{"title":"解释手势中的身体:额外的秩序-垃圾或SUJ(OS)EITOS,有必要谈论意识形态","authors":"N. Neckel","doi":"10.59306/rcc.v16e22021175-184","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo pretende desenvolver um gesto de interpretação de três documentários cujas temáticas voltam-se para pessoas que tiram seu sustento dos lixões de grandes centros urbanos. As três produções audiovisuais aqui abordadas são: Ilha das Flores (1989), do diretor Jorge Furtado; Boca de Lixo (1992), de Eduardo Coutinho e Lixo Extraordinário (2010), de Vik Muniz. É percorrendo essas três décadas de olhares sobre o “Lixo” que pretendemos nos perguntar como esses corpos-consumo-trabalho se significam nos “restos”? Esses corpos se significam diferentemente ao longo de três décadas? O que funciona nesse lugar social? Mercado? Estado? Na tentativa de responder a tais questões veremos que a interpelação ideológica é algo incontornável. Se colocarmos três décadas de documentários sobre o lixo (1989, 1992 e 2010) em conversa, veremos regularidades como a indistinção do humano e os dejetos em um espaço de refugo e trabalho. Morte e sobrevivência sem fronteiras nesse espaço do fora. Fora do social, fora da proteção do estado, fora da sociedade higienizante e higienizada. A filiação teórica a qual se inscreve essa proposta analítica é a da escola francesa da análise de discurso fundada por Michel Pêcheux na década de 60.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-03-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"CORPOS EM GESTOS DE INTERPRETAÇÃO: EXTRA-ORDEM-LIXO OU SUJ(OS)EITOS, É PRECISO FALAR DE IDEOLOGIA\",\"authors\":\"N. Neckel\",\"doi\":\"10.59306/rcc.v16e22021175-184\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo pretende desenvolver um gesto de interpretação de três documentários cujas temáticas voltam-se para pessoas que tiram seu sustento dos lixões de grandes centros urbanos. As três produções audiovisuais aqui abordadas são: Ilha das Flores (1989), do diretor Jorge Furtado; Boca de Lixo (1992), de Eduardo Coutinho e Lixo Extraordinário (2010), de Vik Muniz. É percorrendo essas três décadas de olhares sobre o “Lixo” que pretendemos nos perguntar como esses corpos-consumo-trabalho se significam nos “restos”? Esses corpos se significam diferentemente ao longo de três décadas? O que funciona nesse lugar social? Mercado? Estado? Na tentativa de responder a tais questões veremos que a interpelação ideológica é algo incontornável. Se colocarmos três décadas de documentários sobre o lixo (1989, 1992 e 2010) em conversa, veremos regularidades como a indistinção do humano e os dejetos em um espaço de refugo e trabalho. Morte e sobrevivência sem fronteiras nesse espaço do fora. Fora do social, fora da proteção do estado, fora da sociedade higienizante e higienizada. A filiação teórica a qual se inscreve essa proposta analítica é a da escola francesa da análise de discurso fundada por Michel Pêcheux na década de 60.\",\"PeriodicalId\":55625,\"journal\":{\"name\":\"Revista Critica Cultural\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2022-03-16\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Critica Cultural\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.59306/rcc.v16e22021175-184\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LITERARY THEORY & CRITICISM\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Critica Cultural","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.59306/rcc.v16e22021175-184","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERARY THEORY & CRITICISM","Score":null,"Total":0}
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摘要
本文旨在对三部纪录片进行解读,这三部纪录片的主题都转向了那些从大城市中心的垃圾堆中谋生的人。这里讨论的三部音像作品是:导演Jorge Furtado的《Ilha das Flores》(1989);Eduardo Coutinho和Vik Muniz的《Lixo非凡》(2010)。正是通过这三十年来对“垃圾”的研究,我们打算问问自己,这些身体消耗是如何在“残骸”中发挥作用的?三十年来,这些身体之间的意义是否有所不同?什么在这个社交场所有效?集市地位在试图回答这些问题时,我们会看到意识形态问题是不可避免的。如果我们把三十年来关于垃圾的纪录片(1989年、1992年和2010年)放在对话中,我们会看到一些规律,比如在垃圾和工作的空间里,人类和垃圾的模糊性。死亡和生存在这个外层空间没有边界。在社会之外,在国家的保护之外,在消毒和净化的社会之外。这一分析建议的理论归属是米歇尔·佩切在60年代创立的法国话语分析学派。
CORPOS EM GESTOS DE INTERPRETAÇÃO: EXTRA-ORDEM-LIXO OU SUJ(OS)EITOS, É PRECISO FALAR DE IDEOLOGIA
Este artigo pretende desenvolver um gesto de interpretação de três documentários cujas temáticas voltam-se para pessoas que tiram seu sustento dos lixões de grandes centros urbanos. As três produções audiovisuais aqui abordadas são: Ilha das Flores (1989), do diretor Jorge Furtado; Boca de Lixo (1992), de Eduardo Coutinho e Lixo Extraordinário (2010), de Vik Muniz. É percorrendo essas três décadas de olhares sobre o “Lixo” que pretendemos nos perguntar como esses corpos-consumo-trabalho se significam nos “restos”? Esses corpos se significam diferentemente ao longo de três décadas? O que funciona nesse lugar social? Mercado? Estado? Na tentativa de responder a tais questões veremos que a interpelação ideológica é algo incontornável. Se colocarmos três décadas de documentários sobre o lixo (1989, 1992 e 2010) em conversa, veremos regularidades como a indistinção do humano e os dejetos em um espaço de refugo e trabalho. Morte e sobrevivência sem fronteiras nesse espaço do fora. Fora do social, fora da proteção do estado, fora da sociedade higienizante e higienizada. A filiação teórica a qual se inscreve essa proposta analítica é a da escola francesa da análise de discurso fundada por Michel Pêcheux na década de 60.