condição de espaço vital de manutenção da ideologia das classes dominantes. Amálgama analisada por meio de fontes ulteriores – memorandos e telegramas secretos – e das condições objetivas de subordinação do Brasil aos EUA. Análise que, portanto, tenciona entender os influxos capazes de interferir na estrutura da educação brasileira ainda hoje.