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Cristianismo e violência. Contribuições teológicas a partir de René Girard
O presente artigo discute três tópicos específicos do pensamento de René Girard, a saber: teoria mimética e desejo; Sagrada Escritura e as vítimas da violência; vocação cristã e denúncia da violência. Para isso, definimos como objeto de investigação Cristianismo e violência, a partir da teoria sobre o mecanismo da vítima expiatória, proposta nos livros Mentira Romântica e Verdade Romanesca, e também A Violência e o Sagrado, desenvolvida nos livros Coisas ocultas desde a Fundação do Mundo e Eu via Satanás caindo como um relâmpago. A metodologia consistiu no exame das obras, a fim de identificar questões centrais, definição e articulação dos conceitos propostos, a hipótese, sua demonstração e as críticas tecidas pelo autor. Girard apreende a violência humana como elemento desagregador da vida em sociedade, a qual exige mecanismos de controle inseridos no âmbito do sagrado e da religião. A teoria desse autor oferece uma contribuição para o debate pós-secular sobre a religião. Ele inaugura novas discussões entre a teologia e as ciências sociais e humanas, dando uma nova clareza às questões referentes ao embasamento antropológico da teologia. Propõe uma abordagem nova à doutrina da expiação e oferece interpretações signifi cativas de textos bíblicos centrais. Considera a Bíblia peculiar, no tocante ao tratamento das vítimas da violência, pois se diferencia das narrativas míticas. Nas Escrituras, a violência e o sacrifício não são absolutos, e não vêm de Deus; os seres humanos atribuem a Ele. A vocação cristã é a preocupação com as vítimas das violências e a defesa delas, assim como Jesus fez.