Caíco Barbosa da Costa, Fábio Santos Bispo, João Otávio Vieira Carvalho Almeida, J. Paiva, Laís Andrade Vitório, Luziane de Assis Ruela Siqueira
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Este artigo se propõe a debater perspectivas e impasses trazidos pela entrada de estudantes negros na universidade pública, como resultado de políticas de ação afirmativa. Partimos de experiências recolhidas em três espaços fundamentais para a efetividade da política de cotas: a comissão de heteroindentificação na UFES; experiências pedagógicas contracoloniais, abertas ao acolhimento das trajetórias de estudantes periféricos e à reflexão sobre os efeitos políticos, históricos e psicossociais do racismo, propostas na disciplina de Introdução à Psicologia; e as práticas de extensão do coletivo Ocupação psicanalítica, que realizou conversações na UFES sobre o que é ser um estudante negro na universidade. Destacamos a importância de se incluir, nas políticas de permanência, para além das condições materiais, transformações simbólicas, estéticas, políticas e epistemológicas do espaço da Universidade como forma de superação do racismo institucional e de produção de cuidado e vida.