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O presente artigo é uma reflexão sobre o conceito de felicidade pública em Hannah Arendt. A própria terminologia, por si só, é controversa quando se parte das categorias do pensamento político, influenciado desde Platão, que propõe que o fim último da política e da ação está além do domínio público. Arendt propõe, no entanto, que os fins do governo e da ação política seriam a promoção da felicidade da sociedade, felicidade esta compreendida como felicidade pública. Mas resta, ainda, a pergunta: o que significa felicidade pública para a autora? Para o desenvolvimento desse conceito, Arendt remete tanto à Revolução Americana — e o seu anseio de tornar todos participantes do governo comum — quanto à Revolução Francesa — e a sua ideia de liberdade pública e a possibilidade de participação dos assuntos políticos. A pesquisa valeu-se da revisão bibliográfica das obras de Arendt, especialmente dos textos Ação e a busca da felicidade e Sobre a revolução e de seus comentadores. Ao final se depreendeu que a noção de felicidade pública proposta por Arendt trata da felicidade da participação nas questões políticas, da possibilidade da reunião, da alegria do discurso, da possibilidade de persuadir e ser persuadido, enfim, felicidade pública é a liberdade pública do agir em conjunto.