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“É melhor escrever sobre risos que sobre lágrimas…”
A experiência do riso parece destinada a desaparecer quase completamente no mundo de nosso tempo? Ou podemos considerar o riso como uma das linguagens humanas mais poderosas mais potentes no plano criativo, configurando-se uma estética do riso como uma lógica de derrubada, de ousadia abdução, inferencial e de regeneração do mundo? Certamente, a comunicação linguística não é feita apenas de palavras. E o riso alegre e profanador que subverte as hierarquias e as regras sérias da ideologia dominante é um riso aberto, intersubjetivo, liberatório e libertador, e o papel que a alteridade nele desempenha torna o riso impossível de ser definido em uma significação e em uma designação precisas denotando, ao invés disso, uma ineliminável ambiguidade e polissemia de um signo muito particular determinado não apenas por sua resistência, mas também como uma das formas mais eficazes de resistência ao monologismo dominante.