ENSINO A DISTÂNCIA

O Ensino a Distância (EaD) é uma realidade no Brasil desde 1939 e 1941. Todavia, apenas com o advento da pandemia ganhou notoriedade, produzindo reflexões entre limites e possibilidades na construção do conhecimento. Neste contexto, a presente pesquisa tem como objetivo elaborar uma reflexão para os professores contemporâneos levando em consideração a efervescência tecnológica enquanto veiculação do ensino e, concomitantemente, diante dos desafios sociais, questionar se a mesma cumprirá a missão de igualdade e justiça social ou será um novo modelo de ideologia e detenção do poder. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica qualitativa, básica, aplicada e descritiva. Os estudos apontam que, conquanto a sociedade atual seja marcada pela tecnologização, permanece o caráter ideologizante de intolerância e indiferença social, suscitando, assim, a pergunta se o EaD é a resposta para estes dilemas. Nesta perspectiva, são apresentados os processos e retrocessos da sociedade em que vivemos, as tecnologias digitais na subjetivação do eu enquanto novos modos de aprisionamento do corpo e o olhar para o humano em detrimento da técnica enquanto caminho paradoxal ao EaD na educação para o século XXI. Uma vez que o EaD é um tema recorrente e consolidado neste tempo, apela-se para que o humano não seja descartado em prol da técnica, cumprindo, desta forma, o seu papel educacional que é a transformação da sociedade.