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A palavra, materializada em músicas, produz efeitos, quer de encantamento quer de estranhamento, nos sujeitos que a ouvem. A partir de condições de produção específicas, a música cumpre, ao longo dos tempos, o papel de transmissão de valores, costumes e hábitos. Assim, ela é comumente utilizada no seio familiar para entretenimento, em atividades pedagógicas, por meio de jogos, dinâmicas, leitura, teatro, entre outros. A pensar nos inúmeros sentidos que se inscrevem nessas canções, este trabalho propõe um gesto de escuta aos dizeres que se materializam em músicas infantis, tendo como suporte teórico-metodológico a Análise do Discurso de linha francesa, fundada por Michel Pêcheux nos anos de 1960 na França. Nessa perspectiva, tomamos o corpus analítico composto por recortes de sequências discursivas de duas canções, para uma melhor compreensão do funcionamento da memória na estabilização de determinados sentidos sobre o sujeito-criança nos dias atuais. Por meio de um olhar crítico, interessa-nos, neste gesto de análise, produzir o questionamento da obviedade desses dizeres sobre a criança, relativamente estáveis no seio social, tendo em vista novas formas de leituras possíveis sobre essa temática.