{"title":"从大陆国际法理论看投资协议中间接征用条款的实证分析","authors":"Vivian Daniele Rocha Gabriel","doi":"10.5102/rdi.v20i1.8669","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo propõe-se a analisar o instituto da expropriação indireta e se os arranjos relativos à expropriação indireta dos acordos de investimento selecionados entre 2001 a 2022 ensejam a cooperação, isto é, a não violação pelas partes. Primeiramente, analisar-se-á, por meio do método histórico, a evolução do instituto da expropriação no Direito Internacional que se incidia com a expropriação direta e, com o passar do tempo, adquiriu alto nível de sofisticação com a expropriação indireta. No estudo desta, será realizada análise comparada da regulatory taking americana, oriunda do common law, com o intuito de comprovar a sua exportação para o âmbito internacional como expropriação indireta. Em seguida, será examinada a Teoria do Continente do Direito Internacional, de Bárbara Koremenos, e a identificação dos problemas de cooperação, que devem ser combatidos em prol da cooperação. A partir disso, será desenvolvida moldura jurídica ideal para os arranjos da expropriação indireta, de modo que seja a mais cooperativa possível. Por fim, será realizada pesquisa empírica nos acordos de investimento de Brasil, Rússia, Índia, China, Canadá e EUA, para analisar qual modelo de acordo mais se aproxima do arranjo ideal e seria o mais cooperativo. Conclui-se que o acordo de investimentos mais cooperativo em relação à expropriação indireta é o canadense, que possui grau máximo de precisão, exceções quanto ao interesse público, elevado grau de sobrevivência temporal, sistema centralizado de monitoramento, mas que partilha o ônus da fiscalização do acordo com as próprias partes do acordo e com entidades não estatais, e solução de controvérsias baseada na arbitragem de investimentos, com a exclusão de matérias não arbitráveis, que não poderão ser arguidas pelos investidores. 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Análise Empírica das Cláusulas de Expropriação Indireta nos Acordos de Investimentos a partir da Teoria do Continente do Direito Internacional
O presente artigo propõe-se a analisar o instituto da expropriação indireta e se os arranjos relativos à expropriação indireta dos acordos de investimento selecionados entre 2001 a 2022 ensejam a cooperação, isto é, a não violação pelas partes. Primeiramente, analisar-se-á, por meio do método histórico, a evolução do instituto da expropriação no Direito Internacional que se incidia com a expropriação direta e, com o passar do tempo, adquiriu alto nível de sofisticação com a expropriação indireta. No estudo desta, será realizada análise comparada da regulatory taking americana, oriunda do common law, com o intuito de comprovar a sua exportação para o âmbito internacional como expropriação indireta. Em seguida, será examinada a Teoria do Continente do Direito Internacional, de Bárbara Koremenos, e a identificação dos problemas de cooperação, que devem ser combatidos em prol da cooperação. A partir disso, será desenvolvida moldura jurídica ideal para os arranjos da expropriação indireta, de modo que seja a mais cooperativa possível. Por fim, será realizada pesquisa empírica nos acordos de investimento de Brasil, Rússia, Índia, China, Canadá e EUA, para analisar qual modelo de acordo mais se aproxima do arranjo ideal e seria o mais cooperativo. Conclui-se que o acordo de investimentos mais cooperativo em relação à expropriação indireta é o canadense, que possui grau máximo de precisão, exceções quanto ao interesse público, elevado grau de sobrevivência temporal, sistema centralizado de monitoramento, mas que partilha o ônus da fiscalização do acordo com as próprias partes do acordo e com entidades não estatais, e solução de controvérsias baseada na arbitragem de investimentos, com a exclusão de matérias não arbitráveis, que não poderão ser arguidas pelos investidores. Propõe-se que esse deva ser o paradigma de reforma dos acordos de investimento em relação à expropriação indireta.
期刊介绍:
The Brazilian Journal of International Law (RDI) was created as a tool for select and publish academic papers related to issues addressed by public and private international law. The Journal has a good ranking according with the Brazilian system (Qualis A1). In the quest for development and construction of critical views about international law, the Brazilian Journal of International Law has two main focus: 1. International protection of the human person: covers issues related to international environmental law, humanitarian law, internationalization of law, in addition to research on the evolution of the law of treaties as a way of expanding the contemporary international law. 2. System of legal integration: regional integration (European Union, Mercorsur, NAFTA, ASEAN), sectoral integration (WTO, ICSID), and others. Thematic issues: We intend to publish thematic issues. It aims to increase interest in the journal and its impact on the area. We apologize to the authors, but articles on other subjects will not be accepted or should expect the numbers on topics related to being appreciated.