{"title":"社会不平等","authors":"Mariana Passos Ramalhete, Tatiana Aparecida Moreira","doi":"10.15448/1984-7726.2021.3.40847","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho analisa, à luz da perspectiva enunciativo-discursiva da linguagem do Círculo de Bakhtin, o rap Canção Infantil, de autoria do capixaba César MC. Parte da premissa que, em uma sociedade desigual, o signo é mais que um emaranhado de palavras: é arena onde se desenvolve a luta de classes. Desse modo, por meio de uma abordagem qualitativa de procedimento documental, discute como esse rap, calcado na alusão simultânea ao simbólico e ao real, dá visibilidade às consequências da desigualdade social, ao abordar parte dos problemas inerentes à periferia. Conclui que o rap, além de expor as chagas e as contradições da sociedade brasileira, em um posicionamento cíclico e dual, afasta-se de uma perspectiva marginalizada e/ou glamourizada da pobreza, a partir de lentes menos superficiais e, por isso, menos maniqueístas.","PeriodicalId":42440,"journal":{"name":"Letras de Hoje-Estudos e Debates em Linguistica Literatura e Lingua Portuguesa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Desigualdade social vista do alto do morro\",\"authors\":\"Mariana Passos Ramalhete, Tatiana Aparecida Moreira\",\"doi\":\"10.15448/1984-7726.2021.3.40847\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este trabalho analisa, à luz da perspectiva enunciativo-discursiva da linguagem do Círculo de Bakhtin, o rap Canção Infantil, de autoria do capixaba César MC. Parte da premissa que, em uma sociedade desigual, o signo é mais que um emaranhado de palavras: é arena onde se desenvolve a luta de classes. Desse modo, por meio de uma abordagem qualitativa de procedimento documental, discute como esse rap, calcado na alusão simultânea ao simbólico e ao real, dá visibilidade às consequências da desigualdade social, ao abordar parte dos problemas inerentes à periferia. Conclui que o rap, além de expor as chagas e as contradições da sociedade brasileira, em um posicionamento cíclico e dual, afasta-se de uma perspectiva marginalizada e/ou glamourizada da pobreza, a partir de lentes menos superficiais e, por isso, menos maniqueístas.\",\"PeriodicalId\":42440,\"journal\":{\"name\":\"Letras de Hoje-Estudos e Debates em Linguistica Literatura e Lingua Portuguesa\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2021-12-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Letras de Hoje-Estudos e Debates em Linguistica Literatura e Lingua Portuguesa\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.15448/1984-7726.2021.3.40847\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LITERATURE\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Letras de Hoje-Estudos e Debates em Linguistica Literatura e Lingua Portuguesa","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/1984-7726.2021.3.40847","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERATURE","Score":null,"Total":0}
Este trabalho analisa, à luz da perspectiva enunciativo-discursiva da linguagem do Círculo de Bakhtin, o rap Canção Infantil, de autoria do capixaba César MC. Parte da premissa que, em uma sociedade desigual, o signo é mais que um emaranhado de palavras: é arena onde se desenvolve a luta de classes. Desse modo, por meio de uma abordagem qualitativa de procedimento documental, discute como esse rap, calcado na alusão simultânea ao simbólico e ao real, dá visibilidade às consequências da desigualdade social, ao abordar parte dos problemas inerentes à periferia. Conclui que o rap, além de expor as chagas e as contradições da sociedade brasileira, em um posicionamento cíclico e dual, afasta-se de uma perspectiva marginalizada e/ou glamourizada da pobreza, a partir de lentes menos superficiais e, por isso, menos maniqueístas.