{"title":"解放神学","authors":"C. Carvalhaes","doi":"10.22351/ET.V58I2.3341","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo o autor desenvolve um pensamento litúrgico-teológico que envolve conteúdo e formas metodológicas visando propor a criação de uma teologia litúrgica da libertação. A teologia da libertação latino-americana forjou um vasto campo de conhecimento teológico, mas nunca esteve plenamente interessada no campo da liturgia. Para preencher esse vazio, o autor propõe pensar a teologia da libertação a partir de uma práxis litúrgica, ou seja, como a vida toda dos pobres, se vivida toda na prática litúrgica pode se tornar o primeiro passo da teologia, fazendo assim o pensamento litúrgico/teológico o segundo ato teológico. Para isso, é preciso se refazer o entendimento da liturgia para que ela não seja somente o lugar da repetição da tradição, mas fundamentalmente o lugar onde a vida toda é vivida em cantos, orações e rituais que vão para além da tradição e também assumem o cotidiano e as crenças populares. Se a liturgia se torna a ritualização sagrada do que se vive amplamente no cotidiano, a partir das experiências todas de vida e de morte, a correlação entre a práxis/pensamento litúrgico e o pensamento/práxis teológico acaba por refletir o povo que vive e inventa a vida com Deus. No cerne dessa teologia litúrgica se encontra o corpo, microcosmo da terra e do universo, um mundo entre tantos mundos intermediários e relações complexas. O articular essa lacuna, depois de 50 anos de história da teologia da libertação latino-americana, mostra ser essa teologia vital, e ainda mais necessária para os nossos tempos.","PeriodicalId":53914,"journal":{"name":"Estudos Teologicos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2018-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Teologia litúrgica da libertação\",\"authors\":\"C. Carvalhaes\",\"doi\":\"10.22351/ET.V58I2.3341\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste artigo o autor desenvolve um pensamento litúrgico-teológico que envolve conteúdo e formas metodológicas visando propor a criação de uma teologia litúrgica da libertação. A teologia da libertação latino-americana forjou um vasto campo de conhecimento teológico, mas nunca esteve plenamente interessada no campo da liturgia. Para preencher esse vazio, o autor propõe pensar a teologia da libertação a partir de uma práxis litúrgica, ou seja, como a vida toda dos pobres, se vivida toda na prática litúrgica pode se tornar o primeiro passo da teologia, fazendo assim o pensamento litúrgico/teológico o segundo ato teológico. Para isso, é preciso se refazer o entendimento da liturgia para que ela não seja somente o lugar da repetição da tradição, mas fundamentalmente o lugar onde a vida toda é vivida em cantos, orações e rituais que vão para além da tradição e também assumem o cotidiano e as crenças populares. Se a liturgia se torna a ritualização sagrada do que se vive amplamente no cotidiano, a partir das experiências todas de vida e de morte, a correlação entre a práxis/pensamento litúrgico e o pensamento/práxis teológico acaba por refletir o povo que vive e inventa a vida com Deus. No cerne dessa teologia litúrgica se encontra o corpo, microcosmo da terra e do universo, um mundo entre tantos mundos intermediários e relações complexas. O articular essa lacuna, depois de 50 anos de história da teologia da libertação latino-americana, mostra ser essa teologia vital, e ainda mais necessária para os nossos tempos.\",\"PeriodicalId\":53914,\"journal\":{\"name\":\"Estudos Teologicos\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2018-12-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Estudos Teologicos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22351/ET.V58I2.3341\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"RELIGION\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos Teologicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22351/ET.V58I2.3341","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
Neste artigo o autor desenvolve um pensamento litúrgico-teológico que envolve conteúdo e formas metodológicas visando propor a criação de uma teologia litúrgica da libertação. A teologia da libertação latino-americana forjou um vasto campo de conhecimento teológico, mas nunca esteve plenamente interessada no campo da liturgia. Para preencher esse vazio, o autor propõe pensar a teologia da libertação a partir de uma práxis litúrgica, ou seja, como a vida toda dos pobres, se vivida toda na prática litúrgica pode se tornar o primeiro passo da teologia, fazendo assim o pensamento litúrgico/teológico o segundo ato teológico. Para isso, é preciso se refazer o entendimento da liturgia para que ela não seja somente o lugar da repetição da tradição, mas fundamentalmente o lugar onde a vida toda é vivida em cantos, orações e rituais que vão para além da tradição e também assumem o cotidiano e as crenças populares. Se a liturgia se torna a ritualização sagrada do que se vive amplamente no cotidiano, a partir das experiências todas de vida e de morte, a correlação entre a práxis/pensamento litúrgico e o pensamento/práxis teológico acaba por refletir o povo que vive e inventa a vida com Deus. No cerne dessa teologia litúrgica se encontra o corpo, microcosmo da terra e do universo, um mundo entre tantos mundos intermediários e relações complexas. O articular essa lacuna, depois de 50 anos de história da teologia da libertação latino-americana, mostra ser essa teologia vital, e ainda mais necessária para os nossos tempos.