Arthur Silva Barbosa, Cássio Fernandes de Oliveira, Erika Bauer de Oliveira, Leonardo Caldas Vargas, Serena Veloso Gomes, Gabriela Pereira de Freitas
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O presente artigo pretende investigar movimentos de insurgências no cinema brasileiro contemporâneo a partir de dois filmes: Era Uma Vez Brasília (Adirley Queirós) e Voltei! (Glenda Nicácio e Ary Rosa). Ao relacionar essas obras, bem como seu modelo de produção, aspira-se compreender a perspectiva dos vencidos (BENJAMIN, 1994) ligada à dimensão simbólica da noite e das zonas de contraluzes das margens como espaços epistemológicos de fabulação e resistência. Zonas em que também se fazem mais perceptíveis as luzes intermitentes dos vaga-lumes, como propõe Didi-Huberman a partir de Pasolini, em detrimento do brilho ofuscante dos holofotes do poder hegemônico. O objetivo é compreender de que forma tal perspectiva é construída pela linguagem fílmica, colocando esses grupos minoritários como sujeitos participantes do tecido estético-político na sociedade a partir das fabulações cinematográficas que geram sobre si mesmos. Como resultado, percebemos a transição de um cinema de representação para uma perspectiva de criação e partilha política, propondo práticas coletivas como agenciamentos fundamentais de uma virada insurgente.