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“SARAVÁ, DONA MARIA PADILHA”: TRADIÇÃO ORAL, TERREIRO E CELEBRAÇÃO
Não precisamos olhar além-mar para percebemos que dentro da nossa própria história, grupos foram subjugados, reprimidos e perseguidos. Em virtude dessas razões, abordamos, neste trabalho, as experiências vividas na festa de um determinado terreiro de religião de matrizes africanas em comemoração à entidade espiritual e dona da celebração, Maria Padilha. Logo, o objeto escolhido é um espaço de resistência ancestral que tanto é alvo de preconceitos, estigmas e estereótipos pelas sociedades brasileiras não praticantes. A partir de bases bibliográficas concernentes à oralidade e à tradição oral africana, sob a ótica e panorama dos adeptos e simpatizantes do terreiro investigado, compartilhamos com os leitores as análises no intuito de compreender, valorizar e respeitar as narrativas protagonizadas pelos membros dessa religião.