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Na pesquisa de textos impressos ou manuscritos produzidos nos primeiros registros da escrita no Brasil, uma questão importante é como tratar essas fontes na preparação de um corpus. O problema atinge o pesquisador da área dos estudos filológicos em virtude do seu objeto, o texto escrito. Estas reflexões vão além do conhecimento da língua, pois lidam também com a necessidade de conhecimento das diversas versões que um texto pode apresentar em sua tradição impressa, na qual há a particularidade do universo dos textos de impressão antiga e, por outro lado, abrange a totalidade das obras que se mantêm em estado de manuscrito. Não se trata simplesmente de estabelecer critério de qualificação do suporte ou da forma. Não se trata, também, somente de acirrar preconceitos que levam à preferência por esta por aquela edição, versão ou manuscrito. Trata-se, principalmente, de entender que os processos de edição, publicação e divulgação dos textos são extremamente complexos e que o seu conhecimento se torna tanto ou mais necessário à medida que se adotam determinadas posições metodológicas para o desenvolvimento de pesquisas dos corpora.